domingo, 22 de dezembro de 2024

O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)

Recentemente, acrescentei, uma obra de Alvin Plantinga que até recentemente não conhecia: “Ciência, religião e naturalismo: onde está o conflito? (2018)”.

Leituras como esta sempre me interessaram bastante e cresceu meu interesse após ter lido a  obra de Numbers "Galileo goes to jail". e, muito mais por ter me aprofunda nas obras de Immanuel Kant sobre ética, metafísica e religião.  

Hoje, estou revisitando e prosseguindo com estudos sobre o tema “ciência e religião”, durante as costumeiras pausas na oficina.

Como desde há muito tempo tem sido apresentado em termos de conflito entre as duas áreas e, como, de alguns anos para cá, tenho acompanhado as discussões em torno do assunto e já é bastante perceptível uma renovada ampliação do debate, com amplos avanços e esclarecimentos, sigo com as leituras e faço aqui as anotações após as leituras. 

Aproveiteie reli outro do mesmo autor: “Conselhos aos filósofos cristãos” e comecei a ler, também do mesmo autor (livro que comecei a ler numa viagem recente a Juiz de Fora). Trata-se do livro “Crença cristã avalizada” em que chamou minha atenção a exposição que Plantinga faz logo no início sobre Kant; na primeira parte da obra (pp. 29-56) que discute: "A questão existe?"

Em Crença cristã avalizada, Alvin Plantinga trata a noção de aval, que ele define como “aquilo que distingue o conhecimento da crença verdadeira”. Nesta obra, o autor expande seu foco sobre o tema partindo de questões estritamente epistemológicas para examinar se a crença teísta, especificamente a cristã, pode desfrutar de um aval.

A crença cristã é intelectualmente aceitável? É aceitável para pessoas inteligentes nos dias de hoje, no início do terceiro milênio? Plantinga aborda essas questões examinando se é racional, razoável, justificável e, em última análise, avalizado aceitar a crença cristã. Afirma que as crenças cristãs são avalizadas por serem formadas por faculdades cognitivas que funcionam apropriadamente. Desse modo, se forem verdadeiras, elas constituem o conhecimento.

Plantinga argumenta que é plausível crer que os seres humanos não têm apenas faculdades cognitivas naturais, como percepção, memória e raciocínio, as quais nos permitem conhecer os fatos sobre o objeto, mas também detemos uma faculdade cognitiva natural que nos permite formar crenças básicas sobre Deus. Para levar os crentes a produzir crenças cristãs avalizadas, o autor mostra como essa faculdade pode ser embotada e danificada pelo pecado, mas também reparada pela fé. Ele passa depois a explorar uma proposta, comum a Tomás de Aquino e a Calvino, de que a crença cristã se origina de uma fonte não natural, que Aquino chamou de “instigação interna do Espírito Santo” e Calvino classifica como “testemunho interno do Espírito Santo”.

Crença cristã avalizada, obra de um academicismo impecável e produzida por um dos principais epistemólogos da atualidade, desafiará e envolverá filósofos, bem como acadêmicos da área dos estudos religiosos.

Sempre que leio obras assim, sigo considerando as especificidades das suas crenças cristãs dos autores lidos e as diferenças com as crenças cristãs às quais sempre me filiei. É é uma excelente reflexão para os tempos atuais.

______.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (col. Os Pensadores).

______. Ethica Nicomachea - III 9 - IV 15: As virtudes morais. Trad. Marco Zingano. São Paulo: Odysseus Editora, 2019.

BICALHO, Vanessa Brun. Ciência e sabedoria de vida na filosofia transcendental de Kant à luz do estoicismo. Tese de Doutorado (Campus de Toledo). Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, 2021.

BUTLER, J; CLARKE, S; HUTCHESON, F; MANDEVILLE, B; SHAFTESBURY, L; WOLLASTON, WFilosofia moral britânica: textos do século XVIII. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2014.

CÍCERO, M.T. 1988. De finibus bonorum et malorum / Über die Ziele des menschlichen Handelns. Edição e tradução: Olof Gigon. München/Zürich: Ártemis.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

DENNETT, Daniel C. Science and Religion: are they compatible? Oxford University Press (USA), 2010.  

DIXON, Thomas. Science and Religion: a very short introduction. Ouxford University Press, 2008

______; CANTOR, Geoffrey; PUMFREY, Stephen. Science and religion: new historical perspectives, 2011.

DIXON, Thomas. Science and Religion: a very short introduction. Ouxford University Press, 2008.

HARRISON, Peter. The territories of science and religion. University of Chicago Press, 2015.

______. (Org.) The Cambridge companion to science and religion. Cambridge Universtity Press, 2010.

______. (Org.) Ciência e religião. São Paulo: Ideias e Letras, 2014.

KANT, Immanuel. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. A religião nos limites da razão pura. Edições 70, Lisboa, 1992.

