A reflexão
matinal de hoje:
Como de praxe, exercitando, fugindo
da trivialidade, que instaura o domínio da superficialidade, destrói o
sentimento de moderação e da busca do necessário, antes visto como normalidade.
Assim, sigo com a prática comum, entre os estudos, a adoção sistemática,
disciplinada, de exercícios que propiciam um distanciamento das agruras do
cotidiano no firme propósito de buscar ou resgatar instantes de Paz. Nas
passagens de filosofia, citadas aqui, a tentativa é de mostrar esse esforço.
Uma busca constante pela moderação. Pois:
"A natureza dá-nos em abundância o que naturalmente necessitamos. A civilização do luxo é um desvio em relação à natureza: dia-a-dia cria novas necessidades, que aumentam de época para época; o engenho está a serviço dos vícios”.
Onde está a moderação?
“Desapareceu de entre nós a antiga moderação natural que limitava os desejos às necessidades; hoje, desejar apenas o essencial é dar provas de mesquinho provincianismo”
A filosofia de Sêneca, portanto, ganha aqui o sentido de medicamentum. Ou seja; um guia para aprimoramento do caráter puramente humano. A compreensão da natureza nos conduzirá à superação de temores e à compreensão do homem e do que está para além das suas limitações. Exercitemos, na busca pela moderação. A fuga do trivial.
A normalidade ainda é meta por aqui.
______.
SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbekian, 2014 (Carta
90; 18-19).
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