sexta-feira, 15 de julho de 2022

IMMANUEL KANT E "DIGNIDADE HUMANA"

"[...] o homem é obrigado a reconhecer praticamente a dignidade da humanidade em todos os outros homens, portanto, radica nele um dever que se refere ao respeito que se tem necessariamente de mostrar por todo outro homem.” (IMMANUEL KANT, Metafísica dos Costumes, 462, §38)

Recentemente li, uma obra que tenta responder algumas questões que de certa forma parecem não contempladas na discussão kantiana sobre o  da “dignidade humana”. O autor tenta responder à questão sobre como aplicar as reflexões kantianas às reflexões atuais sobre pessoas com limitações físicas ou intelectuais. Uma reflexão.

Dignidade e Autonomia na Filosofia Moral de Kant” busca problematizar a doutrina kantiana e testar seus limites ao contemplar a questão da autonomia e de que forma está associada à dignidade humana. Pessoas com deficiência intelectual ou danos cerebrais, idosos com debilidade cognitiva e até mesmo crianças são exemplos de indivíduos incapazes de agir de maneira plenamente autônoma de acordo com os parâmetros kantianos. Tendo em vista que, para Kant, a autonomia é o fundamento da dignidade humana, qual é o status moral de indivíduos como esses? Qual a resposta kantiana para esse impasse? Thiago Delaíde busca encontrá-la neste volume, desenvolvendo um discurso elegante e amplamente fundamentado a respeito da filosofia moral kantiana e seus conceitos mais importantes.”

______.

SILVA, Thiago Delaíde da. Dignidade e Autonomia na Filosofia Moral de Kant. Edições 70, 2022.

Obras de, e sobre Kant:

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

ENGSTROM, Stephen. The Form of Practical Knowledge. Harvard University Press, 2009.

______. Aristotle, Kant and the stoics: rethinnking happiness and duty. Cambridge University Press; Edição: Reprint, 1998.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Crítica da razão prática. Tradução Valerio Rohden. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2002.

______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

______. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.

_______. Reflexionen zur MoralphilosophieIn: KANT, Immanuel. Kants Werke. Ed. Königlich Preussischen Akademie der Wissenschaften, Berlin, Georg Reimer, <Akademie Text-Ausgabe, Berlin,Walter de Gruyter & Co.>, vol. XIX, 1902 ss.

_______. Dissertação de 1770. Trad. Leonel R. Santos. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.

_______. Crítica da faculdade do juízo. Trad.Valerio Rohden e António Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária.1993.

_______. Werkausgabe (ed.Wilhelm Weischedel). Frankfurt am Main: Suhrkamp, vol 8 (Die Metaphysik der Sitten), 1977.

______. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. Lições sobre a doutrina filosófica da religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

______. As Lições de Metafísica de Kant. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2022.

______. Anthropology from a pragmatic point of view. Carbondale, III: Southern Illinois University Press. 1996. eBook., Base de dados: eBook Collection (EBSCOhost).

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

PATON, H. J. Categorical Imperative. Universidade of Pensilvania Press, 1971.

PASSMORE, John. A perfectibilidade do homem. Rio de Janeiro, RJ: Topbooks, 2014.

RAWLS, John. Lectures on the history of moral philosophy. Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 2000.

_________. História da Filosofia Moral. São Paulo: Martins.

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