______. A religião nos limites da simples razão. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2024.

______.Vorlesung über die philosophische EncyclopädieInKant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

______. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Tradução e estudo de Vinicius de Figueiredo. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 1993.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Lisboa: Edições 70, 2012.

______. Die Religion innerhalb der Grenzen der bloßen Vernunft. W. de Gruyter, 1968.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. A metafísica dos costumes. Trad. Clélia Aparecida Martins. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Investigação sobre a clareza dos princípios da teologia e da moral. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda, 2007.

______. Lições de Ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Unesp, 2018.

______. Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/ São Francisco, 2019.

______. Lições de Metafísica. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/São Francisco, 2021.

______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo,Abril Cultural, 1983.

______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis ataque inteligibilis forma et princípio. Akademie-Ausgabe. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad. apres. e notas de Leonel Ribeiro dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.

______. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? InEstudos Kantianos, Marília, v. 8, n. 2, p. 179-189, Jul./Dez., 2020.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

______. Sobre a Pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontenella. Piracicaba, SP: Editora Unimep, 1996.

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

______. Sobre a Pedagogia. Petrópolis, RJ, Editora Vozes, 2021.

LINDBERG, David C; NUMBERS, Ronald. When Science and Christianity Meet. University of Chicago Press; Edição: Reprint 1, 2008.

NUMBERS, Ronald L. Galileo Goes to Jail: and other myths about science and religion. Harvard University Press, 2009.

PLANTINGA, Alvin. Ciência, religião e naturalismo: onde está o conflito? Vida Nova, 2018.

______. Warranted christian belief. Oxford University Pres, 2000.

______. Conselhos aos filósofos cristãos. Brasília, DF: Ed. Monergismo, 2021.

______. Deus, a liberdade e o mal. Vida Nova, 2012.

SCHONECKER, DieterPlantinga's 'Warranted christian belief': critical essays with a reply by alvin plantinga. Berlim: DeGruyter, 2015.

VAN INVAGEN, Perter. O problema do mal. Brasília, DF: UNB, 2018. 

sábado, 21 de dezembro de 2024

TEMPO DE ESTUDOS: PROSSEGUINDO UMA DISCUSSÃO SOBRE O QUE É CIÊNCIA E "MÉTODOS" (II)

ATUALIZANDO BIBLIOGRAFIA

Continuando com as pesquisas de sempre, retomei a releitura deste livro “A crítica e o desenvolvimento do conhecimento”, organizado por Imre Lakatos e Alla Musgrave. Muita coisa mudou, algumas reflexões estão bem datadas e contextualizadas.  

No entanto, aqui, reli também mais um livro, lançado recentemente, que estava relendo há pouco sobre o tema e, à medida que novos livros vão surgindo sobre o assunto, adiciono à bibliografia.  

E, tenho notado que novas perspectivas de abordagens do tema têm surgido.  

“A ciência tem importância central em nossa sociedade. Por isso, é fundamental entender exatamente o que é ciência e como ela se diferencia de outras formas de conhecimento culto – e também de pseudociências e charlatanismos. A filosofia da ciência é quem cumpre esse papel. Esta obra panorâmica e introdutória apresenta aspectos históricos e metodológicos, descrevendo como a ciência é produzida, validada, consolidada, financiada e avaliada, além de discutir as bases cognitivas que nos levam a aceitar com mais facilidade a pseudociência que os achados da ciência. Obra voltada principalmente para cursos de filosofia da ciência e de metodologia.” (2023) 

E, participando recentemente, numa das pausas na leitura atenta da excelente nova tradução da "Religião nos limites da razão pura" e outros textos kantianos, tentando redigir um artigo e um texto maior. 

Durante as discussões interessaram-me bastante, desde a proposta inicial para o grupo a discussão sobre "O que é ciência” e outras questões como “questões de método".  

Para melhor compreensão do tema Filosofia da ciência na abordagem utilizada durante as discussões sugiro a página do professor Silvio S. Chibeni uma bibliografia bem atualizada sobre o tema: 

Link para a página: 

https://unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/textosdidaticos.htm

______.

BOUDRY, M. (2021). Diagnosing pseudoscience – by getting rid of the demarcation problem. Journal for General Philosophy of Science. https://doi.org/10.1007/s10838-021-09572-4

CHALMERS, A. (2013). The limitations of falsificationism. In A. Chalmers (Ed.), What is this thing called science? (4th ed., pp. 81–96). essay, University of Queensland Press.

GORDIN, Michael D. Pseudoscience: a very short introduction. New York: Oxford University Press, 2023.

HANSSON, Sven Ove. Belief Change: introduction and overview. Springer,  2018.

