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“O virtuoso, [ao invés de refrear as paixões], age corretamente, mas em harmonia com suas paixões, porque ele as dominou de uma vez por todas. Não só aprendeu a agir de modo conveniente, mas a sentir o páthos adequado” (LEBRUN, 1987, p. 20).
São diversos os percalços
no caminho; naturais, no entanto!
E, prosseguindo com as
reflexões, estabelecidas já há algum tempo, como projeto na reforma da conduta
pessoal para melhor compreensão do que seja desenvolver e aplicar a virtude, ainda tão distante,
mas, tarefa a realizar! Portanto, decidi investir em aprimorar as emoções nesse sentido, exatamente por
pressupor que tais podem ser revertidas em força interior, para resistir aos assaques
ou provocações externas. Totalmente na direção contrária das concepções
mirabolantes que dominam o "mercado"
E, para uma consideração desse elemento na constituição da imperturbável tranquilidade da alma, vale considerar, antes, de anotar o que escolhi dos estoicos para o dia de hoje, logo pela manhã, retomando agora. Anotei entre as leituras de hoje, mais uma vez, essa passagem que está no Górgias, de Platão:
"[469b-c]
Sócrates: …Porque o maior dos males consiste em praticar uma injustiça.
Polo: Esse é o maior? Não é o maior sofrer uma injustiça?
Sócrates: Absolutamente não.
Polo: Preferias então sofrer uma injustiça a praticá-la?
Sócrates: Não preferiria uma coisa nem outra; mas se fosse inevitável sofrer ou
praticar uma injustiça, preferiria sofrê-la."(SÓCRATES. In: Górgias (Platão)).
Ora, com reflexões deste tipo, se tem pretendido:
A imperturbável paz de espírito (ataraxía - ἀταραξία):
Um dos pontos centrais da
filosofia estoica: a conquista
da felicidade por meio da ataraxia,
um ideal de imperturbável tranquilidade
em que seria possível viver de forma serena e com absoluta paz de espírito. E,
os estoicos, defendiam e ensinavam
que o homem só pode alcançar plena felicidade mediante aquisição de virtudes e
aperfeiçoamento dos conhecimentos.
A tranquilidade (apátheia - ἀπάθεια):
Na busca pela vida
tranquila e feliz, a proposta da
filosofia estoica era de que os fatores externos que comprometessem a perfeição
moral e intelectual devem ser ignorados, superados, tratados com apátheia. Mesmo nas dificuldades, a
reação indicada ao ser humanos, era sempre agir com muita calma e
tranquilidade, sem que fatores externos perturbem nossa capacidade de
julgar ou reagir.
Portanto, nesta
caminhada, como também já citado aqui, revisitei, de Séneca (2014):
"Sempre
que queiras saber qual a atitude a evitar ou a assumir, regula-te pelo bem
supremo, pelo objetivo de toda a tua vida. Todas as nossas ações devem
conformar-se com o bem supremo: somente é capaz de determinar as ações
individuais o homem que possui a noção do objetivo supremo da vida".
Seguimos nos exercitando, são elementos a desenvolver em nós, se queremos nos “curar das paixões”!
______.
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