"Qual
é a primeira coisa que deve fazer quem começa a filosofar? Rejeitar a presunção
de saber. De fato: não é possível começar a aprender aquilo que se presume
saber". (Epictetus)
Mais uma, das tantas necessárias reflexões diárias. Mantido o foco nas reflexões sobre filosofia prática "de mim para mim". O fundamental aqui é "Rejeitar a presunção de saber" e buscar o que tenho buscado sempre: aplicação dos "princípios" (Cf. Encheirídion, 2012).
“[...] muito frequentemente uma necessidade de solidão o invade, tão vital para ele como respirar ou dormir. Que ele tenha essa necessidade vital mais que as pessoas comuns, é uma mostra de uma natureza mais profunda. A necessidade de solidão é prova sempre em nós de espiritualidade e serve para medi-la. 'Essa gente cercada por homens que não são, essa manada de inseparáveis' os provam eles, tão pouco que, como periquitos, morrem desde que se encontram sozinhos; como a criança que não dorme se a gente não cantar pra ela, eles precisam do suporte tranquilizador da sociabilidade para comer, beber, dormir, rezar, se apaixonar etc., mas nem na Antiguidade nem na Idade Média se negligenciava essa necessidade de solidão, respeitava-se o que ele exprimia. Nossa época, com sua indestrutível sociabilidade, treme diante da solidão, que só sabe (que ironia!) usá-la contra criminosos. É verdade que, atualmente, é um crime se consagrar ao espírito, portanto, não se espanta que os amantes da solidão sejam classificados como criminosos.”
(trad. Marcos da Silva e Silva. In:
Revista Ítaca, nº 30 - 2016)
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