______. Vetenskap och ovetenskap. Stockholm: Tiden, 1983.

______. Defining Pseudoscience In: Philosophia Naturalis, 33: 169–176. 1996.

______. Falsificationism Falsified. In: Foundations of Science, 11: 275–286, 2006.

______. Values in Pure and Applied ScienceIn: Foundations of Science, 12: 257–268, 2007.

_____. Philosophy in the Defence of Science. In: Theoria, 77(1): 101–103, 2011., Theoria, 77(1): 101–103, 2011.

______. Defining pseudoscience and science.  In: Pigliucci and Boudry (eds.), pp. 61–77, 2013.

______. Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem. University of Chicago Press; Illustrated edição, 2013.

JAMES, William. L'expérience religieuse: essai de psychologie descriptive. Legare Street Press, 2022. (482 páginas).

______. (e-book) L'expérience religieuse. 

______. As variedades da experiência religiosa: um estudo sobre a natureza humana. São Paulo: Cultrix, 2017.

______. A vontade de crer. São Paulo: Edições Loyola, 2001.

______. Human immortality: two supposed objections to the doctrine. Cosimo Classics, 2007.

______. Alguns problemas de filosofia. Lisboa: Edições 70, 2023.

______. Ensaios sobre psicologia. Organização, tradução, introdução e notas de Saulo de Freitas aAraújo. São Paulo: Hogrefe, 2024.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3, ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Trad. Guillon Ribeiro, Brasília, DF: Feb, 2013. 

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2009.

______. 1974. “Logic of Discovery or Psychology of Research?”, pp. 798–819 In: P.A. Schilpp, The Philosophy of Karl Popper. The Library of Living Philosophers, vol xiv, book ii. La Salle: Open Court.

______. A incomensurabilidade na ciência: os últimos escritos. São Paulo: Ed. Unesp, 2024.

______. O caminho desde a estrutura: ensaios filosóficos. 2. ed., 1970-1993, com uma entrevista autobiográfica. São Paulo: Ed. Unesp, 2024.

______. 1974. “Logic of Discovery or Psychology of Research?”, pp. 798–819 In: P.A. Schilpp, The Philosophy of Karl Popper, The Library of Living Philosophers, vol xiv, book ii. La Salle: Open Court.

LAKATOS, Imre, 1970. “Falsification and the Methodology of Research program”, pp 91–197 In: Imre Lakatos and Alan Musgrave (eds.) Criticism and the Growth of Knowledge. Cambridge: Cambridge University Press.

______; MUSGRAVE, Allan. A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Pulo: Edito Cultrix/Universidade de São Paulo.  1979.

______. “Popper on Demarcation and Induction”, pp. 241–273 In: P.A. Schilpp, The Philosophy of Karl Popper, The Library of Living Philosophers, vol xiv, book i. La Salle: Open Court, 1974a.

______. “Science and pseudoscience”, Conceptus, 8: 5–9, 1974b.

_____. “Science and pseudoscience”, pp. 114–121 in S Brown et al. (eds.) Conceptions of Inquiry: A Reader London: Methuen, 1981.

LAUDAN, Larry, “The demise of the demarcation problem”, pp. 111–127 In: R.S. Cohan and L. Laudan (eds.), Physics, Philosophy, and PSYCHOANALYSIS, DORDRECHT: REIDEL, 1983.

MASSI, Cosme. Aprendizagem efetiva. Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2020.

______. As leis naturais e a verdadeira felicidade. Curitiba: Kardec Books, 2020.

______. A ordem didática de "Olivro dos Espíritos". Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2014.

______. Os espíritos e os homens. Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2018.

______. Espírito e matéria. Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2016.

MEYER, Catherine; MIKKEL Borch-Jacobsen. [et al.]. O livro negro da psicanálise. Viver e pensar melhor sem Freud. 5.ed. Trad. de Simone Perelson e Beatriz Medina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

MOREIRA-ALMEIDA, Alexander; COSTA, Marianna de Abreu; COELHO, Humberto Schubert. Science of life after death. Belo Horizonte, MG: Editora, 2023. 

______. Science of Life After Death. Springer Nature, 2023.

______. Die Wissenschaft vom Leben nach dem Tod. Springer Nature, 2024.NEWTON-SMITH, W. H. Popper—The Irrational Rationalist. In W. H. Newton-Smith (Ed.), The rationality of Science (pp. 44–76). essay, Routledge, 1981.

PIGLIUCCI, M., & BOUDRY, M. Philosophy of Pseudoscience: Reconsidering the Demarcation Problem. Chicago e London: The University of Chicago Press, 2013.

POPPER, K. (1993). Lógica da pesquisa científica. São Paulo: Edusp.

