sábado, 28 de julho de 2018

BIOGRAFIA E LEGADO DE VAN GOGH

Mais uma releitura que valeu o tempo dedicado! 
Numa dessas pausas nos estudos, um dos excelentes livros aos quais sempre faço questão de retornar: sobre a vida de Vincent van Gogh e seu legado. Como diz a sinopse e eu reforço; o interesse aqui, além da compreensão da "evolução estética", na maneira como acompanha a arte de seu tempo, e também, da maneira como ocorre a "degradação da sua saúde mental". Esse último tema, especialmente ligado aos interesses que geralmente leio e faço anotações por aqui, nessa página.  

"Este livro reúne as principais fontes primárias que são fundamentais para a compreensão e o estudo da vida e da obra de Vincent van Gogh (1853-1890). 

Primeiro: a correspondência de Vincent a Theo. Um material emocionante e revelador, tanto pela sua obsessiva convicção de que era realmente um artista, com o também pela paradoxal consciência da própria loucura. Esta antologia das principais cartas ao seu irmão Theo (250 de um total conhecido de 652 cartas) é um impressionante depoimento autobiográfico, praticamente um diário, onde se percebe claramente a evolução estética e a degradação da sua saúde mental. Incluímos na sequência da correspondência o testemunho de Paul Gauguin sobre o célebre episódio do corte da orelha, no Natal de 1888. Incluímos também os fac-símiles dos desenhos que geralmente ilustram as cartas e que representam esboços de futuros quadros. 

Segundo: o relato Biografia de Vincent van Gogh por sua cunhada. Este pequeno livro escrito pela esposa de Theo, Johanna van Gogh-Bonger, é um importante documento para a compreen­são do homem e da obra. Um depoimento de magnífica sinceridade narrando a vida de Vincent e os detalhes do cotidiano e da convivência entre ela, o marido Theo e Vincent”. (grifos meus)

Sugestão de leitura: "O louco no Hades": 

______.

BURKE, Edmund. Investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do sublime e da beleza. São Paulo: Edipro, 2016.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

GALENO. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

GOGH-BONDER, Johanna, Cartas a Theo: biografia de Vincent van Gogh. por sua cunhada Johanna van Gogh-Bonder. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.

JASPERS, Karl. Il medico nell'età della técnica. Con un saggio introduttivo di Umberto Galimberti. Milano: Raffaello Cortina Editore, 1991.

______. Der Arzt im technischen Zeitalter: Technik und Medizin. Arzt und Patient. Kritik der Psychotherapie. 2. ed. München: Piper, 1999.

______. Psicopatologia geral: psicologia compreensiva, explicativa e fenomenologia. São Paulo: Atheneu, 1979. (2 vols.)

______. Plato and Augustine. Edited by Hannah Arendt. Translated by Ralph Manheim. New York: Harvest Book, 1962.

______. Introdução ao pensamento filosófico. 16. ed. São Paulo: Cultirx, 1971.

JONAS, Hans. Técnica, medicina e ética: sobre a prática do princípio responsabilidade. São Paulo: Paulus, 2013. (Ethos) 

KANT, Immanuel. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime. Papirus, Campinas, 1993.

LOCKWOOD, Lewis. Beethoven: the musica and the life. W. W. Norton & Company, 2005.

______. Beethoven: a música e a vida. Conex, 2004.

MAY, Rollo. (Org.). Psicologia existencial. Rio de Janeiro: Globo, 1980.

______. A descoberta do ser. São Paulo: Rocco, 1988.

______. O homem à procura de si mesmo. São Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.

______. Psicologia do dilema humano. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

SACHS, Harvey. A nona sinfonia: a obra-prima de Beethoven e o mundo na época de sua criação. Rio de Janeiro, RJ: José Olimpio, 2017.

SCHILLER, J. C. Friedrich. Cartas sobre a educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 1995.

______. Kallias ou sobre a beleza: a correspondência entre Schiller e Körner (jan-fev. 1793. Trad. Ricardo Barbosa. Rio de Janeiro: J. Zahar Editores, 2002.

SWAFFORD, Jan. Beethoven: angústia e triunfo. Amarilys, 2017.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE KANT A HEGEL

A imagem pode conter: 2 pessoas, texto

"Data de realização: 20 a 21 de novembro de 2018.

Local: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Prédio 40, Auditório 2010, Porto Alegre, Brasil.

