1. Estudando detalhadamente a "Terceira peça" da "Religião nos limites da simples razão" (6:93 - 6:150. Traduzido pelo prof. Bruno Cunha ) e pensando:
“A histórica esperança de Kant é obviamente que as comunidades religiosas existentes em todo o mundo, cristãos e não-cristãos, gradualmente purificarão a sua doutrina e práticas mediante o progresso da cultura e a influência da razão iluminada” (WOOD, A. Kant's Ethical Thought. Cambridge: Cornell University Press, 1999).
2. Estudando ainda e detalhadamente a "Terceira peça" da "Religião nos limites da simples razão" (6:93 - 6:150). Também traduzido pelo prof. Bruno Cunha ) me deparei lendo, relendo, escrevendo e pensando muito hoje nessa questão (6:94):
"O domínio do princípio bom, na medida em que seres humanos podem trabalhar em prol dele, não é, portanto,- tanto quanto discernimos - alcançável, senão mediante o estabelecimento e a expansão de uma sociedade segundo as leis de virtude e pela causa delas, de uma sociedade na qual se torna tarefa e dever para todo gênero humano” (Rel 6: 94).
-
Uma digressão (na mesmo obra, Cf. nota em 6:20): "Sanabilibus aegrotamus malis" (Latim), significando "padecemos de males curáveis". A frase inteira pode ser lida na obra de Sêneca: De ira, II, 13, "sanabilibus aegrotamus malis ipsaque nos in rectum genitos natura, si sanari velimus, adiuvat", que enquanto leio “A religião nos limites da razão pura”, numa nota, o professor Bruno Cunha traduz como “padecemos de males curáveis e, como nascemos para o bem, a própria natureza nos ajuda” e traz uma informação que eu já conhecia mas não me lembrava: a mesma citação “foi utilizada por Rousseau na página título de seu tratado de educação, Emílio” (Grifos e destaques meus)
Relendo também Allen Wood e Pasternak (Citados): Link: https://marcosfilosofiamoderna.blogspot.com/2019/08/religion-and-rational-theology.html
Link 2 (abaixo): The Postulate of Immortality in the Critique of Practical Reason (and Beyond).
Link 3: ACRESCENTANDO/ATUALIZANDO HOJE (08.11.2025) ESTA OBRA DE LAWRENCE PASTERNAK:
“A doutrina do Bem Supremo de Kant está entre os aspectos mais complexos e controversos de sua filosofia prática. Há um amplo desacordo sobre o que exatamente é o Bem Supremo, como Kant o defende e qual função ele supostamente cumpre. O Bem Supremo também se encontra no cerne de algumas das disputas mais acirradas no âmbito dos estudos kantianos.
Este livro é a primeira interpretação abrangente em língua inglesa da estrutura interna do Bem Supremo, seu desenvolvimento e seu lugar dentro do sistema filosófico mais amplo de Kant. Pasternack oferece um diálogo consistente com a literatura secundária contemporânea sobre esses temas e discute textos-chave do Iluminismo alemão que ajudaram a moldar a concepção kantiana do Bem Supremo. Ele argumenta que as interpretações predominantes se baseiam em uma compreensão falha do Bem Supremo, que tem suas raízes em uma série de equívocos interpretativos iniciais. Pasternack então discute como o Bem Supremo se relaciona com outros elementos do sistema filosófico de Kant, incluindo as interpretações conflitantes de sua psicologia moral, as restrições epistêmicas do Idealismo Transcendental e como reconciliar sua filosofia positiva da religião com essas restrições.”
. ‘ .
“Kant’s doctrine of the Highest Good is among the most perplexing and controversial aspects of his practical philosophy. There is widespread disagreement about exactly what the Highest Good is, how Kant argues for it, and what function it is supposed to fulfill. The Highest Good is also situated at the nexus of some of the most acrimonious disputes within Kant scholarship.
