(IMAGEM: "Pinterest")
O que acontece em torno de nós, são
eventos por nós percebidos que, no entanto, podemos optar por manter a calma
e a tranquilidade diante deles, serenamente e sem nos distanciarmos da proposta
inicial que pretendemos levar a cabo. Nesse sentido, Goethe parece alertar que:
"Atrai-nos a altura, não os
degraus; com os olhos fixos no pico caminhamos de bom grado pela
planície." .
Falta-nos pensar simples; olhar simples,
e repito, de Goethe:
“Sou forçado a considerar que o pior
mal da nossa época, uma época que não deixa amadurecer nada, o consumir no
momento seguinte o momento que está a passar, o desperdiçar o dia no dia, e
assim, viver sempre, exclusivamente o dia-a-dia sem qualquer perspectiva de
futuro. Até já temos jornais destinados a diferentes partes do dia!
E não seria difícil a uma pessoa acreditar que haja alguém com esperteza
suficiente para inventar mais alguns pelo meio. Mas deste modo tudo o que se
faz, tudo o que se empreende, se imagina ou se projeta vai sendo arrastado para
o domínio público; ninguém pode viver as suas alegrias ou as suas tristezas sem
que isso se torne passatempo dos outros e, assim, damos por nós a saltar de
casa em casa, de cidade em cidade, de reino em reino e, finalmente, de
continente em continente, tudo isso a grande velocidade” (GOETHE, Johann
Wolfgang von. Máximas e Reflexões. Lisboa: Relógio D’água,1999).
Ou nos rendemos a isto, ou ao que diria
André Comte-Sponville:
"A prudência determina o que é
necessário escolher e o que é necessário evitar."
(grifos e destaques meus)
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