Terminadas as tarefas na oficina, com o "criticismo", fui reler algumas páginas "existencialistas" do Rollo May; os caps. XII-XV de "Leis naturais ... "
Desafios decorrem dessas leituras sempre que as retomo. Mas, recomenda Sanson, perante as Leis:
"Paciência! Tornai-vos bons, e chegareis lá [...]. A curiosidade, que é o estimulante do homem pensante, vos conduz tranquilamente até a morte, reservando-vos a satisfação de todas as vossas curiosidades passadas, presentes e futuras. Tentai, então, morrer bem para saber muito" (Sanson. C. I. Cap. II, 2ª Parte, item 13)
Ademais,
“De
todas as coisas que podemos conceber neste mundo ou mesmo, de uma maneira
geral, fora dele, não há nenhuma que possa ser considerada como boa sem
restrição, salvo uma boa vontade. O entendimento, o espírito, o juízo e os
outros talentos do espírito, seja qual for o nome que lhes dermos, a
coragem, a decisão, a perseverança nos propósitos, como qualidades
do temperamento, são, indubitavelmente, sob muitos aspectos, coisas boas e
desejáveis; contudo, também podem chegar a ser extrordinriamente más e daninhas
se a vontade que há-de usar destes bens naturais, e cuja constituição se chama
por isso carácter, não é uma boa vontade. O mesmo se pode dizer
dos dons da fortuna. O poder, a riqueza, a consideração, a própria saúde e
tudo o que constitui o bem-estar e contentamento com a própria sorte, numa
palavra, tudo o que se denomina felicidade, geram uma confiança que muitas
vezes se torna arrogância, se não existir uma boa vontade que modere a
influência que a felicidade pode exercer sobre a sensibilidade e que corrija o
princípio da nossa atividade, tornando-o útil ao bem geral; acrescentemos que
num espectador imparcial e dotado de razão, testemunha da felicidade
ininterrupta de uma pessoa que não ostente o menor traço de uma vontade pura e
boa, nunca encontrará nesse espetáculo uma satisfação verdadeira, de tal modo a
boa vontade parece ser a condição indispensável sem a qual não somos dignos de
ser felizes.
(...)
A boa vontade não é boa pelo que produz e realiza, nem por facilitar o alcance
de um fim que nos proponhamos, mas apenas pelo querer mesmo; isto quer dizer
que ela é boa em si e que, considerada em si mesma, deve ser tida em preço
infinitamente mais elevado que tudo quanto possa realizar-se por seu intermédio
em proveito de alguma inclinação, ou mesmo, se se quiser, do conjunto de todas
as inclinações (
______.
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