Tendo atravessado momentos difíceis, tentando
organizar leituras e redação de trabalhos interrompidos por motivos alheios à
minha vontade, ocorreu-me retomar a leitura desse pequeno livro, nessa edição de 2013. Li-o, há muito
tempo atrás quando à época trabalhava numa livraria e interessou-me o título.
Um opúsculo de leitura rápida da manhã!
Na apresentação da obra, diz o professor Luiz Roberto Monzani (p.32): “Vê-se claramente que, longe de ser o fruto de uma imaginação desregrada, os Diálogos constituem, ao contrário, um exame e uma demarcação cuidadosa daquilo que podemos afirmar com certeza e daquilo que podemos afirmar sem a posse plena dessa última. Realizando essa operação, Fontenelle abre uma categoria do saber, aquela mesma que será característica do século XVIII [...]”
“Poucas obras foram tão reeditadas e lidas ao
longo do século XVIII como os Diálogos sobre a pluralidade dos mundos.
Embora editado pela primeira vez no final do século XVII, em 1686, o texto de
Fontenelle causou enorme impacto no século seguinte. Seu tema é a discussão
sobre a possibilidade de os diferentes planetas e corpos celestes serem
habitados ou não. O interlocutor é uma marquesa “que nunca ouvira falar de tais assuntos”. Longe de ser um
entretenimento guiado pela imaginação, esse texto é a expressão mais acabada da
nova mentalidade que irá caracterizar o Século
das Luzes, onde estão claramente circunscritos os campos da experiência, da
imaginação e da razão. Fontenelle
(Bernard Le Bouyer – ou Le Bovier – de Fontenelle) foi escritor e dramaturgo
francês nascido em Rouen, em 1657, sua obra influenciou grandes personalidades
do Iluminismo. Com seus Diálogos sobre a pluralidade dos mundos,
o autor revelou-se um grande entusiasta da ideia da existência de habitantes em
outros mundos. Faleceu em Paris, em 1757, a poucos dias de completar cem anos.”
Voltemos à luta principal, na medida das forças: à pesquisa.
______.
FONTENELLE, Bernard Le Bouvier de. Diálogos sobre a pluralidade dos mundos. 2.
ed. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2013.
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