quarta-feira, 30 de maio de 2018

KIERKEGAARD: ANGÚSTIA E ESPERANÇA

O conceito de ironia: Constantemente referido a Sócrates (Vozes de Bolso) por [Kierkegaard, Soren A.]


“Filósofo religioso, do século XIX e crítico do racionalismo, é considerado o fundador do existencialismo, que se assumiu como uma das mais profundas e renovadoras correntes filosóficas do século XX. Dinamarquês, nasceu em Copenhague em 1813 e morreu nesta cidade em 1855. Segundo Kierkegaard, o homem tem que renunciar a si mesmo para superar as limitações que a realidade lhe impõe e assim aceder ao transcendente, a Deus e à verdadeira individualidade. Neste sentido, realçou o existir concreto de um homem que anseia pela transcendência focando, consequentemente, os sentimentos de angústia e desespero inerentes a tal condição.”

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“[...] muito frequentemente uma necessidade de solidão o invade, tão vital para ele como respirar ou dormir. Que ele tenha essa necessidade vital mais que as pessoas comuns, é uma mostra de uma natureza mais profunda. A necessidade de solidão é prova sempre em nós de espiritualidade e serve para medi-la. 'Essa gente cercada por homens que não são, essa manada de inseparáveis' os provam eles, tão pouco que, como periquitos, morrem desde que se encontram sozinhos; como a criança que não dorme se a gente não cantar pra ela, eles precisam do suporte tranquilizador da sociabilidade para comer, beber, dormir, rezar, se apaixonar etc., mas nem na Antiguidade nem na Idade Média se negligenciava essa necessidade de solidão, respeitava-se o que ele exprimia. Nossa época, com sua indestrutível sociabilidade, treme diante da solidão, que só sabe (que ironia!) usá-la contra criminosos. É verdade que, atualmente, é um crime se consagrar ao espírito, portanto, não se espanta que os amantes da solidão sejam classificados como criminosos.” ¹
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1. (trad. Marcos da Silva e Silva. In: Revista Ítaca, nº 30 - 2016)
(KIERKEGAARD, S. A. Poit de vue explicatiff de mom ouvre d’esrivan, Duex petits traités éthico religieux. La maladie e La Morte, six dicours, 1848-1849. Trad. de Tisseau, Paul Henri et Jacque-Tisseau, Else-Marie, Paris: Éditions de L’orante, 2008.)
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Sobre o tema: "Oswaldo Giacoia, professor titular do departamento de Filosofia da Unicamp, fala sobre Kierkegaard e sua influência no mundo atual, e toda propriedade sobre as reflexões da angústia":



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