______. Conjecturas e refutações. Trad. Bath S. Brasília: UB, 1972.

______. Os dois problemas fundamentais da teoria do conhecimento. São Paulo: Editora Unesp, 2013.

______. O conhecimento e o problema mente-corpo. Lisboa: Edições 70, 2009.

______; ECCLES, J. C. O cérebro e o pensamento. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1992.

______. O conhecimento objetivo. Belo Horizonte, MG: Itatiaia, 1999.

______. O eu e seu cérebro. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1995.

SANDLER, Paulo Cesar. As origens da psicanálise na obra de Kant: a apreensão da realidade. Rio de janeiro: Imago, 2000. (Vol. III)

______. Raízes psicanalíticas no Iluminismo. Rio de janeiro: Imago, 2000. (Vol. I)

______. Os primórdios do movimento romântico e a psicanálise. Rio de janeiro: Imago, 2000. (Vol. II)

TERRA, Walter R; Terra Ricardo R. Filosofia da ciência. São Paulo: Contexto, 2023.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

TEMPO DE ESTUDOS: UMA DISCUSSÃO SOBRE O QUE É CIÊNCIA E "MÉTODOS"


Elaborando um texto e desenvolvendo as ideias discutidas.
Muito bom!

E, mais uma vez estudando. A VIDA não pode parar!
Nada de pessimismo, materialismo ou ateísmo injustificáveis.

Mesmo não podendo digitar por muito tempo, as reuniões de estudo e as leituras seguem normais. Pela manhã excelente estudo sobre a Filosofia de Christian Wolff e agora esse estudo muito bom.

Participando agora, numa das pausas na leitura atenta da excelente nova tradução da "Religião nos limites da razão pura" e outros textos kantianos, tentando redigir um artigo e um texto maior.
Estudando com amigos de Curitiba, vários Estados, alguns países!
Sempre muito bom retornar aos estudos ... rever os amigos de aprendizado.

Gostei muito, desde a proposta inicial para o grupo, da discussão sobre "O que é ciência e outras questões" sobre o tema como ponto de partida, e claro, sempre excelente estudo e muito esclarecedor sobre o tema.

Para melhor compreensão do tema Filosofia da ciência na abordagem utilizada durante as discussões sugiro a página do professor Silvio S. Chibeni:

______.

BOUDRY, M. (2021). Diagnosing pseudoscience – by getting rid of the demarcation problem. Journal for General Philosophy of Science. https://doi.org/10.1007/s10838-021-09572-4

CHALMERS, A. (2013). The limitations of falsificationism. In A. Chalmers (Ed.), What is this thing called science? (4th ed., pp. 81–96). essay, University of Queensland Press.

GORDIN, Michael D. Pseudosciencea very short introduction. New York: Oxford University Press, 2023.

HANSSON, Sven Ove. Belief Change: introduction and overview. Springer,  2018.

______. Vetenskap och ovetenskap. Stockholm: Tiden, 1983.

______. Defining Pseudoscience In: Philosophia Naturalis, 33: 169–176. 1996.

______. Falsificationism FalsifiedIn: Foundations of Science, 11: 275–286, 2006.

______. Values in Pure and Applied ScienceIn: Foundations of Science, 12: 257–268, 2007.

_____. Philosophy in the Defence of ScienceIn: Theoria, 77(1): 101–103, 2011., Theoria, 77(1): 101–103, 2011.

______. Defining pseudoscience and science.  In: Pigliucci and Boudry (eds.), pp. 61–77, 2013.

______. Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem. University of Chicago Press; Illustrated edição, 2013.

JAMES, William. L'expérience religieuse: essai de psychologie descriptive. Legare Street Press, 2022. (482 páginas).

______. (e-book) L'expérience religieuse. 

______. As variedades da experiência religiosa: um estudo sobre a natureza humana. São Paulo: Cultrix, 2017.

______. A vontade de crer. São Paulo: Edições Loyola, 2001.

______. Human immortality: two supposed objections to the doctrine. Cosimo Classics, 2007.

______. Alguns problemas de filosofia. Lisboa: Edições 70, 2023.

______. Ensaios sobre psicologia. Organização, tradução, introdução e notas de Saulo de Freitas aAraújo. São Paulo: Hogrefe, 2024.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3, ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Trad. Guillon Ribeiro, Brasília, DF: Feb, 2013. 

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2009.

______. 1974. “Logic of Discovery or Psychology of Research?”, pp. 798–819 In: P.A. Schilpp, The Philosophy of Karl Popper. The Library of Living Philosophers, vol xiv, book ii. La Salle: Open Court.

______. A incomensurabilidade na ciência: os últimos escritos. São Paulo: Ed. Unesp, 2024.

______. O caminho desde a estrutura: ensaios filosóficos. 2. ed., 1970-1993, com uma entrevista autobiográfica. São Paulo: Ed. Unesp, 2024.

______. 1974. “Logic of Discovery or Psychology of Research?”, pp. 798–819 In: P.A. Schilpp, The Philosophy of Karl Popper, The Library of Living Philosophers, vol xiv, book ii. La Salle: Open Court.

LAKATOS, Imre, 1970. “Falsification and the Methodology of Research program”, pp 91–197 In: Imre Lakatos and Alan Musgrave (eds.) Criticism and the Growth of Knowledge. Cambridge: Cambridge University Press.

______; MUSGRAVE, Allan. A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Pulo: Edito Cultrix/Universidade de São Paulo.  1979.

