Dois personagens Plotino e Goethe, duas obras a serem lançadas
pela editora É Realizações, com previsão para 15 de fevereiro. As duas na perspectiva dos "exercícios espirituais" de
Pierre Hadot. Acrescento aqui, as duas capas e as sinopses de cada um. Serão
objetos de leitura assim que disponíveis.
1. “Um dos eruditos mais respeitados das últimas
décadas comenta a atitude filosófica da figura máxima da cultura alemã. Pierre
Hadot, estudioso a quem cabe o mérito de haver redescoberto o aspecto vivencial
da filosofia clássica (conforme exposto em A Filosofia como Maneira de
Viver e Exercícios Espirituais e Filosofia Antiga), é autor também de
comentários a pensadores modernos nos quais tal caráter é ainda perceptível. Os
principais escritos desse gênero são Wittgenstein e os Limites da
Linguagem e Não se Esqueça de Viver: Goethe e a tradição dos exercícios
espirituais. Neste livro, o último que Hadot publicou em vida, o filósofo
aborda – com o estilo profundo, elegante e agradável que sempre o acompanhou –
três “exercícios espirituais” (ou seja, práticas de autodisciplina) que o
literato alemão cultivou e que ilustram o seu lema, contrário ao Memento
mori, “Não se esqueça do morrer”: Memento vivere, “Não se esqueça de
viver”. As três práticas se reduzem a concentrar-se com intensidade no
presente, considerar as circunstâncias em conjunto e cultivar a esperança. Além
da investigação cuidadosa de como tais exercícios são sugeridos pela vida e
pelos textos de Goethe [...]. Uma obra que faz valer o elogio que lhe viria a
endereçar Luc Ferry: “Admirável”.”
2. “[...] Essa obra busca apresentar não o sistema, mas a experiência pessoal de Plotino, dando tanto quanto possível a palavra ao mestre espiritual e ao diretor de consciência. Trata-se evidentemente da união mística, fato inefável, surgindo em momentos privilegiados, que abala toda a consciência do eu, fazendo com que experimente um sentimento de presença indescritível. Plotino a descreve em páginas líricas e palpitantes consideradas como as mais belas da literatura mística universal. Mas trata-se também da doçura serena de um filósofo que, ao mesmo tempo que vive da vida do espírito, pode permanecer “presente para si mesmo e para os outros”, e assumir as preocupações e responsabilidades da vida cotidiana.”
Malimpensa, Lara Christina de], São Paulo: É Realizações, 2019.
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