O objetivo geral do Simpósio é promover o debate entre professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação em Filosofia sobre o período da filosofia alemã que vai de Kant até Hegel. A convocação está aberta a todos os professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação.



Comissão Organizadora:
Agemir Bavaresco (Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Thomas Sören Hoffmann (FernUniversität in Hagen)
Jair Tauchen (PUCRS)
Evandro Pontel (PUCRS)"

domingo, 22 de julho de 2018

A INVEÇÃO DA NATUREZA: HUMBOLDT


1.  2

Para as minhas pretensões, valeu a leitura... Essencial, eu diria!
Das muitas que leio sobre o tema, mais uma a que retornarei mais de uma vez, para atenta releitura.

1. “A invenção da natureza revela a extraordinária vida do explorador, geógrafo e naturalista alemão Alexander von Humboldt (1769-1859), o cientista mais conhecido de seu tempo. Com suas descobertas, fruto de expedições pelo mundo afora (escalando os vulcões mais altos do mundo, cruzando a Sibéria em plena epidemia de praga, navegando pela então ameaçadora Amazônia), gerou inveja em Napoleão Bonaparte, inspirou Simón Bolívar em sua revolução e Darwin a zarpar com seu navio Beagle. Sua história é contada neste livro de forma saborosa e profunda, partindo de uma ampla pesquisa sobre o homem que concebeu a maneira como vemos a natureza hoje. Best-seller nos Estados Unidos e na Inglaterra, e com os direitos vendidos a mais de 20 países, A invenção da natureza foi aclamado pela crítica e ganhou prêmios como o Costa Biography Award e o Los AngelesTimes Book Prize de 2016.”

2. “Was hat Alexander von Humboldt, der vor mehr als 150 Jahren starb, mit Klimawandel und Nachhaltigkeit zu tun? Der Naturforscher und Universalgelehrte, nach dem nicht nur unzählige Straßen, Pflanzen und sogar ein »Mare« auf dem Mond benannt sind, hat wie kein anderer Wissenschaftler unser Verständnis von Natur als lebendigem Ganzen, als Kosmos, in dem vom Winzigsten bis zum Größten alles miteinander verbunden ist und dessen untrennbarer Teil wir sind, geprägt. Die Historikerin Andrea Wulf stellt in ihrem vielfach preisgekrönten – so auch mit dem Bayerischen Buchpreis 2016 – Buch Humboldts Erfindung der Natur, die er radikal neu dachte, ins Zentrum ihrer Erkundungsreise durch sein Leben und Werk. Sie folgt den Spuren des begnadeten Netzwerkers und zeigt, dass unser heutiges Wissen um die Verwundbarkeit der Erde in Humboldts Überzeugungen verwurzelt ist. Ihm heute wieder zu begegnen, mahnt uns, seine Erkenntnisse endlich zum Maßstab unseres Handelns zu machen – um unser aller Überleben willen.“

______.




sexta-feira, 20 de julho de 2018

ESPIRITUALIDADE E SAÚDE MENTAL

"Espiritualidade e Saúde Mental: O que as evidências mostram? 

Compartilhando mais um vídeo da TV Nupes. Neste vídeo há um resumo das principais pesquisas sobre o tema. Vídeo realizado durante o Conupes 2018. 

Vale muito a pena conferir: 
https://youtu.be/QUVhFUGcEdc

TV Nupes – (Publicado em 20 de jul de 2018)

quarta-feira, 18 de julho de 2018

sábado, 14 de julho de 2018

COMPLEXIDADES DO CÉREBRO E O CONHECIMENTO

The Tell-Tale Brain: A Neuroscientist's Quest for What Makes Us Human por [Ramachandran, V. S.]


Bem cedo, desde ontem, adiados eventos em que participaria, passei aos estudos, dando continuidade aos de sempre e retomando outros. Foi o caso: releitura do Teeteto, de Platão, um dos textos que estudei na graduação e que sempre retorno à leitura, das Meditações metafísicas de R. Descartes e, em seguida o que vai abaixo, mantidos sempre os pontos de contato entre textos lidos e meus interesses de sempre:
Para muitos um trabalho de referência, em que “Ramachandran investiga casos [...] de pacientes que acreditam (desde) estarem mortos a pessoas com síndrome do membro fantasma. Com um olhar de um contador de histórias para estudos de caso convincentes e o talento de pesquisador para novas abordagens de questões antiquíssimas, Ramachandran aborda os tópicos mais empolgantes e controversos da ciência do cérebro, incluindo linguagem, criatividade e consciência.”

