Aqui, prosseguindo estudos sobre essa temática, continuando com os estudos de sempre, acrescento mais um livro lido sobre o tema. E, à medida que adentro no tema, adiciono sempre nova bibliografia, tenho notado que novas perspectivas de abordagens sobre o tema, como esta, tem surgido. Inclusive, tenho estudado no sentido de considerar que, na verdade, não haveria uma "pseudociência" e sim ciência e não ciência. Embora seja interessante refletir ainda usando a ideia de "pseudociência" passei a considerar mais de perto essa ideia: de que ou é ciência ou não é ciência. Mas, os livros com essa abordagem tem me auxiliado a pensar e repensar a questão. Estudando sempre!
Acrescento algumas dessa obras. Já não é mais possível, na discussão sobre o que é e o que não é ciência, o único caminho seguido a partir de Popper, por exemplo.
Isso posto, inclusive aqui prossigo relendo os clássicos, mas adiciono algumas das referências bibliográficas para aprofundamento posterior sobre o que é “ciência” e o que é “pseudociência” destacando esta obra de Michael D. “Gordin. Pseudoscience: a very short introduction" e Sven Ove Hansson.
...
“Todo
mundo já ouviu falar do termo “pseudociência”, normalmente usado para
descrever algo que parece ciência, mas é de alguma forma falso, enganoso ou não
comprovado. Muitos seriam capazes de concordar com uma lista de coisas que se
enquadram em seu guarda-chuva - astrologia, frenologia, ufologia, criacionismo
e eugenia podem vir à mente. Mas definir o que torna esses campos “pseudo” é
uma questão muito mais complexa. Provou-se impossível encontrar um critério
simples que nos permita diferenciar a pseudociência da ciência genuína. Dada a
virulência das disputas contemporâneas sobre a negação das mudanças climáticas
e os movimentos antivacinação – ambos com alegações de “pseudociência” por
todos os lados – há uma clara necessidade de entender melhor as questões de
demarcação científica.
Pseudociência:
uma introdução muito curta explora as tentativas filosóficas e históricas de
abordar esse problema de demarcação. Este livro argumenta que, ao compreender
doutrinas que muitas vezes são vistas como antitéticas à ciência, podemos
aprender muito sobre como a ciência operava no passado e opera hoje. Essa
exploração levanta várias questões: como uma doutrina se torna demonizada como
pseudocientífica? Quem tem autoridade para fazer esses pronunciamentos? Como o
status da ciência é moldado por contextos políticos ou culturais? Como a
pseudociência difere da fraude científica?
Michael D. Gordin responde a essas perguntas e orienta os leitores ao longo de uma desconcertante variedade de doutrinas marginalizadas, analisando parapsicologia (ESP), Lysenkoism, racismo científico e alquimia, entre outros, para entender melhor a luta para definir o que é e o que não é ciência , e como as controvérsias mudaram ao longo dos séculos. Pseudociência: uma introdução muito curta fornece um tour histórico por muitos desses campos marginais, a fim de fornecer ferramentas para pensar profundamente sobre controvérsias científicas no passado e no presente."
______.
Forthcoming
2023
"Everyone
has heard of the term “pseudoscience," typically used to describe
something that looks like science, but is somehow false, misleading, or
unproven. Many would be able to agree on a list of things that fall under its
umbrella - astrology, phrenology, UFOlogy, creationism, and eugenics might come
to mind. But defining what makes these fields “pseudo” is a far more complex
issue. It has proved impossible to come up with a simple criterion that enables
us to differentiate pseudoscience from genuine science. Given the virulence of
contemporary disputes over the denial of climate change and anti-vaccination
movements - both of which display allegations of “pseudoscience” on all sides -
there is a clear need to better understand issues of scientific demarcation.
Pseudoscience:
A Very Short Introduction explores the philosophical and historical attempts to
address this problem of demarcation. This book argues that by understanding
doctrines that are often seen as antithetical to science, we can learn a great
deal about how science operated in the past and does today. This exploration
raises several questions: How does a doctrine become demonized as
pseudoscientific? Who has the authority to make these pronouncements? How is
the status of science shaped by political or cultural contexts? How does
pseudoscience differ from scientific fraud?
Michael
D. Gordin both answers these questions and guides readers along a bewildering
array of marginalized doctrines, looking at parapsychology (ESP), Lysenkoism,
scientific racism, and alchemy, among others, to better understand the struggle
to define what science is and is not, and how the controversies have shifted
over the centuries. Pseudoscience: A Very Short Introduction provides a
historical tour through many of these fringe fields in order to provide tools
to think deeply about scientific controversies both in the past and in our
present."
Everyone
has heard of the term “pseudoscience>," typically used to describe
something that looks like science, but is somehow false, misleading, or
unproven. Many would be able to agree on a list of things that fall under its
umbrella - astrology, phrenology, UFOlogy, creationism, and eugenics might come
to mind. But defining what makes these fields “pseudo” is a far more complex
issue. It has proved impossible to come up with a simple criterion that enables
us to differentiate pseudoscience from genuine science. Given the virulence of
contemporary disputes over the denial of climate change and anti-vaccination
movements - both of which display allegations of “pseudoscience” on all sides -
there is a clear need to better understand issues of scientific demarcation.
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