domingo, 29 de setembro de 2019

ESTUDOS SOBRE A "PRÉ-HISTÓRIA" DO IDEALISMO. TÜBINGEN - JENA 1790-1794

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PROJETOS DE LEITURA:

"Para o aniversário do 200º aniversário de Immanuel Kant, aparece a reconstrução abrangente de Dieter Henrich da pré-história do idealismo alemão, que é um evento da historiografia filosófica: Dieter Henrich traça a recepção do pensamento kantiano no final do século XVIII, que é decisivo para o surgimento do idealismo alemão. contribuindo assim significativamente para uma das fases centrais da história da filosofia em geral. O ponto de partida e ponto de referência é o pensamento de Immanuel Kant: nas duas décadas em que Kant concluiu seu trabalho, o movimento do pensamento pós-kantiano também passou pelo seu zênite. Um grande número de projetos filosóficos completamente novos foi criado em pouco tempo. Na história do pensamento, essa criatividade não tem precedentes.
A ancoragem no ego tenta visualizar essa extraordinária produtividade teórica no contexto concreto das situações individuais da vida dos protagonistas, a partir das quais essa dinâmica é explicada. Um dos mistérios que ela renunciou há muito tempo é o fato de que a força criativa do desenvolvimento pós-kantiano se desenrolou sobretudo em dois lugares: o Tübingen Stift e a Universidade de Jena. A pesquisa revela - em grande parte a partir de documentos desconhecidos - o estado de discussão nesses locais e as conexões entre eles. Ao fazer isso, eles se concentram no pensamento e no debate dos kantianos da geração que precedeu Hegel, Hölderlin e Schelling por alguns anos. Esse processo ocorreu em um envolvimento constante com a questão de como o trabalho de Kant deve ser entendido e reformulado."
...
(grifos meus)

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"Inhalt


Zum Jubiläum von Immanuel Kants 200. Todestag erscheint Dieter Henrichs umfassende Rekonstruktion der Vorgeschichte des Deutschen Idealismus, die ein Ereignis der Philosophiegeschichtsschreibung ist: Dieter Henrich zeichnet die für die Entstehung des Deutschen Idealismus entscheidende Rezeption des Kantischen Denkens gegen Ende des 18. Jahrhunderts nach und liefert damit einen maßgeblichen Beitrag zu einer der zentralen Phasen der Philosophiegeschichte überhaupt. Ausgangs- und Bezugspunkt ist dabei das Denken Immanuel Kants: In den beiden Jahrzehnten, in denen Kant sein Werk vollendete, durchlief auch die Bewegung des nachkantischen Denkens ihren Weg bis zum Zenit. Eine große Zahl gänzlich neuer philosophischer Entwürfe ist in kurzer Zeit entstanden. In der Geschichte des Denkens ist eine solche Kreativität ohne Beispiel.


Grundlegung aus dem Ich versucht, diese außergewöhnliche theoretische Produktivität im konkreten Zusammenhang mit den individuellen Lebenssituationen der Protagonisten zu vergegenwärtigen, aus denen sich diese Dynamik erklärt. Zu den Rätseln, welche sie seit langem aufgibt, gehört die Tatsache, daß sich die kreative Kraft der nachkantischen Entwicklung vor allem an zwei Orten entfaltete: im Tübinger Stift und an der Universität Jena. Die Untersuchungen decken – weitgehend aus unbekannten Dokumenten – die Diskussionslage an diesen Orten und die Verbindungen zwischen ihnen auf. Dabei konzentrieren sie sich auf Denkversuche und Debatten von Kantianern der Generation, die Hegel, Hölderlin und Schelling um wenige Jahre vorausging. Dieser Prozeß vollzog sich in einer ständigen Auseinandersetzung mit der Frage, wie das Werk Kants zu verstehen und neu zu formulieren sei."

______.
HENRICH, Dieter. Grundlegung aus dem Ich: Untersuchungen zur Vorgeschichte des Idealismus. Tübingen – Jena 1790–1794. Suhrkamp Auflage, 2004.

______.HENRICH, Dieter. Konstellationen: Probleme und Debatten am Ursprung der idealistischen Philosophie (1789-1795).  Klett-Cotta /J. G. Cotta'sche Buchhandlung Nachfolger, 1991.

FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA "DOUTRINA DA VIRTUDE"

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Lançamento, de Orfried Höffe.

Já conheço o autor por ter lido outras de suas obras. Este, recém lançado; indicado por amigo no “facebook”, já anotei para leitura próxima:

Gerade erschienen / just released: Otfried Höffe (Hrsg.): 

______.
HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant: Metaphysische Anfangsgründe der Tugendlehre. Berlin/Boston: De Gruyter, 2019. [Klassiker auslegen, Bd. 58].


COSMOVISÃO. A HISTÓRIA DE UM CONCEITO

Worldview: The History of a Concept (English Edition) por [Naugle Jr., David K.]
Li esse livro em 2017, lançado à época, hoje retornei ao texto por ter aparecido nas lembranças lá no “facebook” e por estar trabalhando num seminário para outubro próximo. Obra de David K. Naugle, publicado no Brasil com o título: “Cosmovisão: a história de um conceito”, interessou-me de imediato por propor-se a uma reflexão com ponto de partida e de contatos com a obra Immanuel Kant (Weltanschauung): 

"[...] Neste novo livro, David Naugle fornece a melhor discussão até então da história e do uso contemporâneo da cosmovisão como uma abordagem totalizante para a fé e a vida. Este volume informativo primeiro localiza a origem da cosmovisão nos escritos de Immanuel Kant e examina a rápida proliferação de seu uso em todo o mundo de fala inglesa. Naugle então fornece o primeiro estudo jamais realizado dos insights de grandes filósofos ocidentais sobre o tema da cosmovisão e oferece uma análise original do papel que esse conceito tem desempenhado nas ciências naturais e sociais. 

Finalmente, Naugle dá a fundamentação bíblica e teológica do conceito, explorando as maneiras únicas em que a cosmovisão tem sido usada nas tradições evangélica, ortodoxa e católica. Esta apresentação clara do conceito de cosmovisão será valiosa para uma grande variedade de leitores."

“Conceiving of Christianity as a "worldview" has been one of the most significant events in the church in the last 150 years. In this new book David Naugle provides the best discussion yet of the history and contemporary use of worldview as a totalizing approach to faith and life.
This informative volume first locates the origin of worldview in the writings of Immanuel Kant and surveys the rapid proliferation of its use throughout the English-speaking world. Naugle then provides the first study ever undertaken of the insights of major Western philosophers on the subject of worldview and offers an original examination of the role this concept has played in the natural and social sciences. Finally, Naugle gives the concept biblical and theological grounding, exploring the unique ways that worldview has been used in the Evangelical, Orthodox, and Catholic traditions.
This clear presentation of the concept of worldview will be valuable to a wide range of readers.”
______.
NAUGLE, David K. Cosmovisão: história de um conceito. Brasília, DF: Monergismo, 2017.

______. Worldview: the history of a concept. Michigan (USA): Wm. B. Eerdmans Publishing, 2002.




sábado, 28 de setembro de 2019

SCRUTON: CONFRONTANDO VISÕES CONTEMPORÂNEAS "SOBRE NATUREZA HUMANA"



“Scruton argumenta que os seres humanos não podem ser entendidos simplesmente como objetos biológicos."

 

"In this short book, acclaimed writer and philosopher Roger Scruton presents an original and radical defense of human uniqueness. Confronting the views of evolutionary psychologists, utilitarian moralists, and philosophical materialists such as Richard Dawkins and Daniel Dennett, Scruton argues that human beings cannot be understood simply as biological objects. We are not only human animals; we are also persons, in essential relation with other persons, and bound to them by obligations and rights. Scruton develops and defends his account of human nature by ranging widely across intellectual history, from Plato and Averroës to Darwin and Wittgenstein. The book begins with Kant’s suggestion that we are distinguished by our ability to say “I”―by our sense of ourselves as the centers of self-conscious reflection. This fact is manifested in our emotions, interests, and relations. It is the foundation of the moral sense, as well as of the aesthetic and religious conceptions through which we shape the human world and endow it with meaning. And it lies outside the scope of modern materialist philosophy, even though it is a natural and not a supernatural fact. Ultimately, Scruton offers a new way of understanding how self-consciousness affects the question of how we should live. The result is a rich view of human nature that challenges some of today’s most fashionable ideas about our species.”