______. “Popper on Demarcation and Induction”, pp. 241–273 In: P.A. Schilpp, The Philosophy of Karl Popper, The Library of Living Philosophers, vol xiv, book i. La Salle: Open Court, 1974a.

______. “Science and pseudoscience”, Conceptus, 8: 5–9, 1974b.

_____. “Science and pseudoscience”, pp. 114–121 in S Brown et al. (eds.) Conceptions of Inquiry: A Reader London: Methuen, 1981.

LAUDAN, Larry, “The demise of the demarcation problem”, pp. 111–127 In: R.S. Cohan and L. Laudan (eds.), Physics, Philosophy, and PSYCHOANALYSIS, DORDRECHT: REIDEL, 1983.

MASSI, Cosme. Aprendizagem efetiva. Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2020.

______. As leis naturais e a verdadeira felicidade. Curitiba: Kardec Books, 2020.

______. A ordem didática de "Olivro dos Espíritos". Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2014.

______. Os espíritos e os homens. Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2018.

______. Espírito e matéria. Curitiba, PR: Ed. Nobiltá, 2016.

MEYER, Catherine; MIKKEL Borch-Jacobsen. [et al.]. O livro negro da psicanáliseViver e pensar melhor sem Freud. 5.ed. Trad. de Simone Perelson e Beatriz Medina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

MOREIRA-ALMEIDA, Alexander; COSTA, Marianna de Abreu; COELHO, Humberto Schubert. Science of life after death. Belo Horizonte, MG: Editora, 2023. 

______. Science of Life After Death. Springer Nature, 2023.

______. Die Wissenschaft vom Leben nach dem Tod. Springer Nature, 2024.NEWTON-SMITH, W. H. Popper—The Irrational Rationalist. In W. H. Newton-Smith (Ed.), The rationality of Science (pp. 44–76). essay, Routledge, 1981.

PIGLIUCCI, M., & BOUDRY, M. Philosophy of Pseudoscience: Reconsidering the Demarcation Problem. Chicago e London: The University of Chicago Press, 2013.

POPPER, K. (1993). Lógica da pesquisa científica. São Paulo: Edusp.

______. Conjecturas e refutações. Trad. Bath S. Brasília: UB, 1972.

______. Os dois problemas fundamentais da teoria do conhecimento. São Paulo: Editora Unesp, 2013.

______. O conhecimento e o problema mente-corpo. Lisboa: Edições 70, 2009.

______; ECCLES, J. C. O cérebro e o pensamento. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1992.

______. O conhecimento objetivo. Belo Horizonte, MG: Itatiaia, 1999.

______. O eu e seu cérebro. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1995.

SANDLER, Paulo Cesar. As origens da psicanálise na obra de Kant: a apreensão da realidade. Rio de janeiro: Imago, 2000. (Vol. III)

______. Raízes psicanalíticas no Iluminismo. Rio de janeiro: Imago, 2000. (Vol. I)

______. Os primórdios do movimento romântico e a psicanálise. Rio de janeiro: Imago, 2000. (Vol. II)

TERRA, Walter R; Terra Ricardo R. Filosofia da ciência. São Paulo: Contexto, 2023.


terça-feira, 17 de dezembro de 2024

REFLEXÃO MATINAL CC: AINDA SOBRE ESSÊSSÊNCIA E EXISTÊNCIA (III)

 

Reabri, bem cedinho, a obra A consolação da filosofia, com o título original: "De phisolophiae consolatione"; releitura há muito planejada. Decisão bem acertada e o resultado da leitura foi um ganho enorme! Muito aprendizado!

“Escrita na prisão por um condenado à morte, essa obra latina do século VI não deve nada, ou deve muito pouco, às circunstâncias “trágicas” de sua composição. Trata-se de uma obra-prima da literatura e do pensamento europeu; ela se basta, e teria o mesmo valor se ignorássemos tudo a respeito daquele que a concebeu entre duas sessões de tortura, à espera de uma execução. Mas, dado que essa obra-prima não é anônima, nada perde por ter um autor e ser situada em suas circunstâncias, torna-se também, assim, o testemunho da grandeza à qual um homem pode elevar-se pelo pensamento em face da tirania e da morte.”

Ademais:

“O que Boécio nos ensina, com tanta autoridade hoje como no século VI, é que a única cultura fértil, oral ou escrita, é a que trazemos intimamente em nós, são os textos clássicos inesgotáveis inseminados na memória e cujas palavras tornam-se fontes vivas, à prova da tristeza, do sofrimento, da morte. O resto, de fato, é 'literatura'” (p. 17.)

Basicamente, na obra, Boécio trata da questão da verdadeira felicidade. Uma profunda reflexão em tonalidades platônicas.

