“Este livro explica como a lógica da mudança de teoria emprega modelos
formais na investigação de mudanças em bancos de dados e estados de crença. Os
tópicos cobertos incluem caracterizações equivalentes de operações AGM,
representações estendidas dos estados de crença, operadores de mudança não
incluídos na estrutura original, mudança iterada, aplicações do modelo, suas
conexões com outras estruturas formais e críticas ao modelo.”
. ' .
“A demarcação entre ciência e pseudociência faz parte da tarefa mais abrangente de determinar quais são as crenças epistemicamente justificadas. Este verbete esclarece a natureza específica da pseudociência em relação a outras categorias de doutrinas e de práticas não-científicas, inclusive a recusa da ciência e a resistência aos fatos. Os critérios de demarcação mais importantes são discutidos e algumas das suas fraquezas são expostas. Por último, enfatiza-se que há muito mais consenso sobre questões particulares de demarcação do que sobre os critérios gerais em que esses juízos devem se basear. Isso é um indício de que há muito trabalho filosófico importante por fazer sobre a demarcação entre ciência e pseudociência.” (HANSSON, Sven ove. First published Wed Sep 3, 2008; substantive revision Thu May 20, 2021.
Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/pseudo-science/. Acesso em: 06 de setembro de
2021).
E, por falar
em "epistemologia”; nas últimas manhãs dedicadas à retomada dos
estudos e trabalhos, volto, com esforços, a uma outra obra de Karl Popper que
há muito desejava reler (alguns capítulos, especificamente).
Tem sido uma constante,
nesse tópico “filosofia da ciência”,
na leitura dos clássicos da área, que eu encaminhe minhas reflexões sobre a
forma como Popper trata a importância e relevância
da metafísica ante o “critério
de demarcação científica” (Popper, 1972).
De grande importância,
para mim, ainda que Popper não tenha desenvolvido claramente essa questão em
suas obras, quis ler aqui: qual pode ser a importância
da metafísica para a investigação do conhecimento científico, ainda
hoje. Certo é que Karl R. Popper não nega os pressupostos de teor
metafísico na produção da ciência.
Assim, admitindo que haja
tal relevância, importante que se investigue a função que
a metafísica teria no desenvolvimento e produção da ciência. Popper defendeu
tal relevância da metafísica em torno das “teorias da ciência”,
presente, segundo ele, desde a antiguidade.
Leitor de Kant,
retomo a questão sem me afastar das referências básicas e, para me manter
refletindo sobre “os dois os problemas fundamentais da teoria do
conhecimento: o problema da indução (problema
de Hume) e o problema da demarcação (problema
de Kant)”:
Mas, este retorno ao tema
deve-se ao recente contato com a obra de Sven Ove Hansson citada desde o início e que motivou-me a escrever este brevíssimo texto que pretendo melhorar e aprofundar, no texto e no tema. A começar pelo livro “Belief Change: introduction and overview”.
“This book explains how the logic of theory change employs formal models in the investigation of changes in belief states and databases. The topics covered include equivalent characterizations of AGM operations, extended representations of the belief states, change operators not included in the original framework, iterated change, applications of the model, its connections with other formal frameworks, and criticism of the model.”
Incluí acima, neste texto,
o link do artigo que li e
tive primeiro contato com este autor.
Ou seja, começando um
novo caminho de reflexões a partir de produções mais recentes sobre o tema.
(os grifos e destaques são meus)
______.
FERMÉ, Eduardo; HANSSON, Sven Ove. Belief Change: introduction and overview. Springer, 2018.
______. Vetenskap och ovetenskap, Stockholm: Tiden, 1983.
______. “Defining Pseudoscience”, Philosophia Naturalis, 33: 169–176. 1996.
______. “Falsificationism Falsified”, Foundations of Science, 11: 275–286, 2006.
______. “Values in Pure and Applied Science”, Foundations of Science, 12: 257–268, 2007.
______. “Philosophy in the Defence of Science”, Theoria, 77(1): 101–103, 2011.
______. “Defining pseudoscience and science”, pp. 61–77 in Pigliucci and Boudry (eds.), 2013.
______. Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem. University of Chicago Press; Illustrated edição, 2013.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3, ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.
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LAKATOS, Imre, 1970. “Falsification and the Methodology of Research program”, pp 91–197 in Imre Lakatos and Alan Musgrave (eds.) Criticism and the Growth of Knowledge. Cambridge: Cambridge University Press.
______. 1974a. “Popper on Demarcation and Induction”, pp. 241–273 in P.A. Schilpp, The Philosophy of Karl Popper, The Library of Living Philosophers, vol xiv, book i. La Salle: Open Court.
______. 1974b. “Science and pseudoscience”, Conceptus, 8: 5–9.
_____. 1981. “Science and pseudoscience”, pp. 114–121 in S Brown et al. (eds.) Conceptions of Inquiry: A Reader London: Methuen.
LAUDAN, Larry, 1983. “The demise of the demarcation problem”, pp. 111–127 in R.S. Cohan and L. Laudan (eds.), Physics, Philosophy, and Psychoanalysis, Dordrecht: Reidel.
MEYER, Catherine; MIKKEL Borch-Jacobsen. [et al.]. O livro negro da psicanálise. Viver e pensar melhor sem Freud. 5.ed. Trad. de Simone Perelson e Beatriz Medina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
POPPER, K. (1993). Lógica da pesquisa científica. São Paulo: Edusp.
______. Conjecturas e refutações. Trad. Bath S. Brasília: UB, 1972.
______. Os dois problemas fundamentais da teoria do conhecimento. São Paulo: Editora Unesp, 2013.
______. O conhecimento e o problema mente-corpo. Lisboa: Edições 70, 2009.
______; ECCLES, J. C. O cérebro e o pensamento. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1992.
______. O conhecimento objetivo. Belo Horizonte, MG: Itatiaia, 1999.
______. O eu e seu cérebro. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1995.
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