This book is the first comprehensive, English-language interpretation of the Highest Good’s internal structure, its development, and its place within Kant’s broader philosophical system. Pasternack offers sustained engagement with the contemporary secondary literature on these issues, and discusses key texts of the German Enlightenment which helped to shape Kant’s conception of the Highest Good. He argues that prevailing interpretations rely upon a faulty understanding of the Highest Good, one which has its roots in a number of early interpretive missteps. Pasternack proceeds to discuss how the Highest Good relates to other elements of Kant’s philosophical system, including the conflicting interpretations of his moral psychology, the epistemic strictures of Transcendental Idealism, and how to reconcile his positive philosophy of religion with these strictures.”
...
Sobre os autores:
Lawrence Robin Pasternack foi professor de Filosofia e diretor de Estudos Religiosos na Universidade Estadual de Oklahoma, além de um dos principais estudiosos da filosofia da religião de Kant. Suas numerosas publicações apareceram em periódicos como Kantian Review , Kant-Studien , Journal of the History of Philosophy e Faith and Philosophy , entre muitos outros. Por meio de seu extenso trabalho editorial, especialmente na série Kant’s Sources in Translation (com Pablo Muchnik), ele enriqueceu a área de estudos de forma inestimável. Seu primeiro livro com a Routledge, Kant's Religion within the Boundaries of Mere Reason: An Interpretation and Defense, foi publicado em 2014. Uma lista completa das publicações do Dr. Pasternack pode ser encontrada no final deste volume.
Courtney D. Fugate é professora de Filosofia na Universidade Estadual da Flórida, em Tallahassee, e especialista em filosofia alemã clássica, incluindo Kant, bem como em história e filosofia da ciência.
Jennifer Elisabeth Fugate é editora e tradutora freelancer.
______.
______. Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/ São Francisco, 2019.
______. Lições de Metafísica. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/São Francisco, 2021
______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
______. A religião nos limites da simples razão. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2024.
______.Vorlesung über die philosophische Encyclopädie. In: Kant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).
______. Crítica da razão pura. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994. (B 832-847)
______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo,Abril Cultural, 1983.
______. Crítica da razão pura. "Do ideal de Sumo Bem como um fundamento determinante do fim último da razão pura. Segunda seção". (A805, 806 - B833, 834). Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.
_____. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.
______. Cursos de Antropologia: a faculdade de conhecer (Excertos). Seleção, tradução e notas de Márcio Suzuki. São Paulo: Editora Clandestina, 2017.
______. Resposta à pergunta: o que é “esclarecimento”?. In: Immanuel Kant textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.
______. Lições de Ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Unesp, 2018.
______. Crítica da razão prática. Trad. Monique Hulshof. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.
______. Sobre a Pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontenella. Piracicaba, SP: Editora Unimep, 1996.
______. Sobre a Pedagogia. Petrópolis, RJ, Editora Vozes, 2021.
MENDELSOHN, Moses. Fédon: ou sobre a imortalidade da alma. São Paulo: E. Madamu, 2025.
PASTERNACK, L. The Postulate of Immortality in the Critique of Practical Reason (and Beyond). Kantian Review. 2024;29(1):19-38. doi:10.1017/S1369415423000456 . Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/kantian-review/article/postulate-of-immortality-in-the-critique-of-practical-reason-and-beyond/CF7872987124350371C24A98D7EAFA58 . Acesso em: 03. 07.2025.
______; FUGATE, Courtney D; FUGATE, Jennifer E; Kant’s doctrine of the highest good: from practical reason to rational faith. Routledge, 2025.
SÊNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.
______. Edificar-se para a morte: das cartas morais a Lucílio. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.
____. Sobre a clemência. Introdução, tradução e notas de Ingeborg Braren. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
____. Sobre a ira. Sobre a tranquilidade da alma. Tradução, introdução e notas de José Eduardo S. Lohner. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2014.


Nenhum comentário:
Postar um comentário