Portanto, Boécio em seu livro “A consolação da filosofia” (por exemplo, no Livro IV), reflete sobre a infelicidade do homem. Defende que a injustiça que atinge o homem é ilusória e se entende  dessa forma, devido à sua limitada capacidade para um olhar mais ampliado sobre a existência. A entrega aos prazeres efêmeros faz com que o homem opte pelo vício e fuja da virtude que, ao contrário do que crê, lança-o num processo destrutivo que o aprisiona a uma perspectiva limitada da existência. A única rota possível para ampliar a concepção existencial capaz de desviá-lo de equívocos é o caminho de busca das Virtudes, única via na direção da verdadeira liberdade. As virtudes elevam o homem acima do nível rasteiro do comum da humanidade, afasta-o da animalidade. Reconhecer a própria natureza que torna o homem, efetivamente humano, em “essência”.

Acrescentei, algumas reflexões a partir de obras que tenho estudado e anotado aqui no Blog, com elementos de psicologia. Isto na medida em que os temas de certa forma se entrelacem ou sirvam para análise de conceitos e aprofundamentos.

...

Em meio a isso, separei para ler nas férias: "Viaje al otro lado de la realidad"de um autor que conheço bem mas uma obra que só descobri recentemente.

Inspirado aqui por uma postagem de uma professora leitora de Guerra e Paz no Instagram me fez planejar para as férias a releitura. E, havendo um tempinho releio também Anna Karenina de 1878.

______.

"En 1857, Tolstói asiste por casualidad en París a una ejecución pública. Aquel hecho, trivial en la época, supuso para el escritor la caída de un velo. Ese mismo día escribe a un amigo, le relata el terrible espectáculo y concluye: «La verdad es que el Estado es una conspiración diseñada no sólo para explotar, sino sobre todo para corromper a sus ciudadanos. De ahora en adelante, nunca serviré a ningún gobierno en ninguna parte». Había nacido un nuevo Tolstói. Pero el camino será largo. Cuatro años después, visita al gran pensador anarquista Pierre-Joseph Proudhon, exiliado en Bélgica. Ambos pasan noches enteras hablando. Bajo su influencia, Tolstói regresa a Rusia y decide asentarse en el campo, donde acaba de abolirse la servidumbre, en busca de una vida más honesta y con un mayor compromiso social. Sin embargo, un día regresa a Moscú. Y lo que encuentra allí supera to do lo imaginable. Es un viaje al otro lado de la realidad. Es el viaje que se cuenta en este libro y que convirtió al gran literato que había sido hasta entonces en el intelectual revolucionario que fue hasta su muerte. Un libro-bisagra. Un libro-dinamita. Como un fantasma incrédulo, Tolstói nos cuenta su recorrido por los barrios más pobres de la ciudad, las viviendas obreras, los hospicios, los asilos y los arrabales. Su conciencia social toma por primera vez forma: el dolor, el sufrimiento y la injusticia innombrables que contempla hacen masa con su propia carne. Al principio, nos relata, el despertar de esa nueva conciencia le llevó a torturar a sus amigos para obtener de ellos dinero para los más desfavorecidos. Pero poco a poco fue interiorizando un análisis mucho más radical: su aportación no podía centrarse en obtener limosnas, sino en ofrecer una teoría perfectamente sólida y capaz de avalar una transformación completa de la sociedad que hiciera auténtica justicia para todos los seres humanos. Así la dejó escrita en este libro y hoy sigue siendo tan válida o más que entonces.

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AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2017.

BOÉCIO. (Anicius Manlius Torquatus Severinus Boetius)A consolação da filosofia. prefácio de Marc Fumaroli ; tradução do latim por Willian Li. – 2. ed. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012. – (Clássicos WMF).

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012. 96 p.

CAMUS, Albert. O estrangeiro. 54. ed. Rio de Janeiro, RJ: Record, 1979.

______. O homem revoltado. Rio de Janeiro, RJ: Best Bolso, 2017.

______. O mito de Sísifo. 26. ed. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2018.

______. A peste. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2017.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

HUGO, Victor. O último dia de um condenado. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.

TEMPO DE ESTUDOS: FILOSOFIA DA RELIGIÃO E RELIGIGIÃO NATURAL DE KANT (II)

 

Há anos, como tem sido uma constante, mantendo o foco das leituras atuais, a que tenho me dedicado, aqui acrescento outra obra que acabei de reler.

"[...] longe da posição de Kant está a visão secularista que trata a religião com desprezo, considerando-a como nada mais que uma relíquia do passado ou um deplorável refúgio para os ignorantes e supersticiosos" (A. W., 2009)

Prosseguindo os trabalhos com mais uma releitura,  na "tônica dominante" das leituras de hoje.

Encerrando a segunda leitura atenta das “Lições sobre a doutrina filosófica da religião”, outra obra fundamental para o trabalho em andamento. 

