sábado, 24 de maio de 2025

REFLEXÕES KANTIANAS SOBRE LIBERDADE: "KANT ON FREEDOM AND RATIONAL AGENCY"

Leitura e estudos da tarde em andamento:

Encontrei, esse material, recentemente, em meio aos estudos regulares que, apesar de tudo, não interrompi totalmente. Apareceu-me esse autor e esta obras que destaco aqui; já estou lendo com atenção; acrescentada à bibliografia, e leitura e estudos em andamento.

Kant on Freedom and Rational Agency’ " oferece uma nova interpretação e reconstrução racional da doutrina kantiana da liberdade. Markus Kohl mostra como Kant defende a crença de que somos livres de causas externas (naturais e sobrenaturais) como pressuposto de toda atividade humana significativa. Embora essa interpretação se concentre no papel essencial que a liberdade da vontade desempenha em nossa ação moral, ela também examina como nosso status como agentes cognitivos racionais depende de nossa liberdade de pensamento e por que nosso engajamento estético com a beleza requer nossa liberdade de imaginação. Kohl, assim, apresenta uma compreensão convincente da avaliação de Kant de que a liberdade é um "ponto cardeal" — até mesmo a "pedra angular" — de toda a sua filosofia crítica. A doutrina kantiana da liberdade surge nessa abordagem como uma crítica sistemática de uma visão de mundo naturalista que considera todas as nossas capacidades, representações e ações como o resultado causal de leis e forças naturais. Kant sustenta que a visão de mundo naturalista mina fatalmente nossa autoconcepção como agentes racionais. Essa crítica ao naturalismo culmina no argumento de que os conhecedores naturalistas não podem explicar nossa liberdade em relação às forças naturais porque eles devem pressupor tal liberdade em seus próprios esforços cognitivos para elaborar teorias naturalistas racionalmente válidas.

...

“ ‘Kant on Freedom and Rational Agency’ provides a novel interpretation and rational reconstruction of Kant's doctrine of freedom. Markus Kohl shows how Kant defends the belief that we are free from foreign (natural and super-natural) causes as a presupposition of all meaningful human activity. While this interpretation focuses on the essential role that freedom of will plays in our moral agency, it also examines how our status as rational cognitive agents hinges on our freedom of thought, and why our aesthetic engagement with beauty requires our freedom of imagination. Kohl thereby gives a compelling sense of Kant's estimation that freedom is a "cardinal point"--even the "keystone"--of his entire critical philosophy. Kant's doctrine of freedom emerges in this account as a systematic critique of a naturalistic worldview which regards all our capacities, representations, and actions as the causal upshot of natural laws and forces. Kant holds that the naturalistic worldview fatally undermines our self-conception as rational agents. This critique of naturalism culminates in the argument that naturalistic cognizers cannot explain away our freedom from natural forces because they must presuppose such a freedom in their own cognitive efforts to devise rationally valid naturalistic theories.”

LINK da resenha (Reviewed by Frederick Rauscher, Michigan State University 2025.05.7):

https://ndpr.nd.edu/reviews/kant-on-freedom-and-rational-agency/?fbclid=IwY2xjawKe69xleHRuA2FlbQIxMABicmlkETFBQjhKV2NzcnpQak85dVBFAR5PT5L7ZvoM82dPRxkQUorMsvWoi3VkGnUgEcWTyc7yNSaeQ51r7jOOJ5hLYA_aem_drjt_hmAAwqbizlybX7_tA

______.

HÖFFE, Otfriede. Immanuel Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

______. Immanuel Kant. München: C. H. Beck, 2004.

______. Kant: crítica da razão pura: os fundamentos da filosofia moderna. São Paulo: Edições Loyola, 2013.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.

______. Crítica da razão pura. 3. ed. Trad. Fernando Costa Matos. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2013.

______. Crítica da razão prática. Edição bilíngüe.Tradução Valerio Rohden. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Monica Hulshof. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

____. Crítica da faculdade do juízo. Trad.Valerio Rohden e António Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.

______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis atque inteligibilis forma et principio. Akademie-Ausgabe. Trad. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad., apres. e notas de L. R. dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982

______. Histoire Générale de la Nature et Théorie du ciel. Trad. Pierre Kerszberg, Anne-Marie Roviello e Jean Seidengart. Vrin 1984.

______. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Tradução e estudo de Vinicius de Figueiredo. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 1993.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Lisboa: Edições 70, 2012.

KOHL, MARKUS. Kant on Freedom and Rational AgencyOxford University Press, 2023, 399pp.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TEMPO DE ESTUDOS DA ESTÉTICA TRANSCENDENTAL: KANT, A INTUIÇÃO E A INFINITUDE DOS SENTIDOS

  “A INTUIÇÃO EM KANT: A INFINITUDE DOS SENTIDOS” Dando continuidade aos estudos, ainda uma vez revisito a Estética Transcendental de Kant (...