sexta-feira, 10 de maio de 2024

REFLEXÃO MATINAL CLXIX; SAÚDE, PSICOTERAPIA E EXISTENCIALISMO SEGUNDO VIKTOR FRANKL

 


Sobre o Bom Existencialismo:

Mais uma das boas, necessárias e fundamentas reflexões que faço sobre as consequências que devem ser pensadas por quem escreve; sobre a busca de sentido; “locus of control” autocontrole e reeducação visando a “cura das paixões”.

Desde há muito tempo, acostumado a ler Karl Jaspers, tendo iniciaod com o seu “Introdução ao pensamento filosófico”, e, sempre como existencialista, ou como grande autor dos 2 volumes de “Algemeine Psychopathologie” a que tive acesso, inicialmente em português, e sempre os consulto, sobre estes temas com qual sempre estou envolvido e estudando.

Recentemente acrescentei, assim que encerrei a leitura, esse recém lançado: Caminhos para a sabedoria: uma introdução à vida filosófica. Também escrito por  Karl Jaspers com prefácio: Luciano Alves Meira, publicado pela editora Vozes.

O tema, também comum aqui nesta página, com certeza terá acréscimos nas reflexões.

"A atitude reflexiva contida nesta obra torna-se refrescante e curativa porque nos estimula a rever as perspectivas do caminhar pensante em uma direção clara rumo à Existenz. Mas o que é a Existenz? Ela é o caminho de uma Vida Filosófica, a adoção de uma atitude que, em situações limítrofes, leva o indivíduo à compreensão do sentido singular de sua própria existência, sem que esse significado possa ser colocado em palavras por ser, antes de mais nada, um sentimento especial, situado para além de todas as facticidades e do poder da linguagem."

A este, aqui acrescento um outro livro escrito por outro autor que também era médico e discutiu a questão do Existencialismo e que estou lendo nos intervalos:

Psicoterapia e existencialismo é uma seleção de textos de Viktor Frankl, publicados durante as décadas de cinquenta e sessenta. O intuito do próprio Frankl foi selecionar seus escritos fundamentais para a compreensão dos princípios da logoterapia e suas aplicações práticas. Apresenta algumas das ideias bem conhecidas de Frankl a respeito da liberdade e responsabilidade do homem, e descreve pesquisas que apoiam a hipótese levantada por Frankl de que talvez a mais importante fonte de neurose moderna é a falta de sentido na vida. O livro ainda descreve os resultados da logoterapia através de uma descrição valiosa dos resultados clínicos da aplicação das técnicas logoterapêuticas. De acordo com Frankl, “a vida pode se tornar significativa pela atitude que tomamos diante de um destino que não podemos mais mudar”. Portanto, a obra de Frankl resgata uma visão antropológica, salientando a liberdade e a transcendência como pontos fundamentais para se compreender o ser humano.”

O homem procura sempre um significado para a sua vida. Ele está sempre movendo-se em busca de sentido de seu viver; em outras palavras, devemos considerar aquilo que chamo de ‘vontade de sentido’ como um interesse primário do homem [...]” (2005, p. 29).

Dado que tive uma melhora na saúde física, volto a Kant e aos estudos.

Em frente!

______.

FRANKL, Viktor. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

______. Em busca de sentido. 25. ed. - São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. O Sofrimento Humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

______. The doctor and the soul: from psycotherapy to logotherapy. New york: Bantam Books, 1955.

______. Psycotherapy and existencialism: selected papers on logotherapy. New York: Simon and Schuster, 1970.

______. Psicoterapia e existencialismo. Trad. Ivo Studart Pereira. São Paulo: É Realizações, 2020.

______. Angst und Zwang. Acta  Psychotherapeutica, I, 1953, pp. 111-120.

______. Teoria e terapia das neuroses: introdução à logoterapia e à análise existencial. São Paulo: É Realizações, 2016.

GALENO. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

______. Aforismos. São Paulo: E. Unifesp, 2010.

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

JASPERS, Karl. Il medico nell'età della técnica. Con un saggio introduttivo di Umberto Galimberti. Milano: Raffaello Cortina Editore, 1991.

______. Der Arzt im technischen Zeitalter: Technik und Medizin. Arzt und Patient. Kritik der Psychotherapie. 2. ed. München: Piper, 1999.

______. Psicopatologia geral: psicologia compreensiva, explicativa e fenomenologia. São Paulo: Atheneu, 1979. (2 vols.)

______. Plato and Augustine. Edited by Hannah Arendt. Translated by Ralph Manheim. New York: Harvest Book, 1962.

______. Introdução ao pensamento filosófico. 16. ed. São Paulo: Cultirx, 1971.

KANT, Immanuel. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. A religião nos limites da razão pura. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Editra Vozes, 2024

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). ______. O livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (Q. 893-919: "As virtudes e os vícios”; “Paixões"; “Caracteres do homem de bem”; “Conhecimento de si mesmo” e 920-933: "Felicidade"; Q. 614-648: "Caracteres da Lei natural"; "Origem e conhecimento da Lei natural"; "O bem e o mal"; "Divisão da Lei natural").

KIEKEGAARD, S. A. O desespero humano: doença até a morte. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

______. O desespero humano: São Paulo: Ed. UNESP, 2010.

______. Do desespero silencioso ao elogio do amor desinteressado. (Org. Alvaro Valls). Escritos, 2004.

______. As obras do amor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. O conceito de angústia. 3. ed. Trad. Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.

TOLSTOY, Leon. A morte de Ivan Ilitch. Porto Alegre, RS: L&PM, 1997.

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