______.
RAMACHANDRAN, V. S. The tell-tale brain: a neuroscientist‘s quest for what makes us human. (reprint), New York: W. W. Norton & Company, 2011. 


quarta-feira, 11 de julho de 2018

A "REPETIÇÃO" KIERKEGAARDIANA

Imagem relacionada

Entre os livros de Kierkegaard, encerramos esse, hoje: "A repetição". 

Texto em que Kierkegaard escreve sob o pseudônimo Constantin Constantius e apresenta e discute o conceito de "repetição".

Constantin Constantius diz: 

“A repetição é a realidade, e é a seriedade da existência. Aquele que quer a repetição amadureceu em seriedade. Esta é a minha declaração de voto.” E numa outra passagem acrescenta: “a repetição é o lema em qualquer intuição ética; a repetição é conditio sine qua non para todo e qualquer problema dogmático.” 

repetição é apresentada como a orientação fundamental, para a tomada de decisão existencial, decidir-se pela escolha ética, para Kierkegaard é, acima de tudo, a escolha de si.
______.
KIERKEGAARD, Soren. A Repetição. Lisboa: Relógio D'Água editores, 2009. 

terça-feira, 10 de julho de 2018

DE CONSTANTIA SAPIENTIS: SOBRE A CONSTÂNCIA DO SÁBIO

L Annaei Senecae philosophi 1643 page 302 De Constantia Sapientis.png
Pausa para releitura de um clássico, entre as reflexões estóicas: 
(Page 302 of L. Annæi Senecæ philosophi opera: tribus tomis distincta. Tomus 1. (1643). Published by Francesco Baba.)

A obra:
"De consatantia sapientis"

O problema não é o mundo; não são os outros "companheiros de sanatório" como diz Sêneca em outra de suas obras: a Carta a Lucílio (Carta XXVII: 1-2). Está em nós a maior parte dos "problemas". E, este outro de seus livros que destaco abaixo, já há algum tempo, tem me trazido ao "trabalho dos conceitos".

"DE CONSTANTIA SAPIENTIS"[1]



[1] Inseri hoje uma tradução de 2020. (edição virtual)

Uma obra em que Lúcio Aneu Sêneca trata da diferença entre o que significa uma "ofensa" no seu sentido mais específico e uma simples perturbação emocional (uma contumélia) advinda de palavras ásperas dirigidas a alguém!

É feita uma distinção entre iniuria (injúria) e contumelia (insulto), e discute a natureza do tema e que o sábio deve buscar imunizar-se de insultos e de injúrias. Conselhos práticos de Sêneca a nós imperfeitos.

Só quem se esforce em "juízos firmes e determinados" pode reconhecer isso em si mesmo!

"Só uma convicção profunda pode levar um homem a vencer-se, a desembaraçar-se do que em si há de mau, e a resistir aos perniciosos arrastamentos." (Revue, 1864)

Buscar a constância do sábio!

Muito a ser feito!

______.

DESCARTES, René.  As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

SÊNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. Ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014.

______. Edificar-se para a morte: das cartas morais a Lucílio. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

____. Sobre a clemência. Introdução, tradução e notas de Ingeborg Braren. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

____. Sobre a ira. Sobre a tranquilidade da alma. Tradução, introdução e notas de José Eduardo S. Lohner. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2014.

______. Sobre a constância do sábio. Montecristo Editora, 2020.

sábado, 7 de julho de 2018

TERRITÓRIOS DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO

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Tem sido comum, de minha parte, à medida que avanço nas leituras dos temas propostos nesta página, sempre intercalar uma ou outra leitura, além de manter as atividades exigidas pelos cursos em andamento e disciplinas que leciono.

Aqui, no caso, o tema é o conflito entre ciência e religião” que, como foi dito, é um dos tópicos de meu interesse e pesquisas e aparece e reaparece por aqui.

]Não é novidade que nesse campo as duas visões historicamente tratadas como divergentes e com pressupostos, cada uma os seus, sobre o universo, seja de grande relevância.

Também, temos percebido nas leituras de grandes estudiosos sobre o assunto que tal “conflito” é bem recente; assim como a própria noção de ciência, surgida em meados dos sécs. XVI e XVII. Peter Harrison diz:

“nossos próprios conceitos de ciência e religião são relativamente recentes, surgindo apenas nos últimos trezentos anos, e são essas mesmas categorias, em vez de seus conceitos subjacentes, que limitam nossa compreensão de como o estudo formal da natureza relaciona-se com a vida religiosa”.

