quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Um "Clinâmen"...

1. 2.
... pós tensão das provas e exames... para conhecer (o que diz?) um pouco da obra desse autor, de quem li alguns textos somente à época de graduação.
1. A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO: "Este livro transcreve o curso que MerleauPonty ofereceu em 1947-1948, na Escola Normal Superior (Paris). Para muito além do aspecto oficial de aulas preparatórias com vistas à seleção de professores no ensino público francês, o leitor tem em mãos um texto de primeira grandeza. Nele se ouve a dicção do professor que reflete com Malebranche, por exemplo, a entrada do irrefletido na cena filosófica; com Maine de Biran, o papel da dúvida na gênese da evidência; com Bergson, o começo de uma precisa delimitação da criatividade em história da filosofia. Assim, apresenta-se um pensamento orgânico sobre a união da alma e do corpo, sem descurar do campo temático cartesiano, especialmente pelo que este comporta de mítico , no sentido platônico do termo, e de histórico , em acepção bastante peculiar. Já na primeira aula, Merleau-Ponty dirá- Toda a história da filosofia é uma retomada pessoal pelo filósofo do problema que ele estuda . De modo que a objetividade da história da filosofia só se encontra no exercício da subjetividade, fórmula que anuncia questões retomadas em Elogio da filosofia (aula inaugural no Collège de France). Mas importa salientar que neste livro se ouve principalmente a voz do filósofo. Na unidade da reflexão, Merleau-Ponty pratica um estilo de interrogação singular em que o pensamento, longe de se apreender como coisa , é, em certo sentido, um ato . Se o leitor é convidado a satisfazer o seu gosto pela evidência e aprimorar o seu senso para ambiguidades fecundas, é porque, no fundo, pensar é captar os resultados dos quais não temos todas as premissas . Também para o leitor-ouvinte é preciso, portanto, fundar o pensamento possível sobre o pensamento atual, e não o inverso."
2. FENOMENOLOGIA DA PERCEPÇÃO: "Desde o início da obra o problema da percepção aparece sob uma luz diferente - Para Merleau-Ponty, o essencial é captar a percepção viva, a percepção em via de realização. Para isso, é preciso se livrar de todos os preconceitos dogmáticos que proporcionam apenas percepções fossilizadas, espécies de cadáveres de objetos."

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