Numa
recente conversa, inspirei-me a retornar a estrada há pouco percorrida, numa
fase de bastante entusiasmo sobre o tema. Hoje, como em tudo, a moderação
agigantou-se por aqui. Uma nova maneira de pensar me levou, em tempo, novamente
aos clássicos. Donde não pretendo sair. No entanto, não estou nem pretendo
me incluir entre os entusiastas da forma contemporânea de se pensar; portanto,
sigo cuidadoso. Ainda que se persista em reafirmar mundo afora que são novos
tempos. Não compreendo os novos métodos de reflexão como avanços, mas de
simplificação e relativismos! Já à época da redação de um trabalho acadêmico,
percebia que as soluções tecnológicas, por exemplo,
nesse campo sobre o qual estudei, traziam à tona problemas novos piores
que os que prometiam resolver.
Sempre mantendo como pano de fundo, os grandes
textos clássicos sobre Ética, Física e Lógica, e aqui, revisitando a obra de
Léo Pessini sobre “cuidados paliativos”, fui remetido a retornar às
antigas leituras, sem, no entanto, deixar a rota que atualmente percorro. Como
os temas, ora revisitados, se interconectam a partir do que já estudei há alguns
anos para redação de um trabalho acadêmico que, apesar do entusiasmo do início,
apontado acima; interrompi depois os projetos que almejava. Bem simples!
...
“Estamos
diante de um texto escrito por autores, amigos morais (segundo Engelhardt) que
trabalham juntos as questões de Bioética
há mais de duas décadas, um percurso iniciado em 1995, e que têm distintos
backgrounds em termos de conhecimento, formação científica e trabalho
profissional. Longe de antagonismos em virtude dessas diferenças, nutrimos ao
longo desse tempo uma sintonia e um sincronismo em assuntos de interesse da
Bioética, como a promoção, proteção e defesa dos valores éticos relacionados
com a vida, no sentido mais amplo possível, e os cuidados humanizados na esfera
do sistema de saúde e do exercício profissional das diferentes profissões da
saúde. Hossne tinha formação em ciências médicas, tendo sido médico-cirurgião,
e em humanidades médicas. Homem público, serviu em inúmeras instituições de
prestígio nacional e em universidades públicas brasileiras. Pessini tem
formação em ciências humanas (filosofia e teologia), é camiliano e realizou
seus estudos bioéticos nos EUA no início da década de 1980, quando a Bioética
ainda engatinhava, em sua infância histórica, com apenas 12 anos de idade.
Barchifontaine é camiliano; profissionalmente, é enfermeiro e administrador
universitário. Consideramos os anos de 1970 e 1971 referência de data do
surgimento da Bioética, que aconteceu quase que simultaneamente em dois locais:
Madison (WI), com V. R. Potter, e Washington D.C., na Georgetown University, no
Instituto Kennedy. Este texto celebra 20 anos de reflexão, militância, amizade
e caminhada nas sendas desafiadoras da Bioética contemporânea. Nossa condição
humana e profissional representa, desse modo, a característica fundamental da
Bioética: um saber de cunho inter, multi e transdisciplinar. Leo Pessini”
....
“Por Leo Pessini e
Luciana Bertachini organizadores do livro Humanização e Cuidados Paliativos
está organizado em duas partes fundamentais, como anuncia seu próprio título.
Na primeira, abordamos a temática da humanização dos cuidados em saúde: o
desafio de cuidar do ser com competência humana e científica; na segunda, o
conceito e a importância dos cuidados paliativos: uma necessidade emergente e
urgente na área da saúde brasileira. Trata-se de uma coletânea de trabalhos
originais, de autores nacionais e internacionais de reconhecida competência e
pioneirismo na área da saúde, publicados recentemente na revista O mundo da
saúde, do Centro Universitário São
Camilo, publicação científica que já tem uma história de 28 anos
ininterruptos de circulação. É nosso desejo que a leitura e a reflexão desta obra
nos ajudem a aliar ternura à nossa competência profissional, bem como sabedoria
para desfrutar a vida com dignidade."
...
...
"Por Leo Pessini e
Christian de Paul de Barchifontaine organizadores do livro Bioética e Longevidade Humana é um convite à reflexão e ao
aprofundamento de questões éticas que são vitais para o ser humano na
contemporaneidade. Os avanços tecnocientíficos no âmbito das ciências da vida e
da saúde criaram novas realidades, que pensávamos ser possíveis somente como
ficção científica. Perante essas novidades tecnocientíficas, convivem posturas
de fascínio acrítico, que endeusam tudo o que a tecnociência propõe, com
atitudes de inquietação e preocupação angustiante, que facilmente “satanizam”
toda e qualquer novidade que altere o ritmo de vida humano no seu contexto
cósmico-ecológico. O que poderia mudar e o que nunca deveria ser mudado? A
natureza humana ficou obsoleta? Poderemos conquistar a “imortalidade” e
permanecer sempre jovens? Essas são algumas das interrogações em pauta. Não
existem respostas simples e fáceis. Somos provocados a refletir e discernir
possíveis alternativas e/ou diretrizes éticas balizadoras das ações que
interferem na vida cósmico-ecológica, em especial na vida do ser humano."
...
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