“Minha propedêutica da filosofia, portanto, por si
mesma será:
- Uma explanação dos principais problemas da filosofia e de sua origem necessária a partir da natureza humana;
- Uma designação dos diferentes pontos de vista acima dos quais a filosofiateve de elevar-se pouco a pouco para atingir o ponto de vista absoluto.
Para a filosofia não há nenhuma outra preparação senão
esta meramente negativa. Todo começo positivo na filosofia tem de ser feito pela própria ciência principal, não pelas ciências secundárias, que, por serem elas mesmas subordinadas, admitem também apenas pontos de vista subordinados e atam o espírito a estes, em vez de deslocá-lo para a liberdade absoluta, que é o verdadeiro órgão do infinito.”
...
...
A questão da liberdade humana como "órgão do infinito" em Schelling refere-se à "identidade", "razão alargada [...] identidade entre natureza e espírito" (cf. nota na p. 79)
______.
(SCHELLING,
Propedêutica da filosofia. Campinas, SP: Vide Editorial, 2018, p. 78-79)
.'.
.'.
Sobre o autor:
Friedrich Wilhelm Joseph
von Schelling (1775–1854) foi um filósofo e educador alemão. Junto de
Fichte e Hegel, é talvez um dos pensadores mais influentes da tradição
filosófica conhecida como “idealismo alemão”. Mudou muito suas concepções
filosóficas ao longo dos anos, o que não deixa de refletir aquele período
dinâmico da história da filosofia, mas sua importância para o pensamento
contemporâneo persiste principalmente por três motivos: sua filosofia da
natureza, que abre a possibilidade de entender a natureza para além daquilo que
as ciências naturais modernas conseguem identificar; sua concepção
anti-cartesiana da subjetividade e sua crítica do idealismo hegeliano.”
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