NOVA EDIÇÃO:
Acrescentando nova edição de "Entre Leibniz, Newton
e Kant: filosofia e ciência no século XVII":
Link da obra: https://www.mpiwg-berlin.mpg.de/de/node/14444?fbclid=IwAR0rbZxtU06jnfgWzJR1nkvOJqXfDVlw154ZML321egM1m7XwHamRniMMKM
Mais uma vez, retornando
ao tema que, como sempre destaco, em grande medida, seguindo firme nas
reflexões sobre o período pré-crítico da obra de Immanuel Kant; não
fugindo jamais das pesquisas básicas e principais terminei, há pouco, (um clinâmen)
mais uma vez, a releitura de alguns capítulos das obras abaixo. Selecionei
alguns capítulos para reler e seguir associando com a temática em que estou
mais dedicando tempo, atualmente. Que venham os resultados o mais breve
possível.
Retomei essas leituras; estes
textos, especificamente, para relembrar que, para Alexandre Koyré, as “formas
mais elevadas” do pensamento humano - filosofia, ciência e teologia -
se entrecruzam. Não se pode separá-las “em compartimentos estanques”. Dizia
ele que Copérnico, Kepler, Newton, Galileu e Descartes,
por exemplo, não lidavam apenas com questões científicas, mas tratavam de
questões metafísicas e religiosas também.
É neste sentido que me vejo
envolvido, mais uma vez com os textos, que menciono abaixo:
1. “A obra "Estudos
de história do pensamento filosófico", de Alexandre
Koyré, é o resultado de longos e perseverantes estudos deste
competentíssimo mestre. Doutorado em França, tendo como um dos seus mentores o
sempre respeitado Bergson, Alexandre Koyré logrou
penetrar nos mais indecifráveis textos de alguns filósofos – impossível não nos
lembrarmos de Hegel – e trazer à luz o que de melhor essas
cabeças pensantes produziram de significativo para a Filosofia e o entendimento
do mundo e da alma humana. Alexandre Koyré, nascido
em Tanganrog, na Rússia, aborda a ciência e a filosofia de um modo
próprio, não lhes negando o fato de que a inseparabilidade entre as duas é um
fator de conhecimento e aprimoramento de ambas, mormente quando se pensa no
mundo moderno e suas vicissitudes latentes. Estes Estudos, de
suma importância para os cultores da Filosofia, ultrapassam os
limites do conhecimento específico, ao aproximar de si aqueles leitores
ávidos do saber e contumazes em expandir seus horizontes.
2. Alexandre Koyré formou-se
em Filosofia, na França e, neste "Estudos de
história do pensamento científico", obra densa e profunda, é
o produto da perseverança do trabalho de investigação e pesquisa realizado por
este insigne professor. Alexandre Koyré não se atém a
conceitos estabelecidos: ele procura nos escritos consagrados o fio condutor
que o leva ao conhecimento seguro, e ressalta, com justiça, as dificuldades
técnicas da época em que inúmeras experiências científicas foram realizadas.
Desse modo, Alexandre Koyré enaltece o esforço daqueles que
projetaram essas experiências e expuseram com denodo as suas ideias e
conclusões. A partir desse método, Alexandre Koyré derruba
mitos e lendas, como o episódio da Torre de Pisa, cujo
protagonista, Galileu, teria realizado uma experiência importante.
A Torre de Pisa não caiu (provavelmente não cairá), mas a
lenda que a imortalizou, essa Alexandre Koyré deitou por terra
com humildade e sabedoria, privilégio daqueles que dedicaram suas vidas ao
estudo e à reflexão.”
3. "No livro Do
Mundo Fechado ao Universo Infinito, o autor exibe algumas de suas
melhores análises dos grandes textos clássicos de Nicolau de
Cusa, Bruno e Copérnico, Kepler e Galileu, Descartes, Leibniz e
Newton. A escolha é fundamentalmente definida por terem eles centrado
toda a sua obra na desmontagem e destruição da cosmologia antiga e medieval,
substituindo-a pelo universo infinito com que se inaugura o saber moderno.
Nesta obra, Koyré nos expõe a história apaixonante de
uma tríplice revolução: teológica, filosófica e científica;
e, ao fazê-lo, introduz o leitor no amplo quadro de suas análises
histórico-conceituais."
4. A estes, acrescentei e sigo
lendo: Between Leibniz, Newton, and Kant: Philosophy
and Science in the Eighteenth Century:
“This addresses the
transformations of metaphysics as a discipline, the emergence of analytical
mechanics, the diverging avenues of 18th-century Newtonianism, the body-mind
problem, and philosophical principles of classification in the life sciences.
An appendix contains a critical edition and first translation into English of
Newton's scholia from David Gregory's Estate on the Propositions IV through IX
Book III of his Principia”
Ademais, aborda além das
“transformações da metafísica, o surgimento da mecânica analítica, os caminhos
divergentes do newtonianismo do século 18 [...], e, principalmente, além do que
se refere aos meus interesses por “ciências naturais” (aprendendo sempre),
apontamentos sobre “[...] o problema corpo-mente e os princípios
filosóficos de classificação nas ciências da vida. E, [...] um
apêndice com uma edição crítica e a primeira tradução para o inglês da scholia de
Newton, do patrimônio de David Gregory, nas proposições IV a IX,
do Livro III dos Principia ”
ou Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica.
______.
5. Portanto, “Esta nova edição ampliada
oferece uma visão multifacetada de um período da história intelectual do
Ocidente em que o equilíbrio entre as teorias especulativas e a ciência
experimental foi redefinido. Como é sabido, a inter-relação entre
filosofia e ciência sofreu uma profunda mudança no início do período moderno,
durante a qual as ciências se libertaram do quadro conceptual da metafísica
tradicional. As contribuições do volume centram-se no século XVIII, fase
final crítica e bastante contraditória deste processo.
O volume distingue-se por
traçar este processo de transição não apenas no caso óbvio da nova mecânica - o
newtonianismo e a mecânica analítica - mas também por abordar novas filosofias
especulativas da natureza - o atomismo do início da modernidade ou a física
imponderável - e novas controvérsias metafísicas como a do corpo. -problema
mental (a matéria pode pensar?), bem como desenvolvimentos em campos
científicos especiais, como cosmologia/astronomia e história natural.
O volume foi escrito por
historiadores da filosofia e das ciências do início do período moderno e
destina-se principalmente a especialistas e estudantes dessas áreas do
conhecimento. No entanto, é certamente também interessante e útil para os
historiadores culturais que trabalham neste período.”
SOBRE O AUTOR: "Wolfgang
Lefèvre ensinou filosofia em conexão com história da ciência na Freie
Universität Berlin. Desde 1994, pesquisador sênior e agora pesquisador
emérito do Instituto Max Planck de História da Ciência, Berlim. Sua
pesquisa está focada nas inter-relações do conhecimento tecnológico e
científico no início do período moderno. Publicação recente: »Minerva
encontra Vulcano: Literatura Científica e Tecnológica – 1450-1750 (2021)."
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