O manuscrito estudantil das Lições sobre a doutrina filosófica da religião, ministradas muito provavelmente no semestre de inverno de 1783/1784, foi publicado pela primeira vez em 1817 por Karl Heinrich Ludwig Pölitz. Kant ministrou essas Lições tendo como base escritos metafísicos e teológicos que tinham sido publicados por influentes filósofos alemães de sua época. Mas, em suas Lições, Kant não apenas faz referência à posição desses filósofos. Ao contrário, ele também os comenta e os critica, fornecendo importantes indicações de sua perspectiva filosófica sobre problemas que estão localizados na interface entre teologia, religião, metafísica e filosofia moral. O leitor desses manuscritos adquire uma impressão bastante favorável do alto nível em que Kant e seus contemporâneos refletiram, por exemplo, sobre as, segundo ele, três possíveis provas especulativas da existência de Deus. As Lições sobre a doutrina filosófica da religião são indubitavelmente uma importante fonte para a nossa compreensão da filosofia crítica de Kant.

Acrescento hoje: "Mal y la gracia: la religión natural de Kant"

Kant publicou, em 1793, Religião dentro dos limites da mera razão , seu escrito mais importante sobre a filosofia da religião. Nesta obra ele explicou suas ideias sobre a "religião natural", a única doutrina religiosa em que a própria razão pode ser usada, sem apelar à autoridade da revelação. O método escolhido por Kant consiste em descobrir até que ponto os conteúdos dogmáticos do Cristianismo e os ensinamentos da Bíblia podem ser reconstruídos e assumidos pela razão autônoma.

Procedendo desta forma, Kant proporá dupletos racionais de muitos dos conteúdos da religião positiva sob exame. Durante muito tempo, a religião natural kantiana foi vista com suspeita pelos estudiosos da obra do grande pensador prussiano. Em particular, as objecções levantadas contra a sua teoria do mal radical e a sua concepção da graça tornaram consideravelmente difícil a recepção deste aspecto da filosofia kantiana.

O objetivo deste trabalho é mostrar a coerência interna da religião natural e seu enquadramento harmonioso no projeto crítico kantiano.

(Grifos e Destaques meus)

______.

 

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (col. Os Pensadores).

______. Ethica Nicomachea - III 9 - IV 15: As virtudes morais. Trad. Marco Zingano. São Paulo: Odysseus Editora, 2019.

BICALHO, Vanessa Brun. Ciência e sabedoria de vida na filosofia transcendental de Kant à luz do estoicismo. Tese de Doutorado (Campus de Toledo). Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, 2021.

BUTLER, J; CLARKE, S; HUTCHESON, F; MANDEVILLE, B; SHAFTESBURY, L; WOLLASTON, WFilosofia moral britânica: textos do século XVIII. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2014.

CÍCERO, M.T. 1988. De finibus bonorum et malorum / Über die Ziele des menschlichen Handelns. Edição e tradução: Olof Gigon. München/Zürich: Ártemis.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

DUPLÁ, Leonardo Rodriguez. Mal y la gracia: la religión natural de Kant. Barcelona: Herder; 2019.

KANT, Immanuel. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.

______. A religião nos limites da razão pura. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2024.

______.Vorlesung über die philosophische EncyclopädieInKant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

______. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Tradução e estudo de Vinicius de Figueiredo. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 1993.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime; Ensaio sobre as doenças mentais. Lisboa: Edições 70, 2012.

______. Die Religion innerhalb der Grenzen der bloßen Vernunft. W. de Gruyter, 1968.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. A metafísica dos costumes. Trad. Clélia Aparecida Martins. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Investigação sobre a clareza dos princípios da teologia e da moral. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda, 2007.

______. Lições de Ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Unesp, 2018.

______. Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/ São Francisco, 2019.

______. Lições de Metafísica. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis: Vozes/São Francisco, 2021.

______. Crítica da razão pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Moosburguer. Coleção Os Pensadores. São Paulo,Abril Cultural, 1983.

______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis ataque inteligibilis forma et princípio. Akademie-Ausgabe. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad. apres. e notas de Leonel Ribeiro dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.

______. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? InEstudos Kantianos, Marília, v. 8, n. 2, p. 179-189, Jul./Dez., 2020.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

______. Sobre a Pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontenella. Piracicaba, SP: Editora Unimep, 1996.

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

______. Sobre a Pedagogia. Petrópolis, RJ, Editora Vozes, 2021.

SCHOPENHAUER, Arthur. Metafísica dos costumes. São Paulo: Editora Unesp, 2024.

______. Os dois problemas fundamentais da ética. Petrópolis, RJ: Vozes, 2024.

VUJOŠEVIĆ, Marijana. Kant on Self-Control. Cambridge University Press; 2024.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

HERALD OF A RESTLESS WORLD: HOW HENRI BERGSON BROUGHT PHILOSOPHY TO THE PEOPLE.

LANÇAMENTO:

Resultado da pesquisa de Doutorado sobre Henri Bergson de Emily Herrison.