Entre os últimos lidos, mais um que estará entre os que sempre tornarei a ler, associando e acrescentando as aprendizagens a mais elaborados textos futuramente.

Em andamento...

______.
HARRISON, Peter. The Territories of Science and Religion. University of Chicago Press, 2015.


“Peter Harrison is professor of the history of science and director of the Centre for the History of European Discourses at the University of Queensland. He is the author or coeditor of numerous books, including Wrestling with Nature: From Omens to Science, also published by the University of Chicago Press.” 

terça-feira, 3 de julho de 2018

FÉ E SABER




Aproveitando o momento em que, tendo participado nos últimos meses, e seguiremos no próximo semestre, de um “Grupo de Pesquisa: Hegel”, enfrentando a Fenomenologia do espírito, e também o fato de que estudei esse tema já na dissertação; reservei ontem e hoje para uma releitura de um pequeno livro do autor e, ao mesmo tempo seguimos na elaboração dos trabalhos de fim de semestre. Trata-se de Fé e Saber, texto publicado em 1802, último texto de juventude em que Hegel empreende uma "investigação sobre o absoluto e o particular; o infinito e o finito; o condicionado e o incondicionado" presentes nas obras de autores como: "[...] Kant, Jacobi e Fichte. Segundo Hegel, esses três pensadores conduziram à perfeição o ‘idealismo da finitude’, ao mesmo tempo em que assinalaram as suas limitações teóricas.”

Ainda que mais uma releitura dos grandes clássicos, também uma das que necessitam de leitura atenta, mantido o foco das pesquisa a que sempre propus e venho me esforçando, Esta obra, no caso, se insere nesse projeto pelo debate que Hegel faz com autores centrais para os meus interesses em pesquisa. 

_____.
HEGEL, G. F. W. Fé e saber. São Paulo: Ed. Hedra, 2007.     



domingo, 1 de julho de 2018

DO ENCONTRO ENTRE CIÊNCIA E FÉ

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Dos últimos livros que li, recentemente, esse é um dos mais instigantes. Não só pela temática abordada nos capítulos que organizam, mas também pela maneira como os autores desenvolvem as exposições dos temas.
“Este livro, em linguagem acessível ao leitor em geral, investiga  s. Tanto é assim, que a contar desse, vou partir para mais leituras dos autores. Aliás, cheguei a leitura deste, lendo outros artigos e livros de suas produções. Já estão na lista alguns outros e à medida que for lendo vou, como tenho feito aqui, elaborando mini-resenhas que posso mais tarde, desenvolver num artigo.
“Este livro, em linguagem acessível ao leitor em geral, investiga doze dos mais notórios, mais interessantes e mais instrutivos episódios envolvendo a interação entre ciência e cristianismo, com o objetivo de contar cada história em sua especificidade histórica e particularidade local. Entre os eventos tratados em When Science and Christianity Meet estão o caso de Galileu, o universo do relógio do século XVII, a arca de Noé e a inundação no desenvolvimento da história natural, lutas pela evolução darwiniana, debates sobre a origem da espécie humana [...]. Os leitores serão apresentados a Santo Agostinho, Roger Bacon, Papa Urbano VIII, Isaac Newton, Pierre-Simon de Laplace, Carl Linnaeus, Charles Darwin, H. Huxley, Sigmund Freud e muitos outros participantes do drama histórico da ciência e do cristianismo.”

“Juntos, esses artigos fornecem uma pesquisa abrangente sobre o pensamento atual sobre questões-chave nas relações entre ciência e religião, lançados - como pretendiam os editores - no nível certo para atrair os alunos.” - Peter J. Bowler, Isis

(Grifos são meus)

______.

LINDBERG, David C; NUMBERS, Ronald. When Science and Christianity Meet. University of Chicago Press; Edição: Reprint 1, 2008.

David C. Lindberg (1935-2015) was the Hilldale Professor Emeritus of the History of Science at the University of Wisconsin–Madison and past-president of the History of Science Society. His scholarship focused on the history of medieval and early modern science, especially physical science and the relationship between religion and science. He was the author or editor of many books, several of which were published by the University of Chicago Press.




REFLEXÃO VESPERTINA CLVIII: ESTOICISMO

Foi essa a Reflexão Vespertina de hoje, terminada há pouco, ler ainda é possível! " O objetivo da filosofia consiste em dar forma e est...