Manhã bastante proveitosa; de muito estudo.
Dos que tive contato recente, por exemplo, em “La forme de la règle: Kant et la subjectivité” de David Zapero pode-se ler que “Caminhamos para a ética quando procuramos compreender o sentido que demos a esta ou aquela forma de conduzir a nossa vida. No entanto, na filosofia moderna, o questionamento ético foi cortado do campo das práticas que o antecedem. Tentámos instalar a ética a montante da vida: centramo-nos na questão do saber o que devemos fazer e muitas vezes num sentido muito abstrato de “dever”.
Este
ensaio examina os caminhos que levam a tal concepção de ética. Para isso,
interessa-se pela obra do mais importante representante dessa concepção, a
saber, Immanuel Kant. Ao analisar as diversas escolhas teóricas e
as concepções de subjetividade que estão na origem do projeto ético
kantiano, A forma da regra identifica os impasses encontrados na tentativa
de separar a necessidade ética de outras formas de necessidade humana.
O
autor: David Zapero é um ex-aluno da Universidade de Oxford e da École
Normale Supérieure. Possui doutorado pela Universidade de Paris 1 Panthéon
Sorbonne e atualmente é pesquisador do Departamento de Filosofia da
Universidade de Bonn.”
.
‘ .
______.
E, em outro desses que conheci recentemente:
“L'éthique comme maniere de vivre: Wittgenstein et Hadot” de Martin Arriola é possíver ler a perspectiva de que “Devemos nos reconectar com a antiga concepção de uma filosofia como arte de viver? Ou aceitar o consenso contemporâneo em torno de uma concepção fundamentalmente teórica e normativa da filosofia? Uma coisa é certa, o discurso filosófico pode ser tanto a expressão quanto o motor de um modo de vida. É o que Martin Arriola se propõe a mostrar a partir da obra do filósofo e historiador Pierre Hadot, e da noção de “vida filosófica” inspirada em modelos antigos. Para ilustrar a função ética do discurso filosófico, o caso de Wittgenstein é particularmente revelador: na leitura original proposta por Hadot, à luz do pensamento estóico, Wittgenstein possibilita conciliar ética teórica e ética vivida, e pensar a filosofia como uma transformação existencial do sujeito."
O autor
Martin Arriola
é professor de filosofia no Collège de Bois-de-Boulogne em Montreal. É
doutorado em filosofia pela Universidade de Montreal e pela EHESS em Paris.
______.
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