A primeira biografia em inglês de Henri Bergson, o filósofo francês que definiu a criatividade individual e transformou o pensamento do século XX — uma "biografia fascinante e um renascimento magnífico deste pensador brilhante" (Skye Cleary, autora de How to Be Authentic)

Nomeado como o Melhor Livro de 2024 pelo New Statesman

No alvorecer do século XX, Henri Bergson (1859–1941) se tornou o filósofo mais famoso da Terra. Onde pensadores anteriores esboçaram um universo determinístico e previsível, ele afirmou o poder transformador da consciência e da criatividade. Uma celebridade internacional, ele fez manchetes ao redor do mundo debatendo com luminares como Bertrand Russell e Albert Einstein sobre o livre-arbítrio e o tempo. A visão de evolução da criativa e liberdade que ele apresentou foi tão perturbadora que o New York Times o rotulou como "o homem mais perigoso do mundo".

Em Herald of a Restless World, Emily Herring recupera como Bergson cativou uma sociedade em fluxo. Ela mostra como sua celebração da singularidade da experiência individual que distorce o tempo tocou o coração daqueles abalados pela mudança tecnológica e social moderna. Muito depois de ele ter desaparecido da vista do público, seus insights sobre memória, tempo, riso e criatividade continuam a moldar como vemos o mundo ao nosso redor.”

Herald of a Restless World é um retrato eletrizante de um intelecto singular. O insight extraordinário de Bergson sobre as questões fundamentais da vida continua urgente e relevante até hoje.

“O que o filósofo francês Henri Bergson pode nos ensinar sobre a história da biologia? Nesta palestra, a historiadora da ciência Emily Herring explora o caso pouco estudado da recepção de Bergson entre os biólogos de sua época para pensar sobre a relação entre ciência e filosofia, tanto na história da biologia do século XX quanto, de forma mais geral, em nosso estado atual de coisas em que as humanidades são frequentemente desvalorizadas. Bergson nos ajudará a pensar sobre como o conhecimento científico e outras formas de conhecimento podem ser vistos como complementares.”

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Sobre a Autora: Emily Herring is a writer based in Paris. She studied philosophy at the Sorbonne and received her PhD in the history and philosophy of science from the University of Leeds. Her work has appeared in the TLS and Aeon.

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Link da palestra de Emily Harring sobre sua pesquisa de Doutorado sobre Henri Bergson em 29 de november, 2018, na “Linda Hall Library :

https://www.youtube.com/watch?v=FNrJbhY55yE

(Grifos e Destaques meus)

______.

BERGSON, Henri, 1859-1941. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. Trad. Paulo Neves. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. (Coleção tópicos)

______. Evolução criadora. São Paulo: Editora Unesp, 2010.

______. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. São Paulo: Edipro, 2020.

______. A energia espiritual. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2021.

DESCARTES, R. Oeuvres. Org. C. Adam e P. Tannery. Paris: Vrin, 1996. 11v. [indicadas no texto como Ad & Tan]

_______. Descartes: oeuvres et lettres. Org. André Bidoux. Paris: Gallimard, 1953. (Pléiade).

______. Discursos do Método; Meditações; Objeções e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg), Bento Prado J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).

______. O mundo (ou Tratado da luz) e O Homem. Apêndices, tradução e notas: César Augusto Battisti, Marisa Carneiro de Oliveira Franco Donatelli. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.

DUPRÉ, John. Process of life: essays in the philosophy of biology, Oxford University Press(UK); Reprint. 2014.

______. Everything flows: towards a processual philosophy of biology. OUP Oxford; Illustrated edição, 2018.

______. The metaphysics of biology. Cambridge University Press, 2021.

HERRING, Emily. Herald of a restless world: how Henri Bergson brought philosophy to the people. New York: Basic Books, 2024.

HULL, David l; RUSE, Michael. The Cambridge companion to the philosophy of biology. Cambridge University Press, 2007.

JANKÉLÉVITCH, V. Der Tod. Berlim, 2017.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Crítica da razão pura. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1994.

______. Dissertação de 1770De mundi sensibilis ataque inteligibilis forma et princípio. Akademie-Ausgabe. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad. apres. e notas de Leonel Ribeiro dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: estação Liberdade, 2014.

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Trad. Guillon Ribeiro, Brasília, DF: Feb, 2013. 

KELLY, Eduard F; CRABTREE, Adam; MARSHALL, Paul. (Editores). Beyond physicalism: toward reconciliation of science and spirituality. Rowman & Littlefield Publishers, 2015. (636 p.)

______; KELLY, Emily Williams; Crabtree, Adam.  Irreducible Mind: Toward a Psychology for the 21st Century . Rowman & Littlefield Publishers, 2009. (1151 p.)

ROCHAMONTE, Catarina. Bergson entre Filosofia e Espiritualidade. São Paulo Edições Loyola, 2023.

O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)

Recentemente, acrescentei, uma obra de  Alvin Plantinga  que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo:  onde está o ...