Uma grande questão filosófica: o tempo; está
presente em vários autores, desde a Antiguidade até os dias de hoje.
Recentemente, me surpreendi com a maneira que os autores abaixo anotados
trataram a questão. Sob diversos modos de ver a obra deles e mantendo o foco
temático levado a cabo aqui nessa página, incluí nas minhas leituras, essas obras, as suas
reflexões.
Entre outros motivos, a surpresa recente ficou por conta do
meu contato inicial com a obra de Vladimir Jankélévitch (inclusive escreveu uma obra sobre a música). Seus textos, por
apontarem na direção de questões e problemas que Sócrates e Platão, entre outros, já tinham
estudado e apresentado profundas reflexões, coam as quais já estou aprendendo muito. Alguns temas como a “realização da
felicidade humana”, o passado, o presente o futuro, a imortalidade, todos tendo
por base o tempo.
Interessei-me de pronto pela obra na medida em que
recoloca essas questões no terreno da busca por uma “origem” da filosofia e seu
principal objetivo.
E, isso, na obra de Jankélévitch é assumido como “paradoxo” visto que na filosofia, as respostas até aqui tem sido insatisfatórias ou provisórias, uma vez que na história humana sempre retornam as mesmas perguntas. Daí o desejo permanente de revermos o passado para renovar as esperanças no presente para um futuro. O tempo como instância máxima das realizações humanas.
E, isso, na obra de Jankélévitch é assumido como “paradoxo” visto que na filosofia, as respostas até aqui tem sido insatisfatórias ou provisórias, uma vez que na história humana sempre retornam as mesmas perguntas. Daí o desejo permanente de revermos o passado para renovar as esperanças no presente para um futuro. O tempo como instância máxima das realizações humanas.
É nesse sentido que a filosofia
apresenta-se como ferramenta para novos embates e revisão das respostas e
proposição de novas ou as mesmas perguntas. Bergson faz-se presente na sua obra
e fornece alguns elementos para novos enfrentamentos existenciais. Portanto,
uma obra repleta de importante tarefa na discussão sobre a “ética e a
existência” (inclusive tendo publicado um livro sobre este filósofo)
"Os verdadeiros mistérios não são aqueles nos quais
mergulhamos cada vez mais por um aprofundamento dialético, mas os que se mantêm
inteiros em sua efetividade pura" (Jankélévitch)
Outro fator importante que me levou a ampliar, doravante, o meu contato
com a obra é sua leitura da filosofia de Kant, em associação com as ideias de
Bergson sobre o problema da noção de tempo. O que também se encontra
nestas concepções bergsonianas é um retorno aos antigos para ali identificar o
problema que foi herdado de uma tradição que pode ser contada desde de Parmênides,
Zenão e outros antigos. Uma das obras de Henri Bergson a ser estudada juntamente com Jankélévitch será "Ensaio sobre os dados imediatos da
consciência."
1. 2.
3. 4.
1. "O 'Curso de Filosofia Moral' de Vladimir Jankélévitch foi originalmente ministrado na Universidade Livre de Bruxelas em 1962. Nele Jankélévitch mostra-se muito didático e não hesita em fazer referências precisas e numerosas à história da filosofia. Nem por isso abandona seus temas prediletos. A singularidade e o interesse desse curso, em que o professor e o filósofo da moral se encontram, residem precisamente no cruzamento dessas duas ?linhas? de pensamento."
2. "Para Jankélévitch, a filosofia moral - que é o
primeiro problema da filosofia - se apresenta ao pensador que se aventurar a
pensar a moral como o cúmulo da ambigüidade e do inapreensível. Ao invés
de apresentar mais um tratado de filosofia moral, o autor extrai e expõe a
infinita cadeia de contradições e paradoxos que habitam a consciência do homem;
ele não atribui soluções ao impasse em que estas contradições nos colocam, mas
nos incita a submergir na ação e a viver com clareza até o final esta tensão
inevitável entra a entrega (o amor) e o egoísmo (o ser) e entre o dever e o
direito. 'O Paradoxo da Moral', um dos últimos livros do autor,
propõe uma reflexão que é contrária a toda idéia preconcebida e que tira o
equilíbrio e desconcerta o incauto ou o desprevenido, que, logo no início,
perde de vista o mundo granítico das verdades predeterminadas".
3. Der Tod. "Por
que a 'morte' de uma pessoa é sempre um tipo de escândalo? Por que esse
evento tão normal suscita curiosidade e horror entre os que são
testemunhas? Como é que você não se acostumou há muito tempo a esse
acontecimento natural, mas sempre acidental? Em seu principal trabalho
filosófico, Vladimir Jankélévitch analisa o evento da morte em toda a sua banalidade
e estranheza, em sua inconsistência e também no contexto das complexas
interpretações que a morte experimentou na história da filosofia."
4. "Ensaio Sobre os Dados Imediatos da Consciência" apresenta os fundamentos da doutrina bergsoniana da duração e tem por objetivo ajudar o leitor a compreender a visão que o filósofo tinha do intelecto como força aglutinadora do pensamento.
Fonte (sinopse das obras): Amazon; Editora Martins Fontes; Livraria Cultura.
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