PROSSEGUINDO, RELENDO UMA PESQUISA SOBRE "AS ORIGENS DO INCONSCIENTE E DA PSIQUE MODERNA"
- Acrescentando “imperativo categórico” e “superego”.
- A Lei.
- Formulação da lei como imperativo categórico e outras perspectivas.
Li, reli e estudo juntamente com autores e pesquisadores listado abaixo, o livro, resultasdo da pesquisa
de Matt Ffytche, em 2012, traduzido em 2014. Estou, numa das pausas
de hoje, relendo alguns de seus capítulos, a partir de pontos de contato com as
minhas pesquisas costumeiras. Guardo sempre dessas releituras a formação e
adequação às pesquisas que, em certa medida, demonstram muitas vezes, as
verdadeiras origens de determinados "conceitos", como é este o
caso!
Acrescentei, mais
recentemente, claro, tenho adotado há anos uma outra "visão de mundo" sobre sono
e sonhos, e outros conceitos que aparecem nesse tipo de pesquisa e publicações, sempre lendo, relendo mas mantendo-me distante das costumeiras visões materialistas, (ue, mais não são que apenas mais uma outra "visão metafísica da realidade"). Fujo também de "visões" pessimistas ou céticas radicais.
Aqui destaco do que tenho lido e estudado atentamente, entre outros: "inconsciente", "superego", "alma", "psique", "imperativo categórico", "Lei moral".
“The unconscious,
cornerstone of psychoanalysis, was a key twentieth-century concept and retains
an enormous influence on psychological and cultural theory. Yet there is a
surprising lack of investigation into its roots in the critical philosophy and
Romantic psychology of the early nineteenth century, long before Freud. Why did
the unconscious emerge as such a powerful idea? And why at that point? This
interdisciplinary study traces the emergence of the unconscious through the
work of philosopher Friedrich Schelling, examining his association with Romantic
psychologists, anthropologists and theorists of nature. It sets out the
beginnings of a neglected tradition of the unconscious psyche and proposes a
compelling new argument: that the unconscious develops from the modern need to
theorise individual independence. The book assesses the impact of this
tradition on psychoanalysis itself, re-reading Freud's The Interpretation
of Dreams in the light of broader post-Enlightenment attempts to theorise
individuality.”
“Há muito tempo se
reconhece que Freud não descobriu o inconsciente e que o conceito
moderno se originou na filosofia e não na psicologia. Mas, até hoje, não
existia uma pesquisa sobre suas raízes no início do século XIX. Por que o
inconsciente surgiu como uma ideia tão poderosa? E por que naquele momento?
Neste meticuloso trabalho interdisciplinar, o autor encontra novos caminhos ao
investigar o surgimento do inconsciente por meio da obra do filósofo Friedrich
Schelling, examinando sua associação com psicólogos românticos,
antropólogos e teóricos da natureza. Ele esquematiza os primórdios de uma
tradição negligenciada da psique inconsciente e avalia o impacto dessa tradição
na própria psicanálise, reinterpretando o clássico A Interpretação dos
Sonhos, de Freud.”
E, hoje 07 de agosto de
2022, iniciando e acrescentando esta obra citada abaixo nas referências “Kant a Freud: o imperativo categórico e o superego”,
escrito por: Leyserée Adriene Fritsch Xavier, busco ampliar as
reflexões para o artigo que já vai ganhando forma.
O
imperativo categórico como expressão de uma lei moral objetiva e
incondicionada foi formulado por Immanuel Kant no contexto de sua
filosofia prática. Mais tarde, Sigmund Freud fez referência em sua obra
ao imperativo kantiano, relacionando-o ao conceito psicanalítico de superego
que então nascia, inserido na estrutura do aparelho psíquico junto ao ego e ao
id. Porém, o tratamento dado ao conceito filosófico pela psicanálise destaca um
aspecto destrutivo e sádico da lei, aspecto esse que na filosofia prática se
enquadra no âmbito da heteronomia, distanciando-se, desta forma, da lei moral
kantiana.
O
objetivo deste trabalho é refletir sobre o sentido da apropriação do conceito
kantiano de imperativo categórico na formulação do superego freudiano. Desta
forma, pretende-se apontar para o deslizamento semântico que ocorre quando o
imperativo categórico deixa de ter um sentido específico dentro de uma cadeia
de significação e passa a se localizar fora dessa cadeia, tornando-se um
significante isolado. Além de sair da dimensão consciente e racional para se
localizar no plano inconsciente, o imperativo adquire um novo estatuto, isto é,
o conceito passa do plano de uma lei que determina objetivamente a máxima moral
para um ordenamento de gozo cego e destrutivo.
É importante ter em mente que se trata da instância psicanalítica e da fórmula
imperativa, dois conceitos concebidos em diferentes âmbitos do saber, um
pesquisando o inconsciente e o outro buscando a autonomia da razão. Quer dizer,
residem em diferentes áreas semânticas com significados próprios e
interpretações distintas. Estas distinções devem estar presentes todo o tempo
ao estudioso, considerando que inconsciente e razão não são equivalentes, tendo
cada qual seus próprios princípios de funcionamento.”
AUTOR
Leyserée Adriene Fritsch
Xavier é Psicóloga, Mestre em Filosofia pela PUCPR; e
Especialista em Psicologia Clínica – Abordagem Psicanalítica pela PUCPR, membro
correspondente da Escola Brasileira de Psicanálise – Delegação Paraná.
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