sexta-feira, 3 de novembro de 2017

UMA RÁPIDA REFLEXÃO...: E A PRÁTICA?

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(REMBRANDT - "O filósofo em meditação", 1632)

Grandes sistemas morais não necessariamente devem estar atrelados a uma religião. É bem possível conceber princípios ou critérios em que a própria racionalidade humana seja a responsável pelas ações. Isso pensado em termos de autolegislação, ou seja, que nós mesmos nos impomos. Bastante pertinente notar que, em tempos em que o termo "ética" é tão propalado também seja possível perceber o quanto sua ausência, na prática, é suplantada por falatórios. Tem sido constante esse recurso ignominioso. 
Adoto, como cito abaixo, mais uma reflexão do grande estoico Epictetus. Interessante destacar a forma característica desse jeito de filosofar: o constante exercício prático. Sigo estudando e aprendendo.

“[48.a] Ἰδιώτου στάσις καὶχαρακτήρ· οὐδέποτε ἐξ ἑαυτοῦπροσδοκᾷὠφέλειαν ἢβλάβην, ἀλλ' ἀπὸτῶν ἔξω. φιλοσόφου στάσις καὶχαρακτήρ· πᾶσαν ὠφέλειαν καὶβλάβην ἐξ ἑαυτοῦπροσδοκᾷ.”

“[48.a] Postura e caráter do homem comum: jamais espera benefício ou dano de si mesmo, mas das coisas exteriores. Postura e caráter do filósofo: espera todo benefício e todo dano de si mesmo.”
(Grifos meus)

(Ἐπικτήτου - Ἐγχειρίδιον. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien)

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