Uma brevíssima reflexão...
Por estar, já há algum tempo, nos intervalos das
leituras mais sistemáticas, dedicando grande atenção ao estudo das obras dos
estoicos e, aproveitando que o professor Aldo Dinucci lembrou, em sua página,
que num dia como hoje, 17 de março de 180, falecia Marco Aurélio Antonino.
Anotei aqui esses trechos, sem uma escolha acurada.
Por ser este o capítulo lido nesta manhã, tomei daí o critério para estes
apontamentos. Em todos, é perceptível um foco na autocorreção, na reorientação do caráter.
“Não podes ler. Mas podes refrear
os excessos; podes suplantar os prazeres e dores; podes alçar-te acima da gloríola;
podes não te irritar com os insensíveis e ingratos e, de sobejo, zelar por eles.”
...
...
“Quando
deparas seja quem for, dize logo a ti mesmo: Que princípios sobre o bem e o mal
segue esse homem?
Com efeito, se segue tais e tais
princípios sobre o prazer, a dor, as causas desta ou daquele, bem como sobre a
glória, a obscuridade, a morte e a vida, não acharei esquisito ou estranho que
pratique determinados atos e lembrar-me-ei de que tem de proceder
necessariamente assim.”
...
“Lembra-te de que mudar de
opinião e seguir a quem te corrige são igualmente atos livres, pois é atividade
tua, desenvolvida de acordo com um impulso ou julgamento teu e naturalmente
também de acordo com a tua inteligência.”
...
“Se depende de ti, por que o
fazes? Se de outrem, a quem inculpas? Os átomos? Os deuses? Em ambos os casos,
é insensatez. A ninguém deves culpar, pois, se podes, corrige-o, se a ele não
podes, corrige ao menos o fato; se este tampouco, que adianta ainda
queixares-te? Nada se deve fazer sem propósito.”
Um exercício bastante profícuo para iniciar e desenvolver ao longo de um dia como este e outros poucos que advirão.
Um exercício bastante profícuo para iniciar e desenvolver ao longo de um dia como este e outros poucos que advirão.
______.
MARCO AURÉLIO. Meditações.
São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro VIII. 8, 14, 16 e 17)
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