quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

A CRITICA DA RAZÃO PURA: SOBRE A LÓGICA GERAL E A LÓGICA TRANCENDENTAL

Voltando a um tema... Desenvolvendo...

Tendo prosseguido com os estudos, ainda tentando escrever um pouco mais sobre a pesquisa, há sempre o necessário intervalo, uma pausa breve na oficina. E, além do muito apreço ao tema e muito à obra, voltei, pela manhã ao "Manual dos curso de Lógica geral" de Kant e ao tema da Segunda parte da “Doutrina transcendental dos elementos’:  “Lógica transcendental” (A50, B64 - A64,B88). 

Link: SOUZA, Luís Eduardo Ramos. Lógica Geral e Lógica Transcendental: as origens lógicas da Crítica da razão pura de Kant. Studia Kantiana, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 7–27, 2025. DOI: 10.5380/sk.v23i1.96669. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/studiakantiana/article/view/96669. Acesso em: 25 dez. 2025.

Parti, portanto da obra "Manual dos curso de Lógica geral" e acrescentei hoje, o artigo acima: “Lógica Geral e Lógica Transcendental: as origens lógicas da Crítica da razão pura de Kant”, além da obra em si, de inestimável valor pessoal, da afirmação de Kant sobre a Lógica, desde Aristóteles, sobre a “Lógica”, desde Aristóteles não ter dado quase nenhum passo à frente nem para trás, dado que “o limite da Lógica acha-se determinado de maneira bem precisa, por ser ela uma ciência que expõe circunstanciadamente e prova de modo rigoroso unicamente as regras formais de todo o pensamento.” 

E, seria tal “limite”, a vantagem de seu sucesso como ciência. Claro é que tal afirmação já foi bastante contestada e embora me interesse muito, não vou me demorar sobre ela. Só vou começar a pensar a ideia de "limites" a partir da noção de "regras". Futuramente retorno à questão; após mais estudos e reflexões.

"Tudo na natureza (Natur), tanto no mundo inanimado quanto vivo, ocorre segundo regras (Regeln), embora nem sempre conheçamos essas regras de imediato - A água cai segundo as leis dos gravesm e o movimento da marcha entre os animais produz-se conforme regras. O peixe na água e o pássaro no ar movem-se segundo regras. A Natureza toda, em geral, nada mais é propriamente do que um nexo de fenômenos segundo regras e em parte alguma ocorrre ausência de Regras (Regellosigkeit). Quando pensamos tê-la encontrado, só podemos dizer que as regras nesse caso no são desconhecidas.

O exercício das nossas faculdades (Kräfte) também se faz segundo certas regras, que seguimos inicialmente, inconscientes delas, até que, mediante tentativas e um demorado uso de nossas faculdades, chegamos ao seu conhecimento, o que acaba nos colocando em tal familiaridade com elas que nos custa muita fadiga pensá-la in abstacto. Do mesmo modo a gramática geral (allgemeine Gramatik), por exemplo, é a forma (Form) de uma língua em geral. Mas falamos mesmo não conhecendo a gramática, e quem não a conhece e no entanto fala possui na verdade uma gramática e fala segundo regras de que não tem consciência, porém." (KANT, 2002, p. 25)

Enfim, das muitas voltas às obras básicas, no último fim de semana, na pausa dos trabalhos e pensando nos textos com prazos de entrega, retomei e prossigo com a leitura deste “manual de Lógica” de Immanuel  Kant, de quem tenho me dedicado a estudar a obra com calma, há algum tempo.

A princípio, precisei reler dois dos capítulos da obra. Menciono ainda, o detalhe de que o meu exemplar de estudos desse tema a partir desse autor, traz uma dedicatória a que, porventura, detive-me estoicamente, como já fiz por mais de 12 anos; desde 12 de maio de 2007...

Só em seguida pude dedicar-me aos meus intentos iniciais até o final.

De resto, sobre a obra: basicamente, esse “manual" de lógica tem como objetivo introduzir seu leitor, ou quem adentre o complexo e necessário universo da Filosofia.

De fundamental importância para compreensão da obra kantiana, uma excelente obra para, em  certa  medida, iniciar estudos sobre kantismo e uma introdução aos temas da Filosofia, inclusive traz um glossário com termos básicos para  auxílio na  leitura.

______.

ARISTÓTELES. Categorias. São Paulo: Editora Unesp, 2019.

______. Metafísica. São Paulo: Ed. Loyola, 2002.

______. Órganon. Bauru (SP): Edipro, 2010.

BLANCHÉ, R. História da lógica de Aristóteles a Bertrand Russell. Lisboa: Ed. 70, 1985.

KANT, Immanuel. Manual dos cursos de lógica geral. 2. ed. Trad. Fausto Castilho. Campinas/SP: Editora da Unicamp, 2002.

______. KANT, I. Gesammelten Werken der Akademie Ausgabe aus den Bänden 1-23 (Elektronische Edition). Band III: Kritik der reinen Vernunft (2. Aufl. 1787). Band IV: Prolegomena (1783) und Metaphysische Anfangsgründe der Naturwissenschaft (1786). Band IX: Logik (1800). Seit 2008. Disponível em: http://kant.korpora.org. Acesso em:  25 dez 2025.

______. Crítica da razão pura. 3. ed. Trad. Fernando Costa Matos. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2013.

______. Crítica da razão prática. Edição bilíngüe.Tradução Valerio Rohden. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Monica Hulshof. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

_____. Crítica da faculdade do juízo. Trad.Valerio Rohden e António Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.

____. Crítica da faculdade do julgar. Trad.Fernando Costaa de Matos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. 

______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo,Abril Cultural, 1983.

______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis ataque inteligibilis forma et princípio. Akademie-Ausgabe. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad. apres. e notas de Leonel Ribeiro dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.

______. Primeiros Princípios Metafísicos da Ciência da NaturezaLisboa: Edições 70, 2019. 

_______. Os Progressos da MetafísicaLisboa: Edições 70, 2018.

______. Histoire générale de la nature et théorie du ciel. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 1984. p. 61-203.

______. Geographie. Physische Geographie. Paris: Aubier  Bibliothèque Philosophique, 1999.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

NEWTON. Isaac. Philosophiæ naturalis principia mathematicaEdusp, 2023. Volume 1.

______. Philosophiæ naturalis principia mathematica2. edição. São Paulo: Edusp, 2023. Volume 2.


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