1. 2.
Li, recentemente, a primeira edição deste livro-manual: "Handbook of Religion and Mental Health.". Segue abaixo, o prefácio como aparece no livro. A segunda edição ficou para o futuro.
“A religião tem sido uma
das forças mais poderosas ao longo da história humana. No entanto, as
profissões médicas e de saúde mental geralmente não reconheceram esse poder. Na
verdade, como demonstrado pelo Dr. Koenig e pelos seus colaboradores no “Manual
de Religião e Saúde Mental”, as ligações da espiritualidade e da religião com a
doença, a saúde e a saúde mental são inevitáveis. Em vez de continuarem a
evitar, os profissionais de saúde mental precisam de estar mais bem preparados
para fazerem o melhor uso destas ligações em benefício dos pacientes. Esta
tarefa (à qual este Manual se dirige) exige que a área procure formas de
transmitir adequadamente informações relevantes, válidas e úteis aos formandos
e profissionais e expandir a base científica nesta área. No que diz respeito à
educação e aos cuidados clínicos, é claro que a avaliação de questões
religiosas e espirituais deve tornar-se uma parte esperada da avaliação do
paciente em toda a medicina e especialmente nos cuidados de saúde mental, não
diferente da consideração da família do paciente. e contexto social, o exame do
estado mental e a elucidação das preferências do paciente para opções de
tratamento específicas. É importante ressaltar que os esforços para expandir a
compreensão do papel da espiritualidade e da religião nos cuidados de saúde
devem ser feitos dentro do contexto das abordagens existentes, sob um paradigma
"ambos-e" em vez de "um ou outro", com os profissionais
mantendo o respeito pelos seus crenças dos pacientes. Quando os indivíduos são
educados sobre técnicas e abordagens específicas, é fundamental que lhes sejam
fornecidas informações completas sobre a base de evidências (ou seja, os pontos
fortes e fracos da literatura existente, os bons e os maus impactos das
intervenções). Idealmente, no desenvolvimento de directrizes ou outras
ferramentas de ensino, as evidências específicas subjacentes às recomendações
devem ser delineadas com clareza. Em essência, é necessária uma abordagem
sistémica às questões educativas – desde o desenvolvimento curricular, aos
testes de modelos, até à educação médica continuada. Este Manual fornece um
recurso muito útil para atingir esses fins.
O Manual também
deixa claro que, embora haja um grande apoio à interligação entre religião,
espiritualidade e saúde, há necessidade de aprender muito mais sobre os
mecanismos subjacentes a estas ligações, bem como sobre os resultados das
intervenções para os seus objectivos. propósitos. Por causa disso, os esforços
devem ser direcionados tanto para melhorar a metodologia para o campo como para
expandir a sua infra-estrutura: para obter uma melhor compreensão do impacto e
da especificidade dos diferentes elementos da religiosidade; determinar melhor
os ingredientes activos das abordagens baseadas na religião; e desenvolver
estruturas para investigação sobre questões religiosas e espirituais no
contexto do desenvolvimento ao longo da vida, desde a infância e adolescência
até à idade adulta e à velhice. Em resumo, este livro não só chama a atenção
para as importantes conexões entre espiritualidade, religião, saúde e saúde
mental, mas também identifica áreas importantes para desenvolvimento futuro.
Koenig e os colaboradores do Manual deixaram bem claro que qualquer pessoa
envolvida na prestação de serviços de saúde e de cuidados de saúde mental, no
estudo ou avaliação de intervenções de saúde pública, ou na tentativa de
melhorar a qualidade e a satisfação dos pacientes nos sistemas de prestação de
cuidados de saúde, não pode ignorar a importância dessas questões.”
“Religion has been one of the most powerful
forces throughout human history. Yet the medical and mental health professions
have generally not acknowledged that power. In fact, as demonstrated by Dr.
Koenig and his collaborators in the ‘Handbook of Religion and Mental Health’,
the links of spirituality and religion with disease and health and mental
health are unavoidable. Rather than continue this avoidance, mental health
professionals need to be better poised to make the best use of these
connections to benefit patients. This task (to which this Handbook is
addressed) requires that the field look at ways to appropriately convey
relevant, valid, and useful information to trainees and practitioners and to
expand the science base in this area. With regard to edu- cation and clinical
care, it is clear that the assessment of religious and spiritual is- sues
should become an expected part of patient evaluation in all of medicine and
especially mental health care, no different from the consideration of the
patient's family and social context, the mental status examination, and the
elucidation of patient preferences for particular treatment options.
Importantly, efforts to expand the understanding of the role of spirituality
and religion in health care should be made within the context of existing approaches,
under a "both-and" paradigm rather than "either--or," with
practitioners maintaining respect for their patients' beliefs. When individuals
are educated about specific techniques and approaches, it is critical that they
be given complete information about the evidence base (i.e., the strengths and
weaknesses in the existing literature, the good and the bad im- pacts of
interventions). Ideally, in the development of guidelines or other teaching
tools, the specific evidence underlying the recommendations should be
delineated with clarity. In essence, a systemic approach to educational issues
is needed--from curriculum development, to model testing, to continuing medical
education. This Handbook provides a very useful resource for attaining these
ends.
The Handbook also makes clear that,
although there is a great deal of support for the interconnection among
religion, spirituality, and health, there is a need to learn much more about
the mechanisms underlying these links as well as the outcomes of interventions
for their targeted purposes. Because of this, efforts should be aimed at both
enhancing the methodology for the field and expanding its infra-structure: to
gain a better understanding of the impact and specificity of different elements
of religiousness; to better ascertain the active ingredients of religion-
informed approaches; and to develop frameworks for research on religious and
spiritual issues in the context of development across the lifespan, from
childhood and adolescence through adulthood and the elder years. In summary,
this book not only calls attention to the important connections among
spirituality, religion, health, and mental health but also identifies important
areas for future development. Dr. Koenig and the contributors to the Handbook
have made it very clear that anyone involved in providing health and mental
health care services, studying or evaluating public health interventions, or
trying to im- prove quality and patient satisfaction in health care delivery
systems cannot ignore the importance of these issues.”
______.
1. KOENIG, Harold. Handbook of Religion and Mental Health. Academic Press (1998).
2. ______. Handbook of Religion and Mental Health. 2. ed. Oxford University
Press. 2012
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