Do que ainda preservo das leituras para pesquisa realizada até 2012, considerando-se que alterei totalmente minha forma de estudar a questão e por ter abandonado totalmente os referenciais usados àquela época, busquei com a leitura dessa obra, entender aquele mesmo cenário tecnológico que me levou à pesquisa que redirecionei para outros flancos. Tal cenário tecnológico, bom que se diga, no qual está inserido o curso da humanidade e, se mal-conduzida tende a alterar drasticamente a ordem das coisas, é essa preocupação que fez com que Hans Jonas nos advertisse para questão. Pois:
“a técnica avança sobre tudo o que diz respeito aos homens – vida e morte, pensamento e sentimento, ação e padecimento, ambiente e coisas, desejos e destino, presente e futuro – em resumo, dado que ela se converteu em um problema tanto central quanto premente de toda a existência humana sobre a terra, já é um assunto de filosofia e é preciso que exista alguma coisa como uma filosofia da tecnologia”
Evidente a preocupação de Hans Jonas com o impacto da técnica moderna; tanto do ponto de vista própria existência humana quanto para a biosfera que o circunda. Hans Jonas discute algumas questões com as quais devemos nos inquietar e aprofundar:
- Como foi que a tecnologia se tornou-se o destino da civilização contemporâne?
- Por que a técnica moderna é um problema filosófico?
- Como a tecnologia levanta um problema ético?
- Seria a tecnologia eticamente neutra?
Livro:
"Técnica, Medicina e Ética: sobre a prática do princípio responsabilidade". São Paulo: Paulus, 2013. (Ethos)
"Ao resgatar filosoficamente o tema da vida, apoiado nos dados das ciências biológicas, o autor aponta os desafios e as ameaças contemporâneas lançadas pela técnica, diante dos quais seria preciso formular novos critérios éticos, visto que os modelos tradicionais já não dão conta da nova realidade. O tema central da obra é o fato de que a técnica transformou o homem em seu objeto. De sujeito da tecnologia, os avanços no campo da medicina e da moderna biotecnologia fizeram do ser humano um objeto, ou seja, uma espécie de artefato.Quais as consequências disso no campo ético, e quais as novas experiências e obrigações daí advindas? Até onde podem ir os experimentos com seres humanos? O que restará ainda da imagem do homem caso a técnica melhorativa realizar seu projeto utópico? Em que consiste o fato, ontológica e eticamente falando, de que o homem tenha se habilitado a "refabricar inventivamente" a si mesmo? Eis alguns dos problemas tão graves e urgentes quanto polêmicos que Hans Jonas enfrenta nesta obra."
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