...

“Neste livro, Roger Scruton lança um olhar original sobre a natureza humana, sem deixar de ter em conta os mais sólidos resultados científicos — da biologia à ciência cognitiva e da psicologia à etologia — mas também o legado das artes e da cultura em geral. E consegue fazê-lo com elegância e concisão, sem tecnicismos nem referências gratuitas.

Ao defender que o ser humano não é apenas um animal racional, Scruton procura, de forma corajosa mas tranquila, mostrar como se pode fazer uma leitura do que as ciências têm para nos contar muito diferente da que tem sido habitual. Nesse sentido, Scruton rejeita não só as perspectivas de muitos psicólogos evolucionistas, mas também as concepções morais utilitaristas e sobretudo as abordagens materialistas da natureza humana — como as de Daniel Dennett e Richard Dawkins —, argumentando que não encontraremos a verdadeira natureza humana em animais racionais despojados dos elos essenciais que, além da biologia e da racionalidade, nos definem como seres que partilham um mesmo universo de valor. De acordo com Scruton, é neste universo de fidelidades, obrigações, direitos e relações que se descobre o eu que cada um de nós é e se revela a nossa natureza singular: a de sermos pessoas. Isto, sustenta Scruton, é algo que nenhuma categoria biológica permite compreender.

É no contexto dessa concepção da natureza humana decididamente personalista que Scruton nos fala do significado humano do riso, da sexualidade, do prazer, da culpa ou da moral, transferindo para quem o lê uma enorme bagagem literária e cultural que, mesmo quando defende pontos de vista não coincidentes com os do leitor, não deixa de ser intelectualmente gratificante.

Este é um livro que, apesar da relevância e centralidade do tema, não exige qualquer iniciação filosófica prévia, pelo que certamente interessa a qualquer pessoa culta e com os mais diversos interesses pessoais e profissionais.

______.

SCRUTON, Roger. Sobre a natureza humana. Lisboa: Gradiva, 2017.

E, atualizando, em 07 de maio de 2020, saiu, recentemente, uma edição "Kindle", anotada abaixo:

______. Sobre a natureza humana. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2020.

______. A alma do mundo. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record, 2017.

______. Kant: a very short introduction. New York: Oxford University Press, 2001.

 


sexta-feira, 27 de setembro de 2019

DESAFIO PARA O DIA 30 DE OUTUBRO: REFLEXÕES SOBRE "WELTANSCHAUUNG"



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"O confronto de Edith Stein com o primeiro Heidegger."

(Esboço)

Desde a fenomenologia de Husserl, tentar entender o papel do pensamento medieval na "filosofia madura" de Edith Stein, que ela chamava "filosofia do ser". Daí, uma questão: se haveria uma reaproximação entre fenomenologia e metafísica? 
Partindo de Edmund Husserl, passando por formas medievais do pensamento, o seminário concentra-se na obra de Edith Stein, suas leituras de autores medievais, dos quais focaremos em Tomás de Aquino: um desafio! 

______.

STEIN, Edith. A fenomenologia e seu significado de visão mundo. In: Textos.

O confronto de E. Stein com o primeiro Heidegger. In: Diálogos
Apêndice sobre Heidegger na obra ‘Ser finito e ser eterno’ de E. Stein.

PS: Aproveitando para reler os textos para melhor compreensão do tema: 

“A PAULUS Editora publicou o segundo volume da coleção Obras de Edith Stein em língua portuguesa. A nova obra intitulada Edith Stein: Textos sobre Husserl e Tomás de Aquino, traz uma coletânea de textos em que a filosofa apresenta o pensamento Edmund Husserl e faz uma análise por meio de comparação para saber as semelhanças e diferenças com o pensamento de Tomás de Aquino.

Ao longo do livro, o leitor irá acompanhar a evolução de Edith Stein em sua própria compreensão da fenomenologia e em sua articulação com a ontologia e a metafísica, resultando em uma filosofia do ser. Os textos contidos nesta obra são datados das primeiras décadas do século XX, onde a filosofa começa a desenvolver sua interpretação da fenomenologia.

Edith Stein considerava perfeitamente possível conectar os séculos XIII e XX, unindo ideias de Tomás de Aquino e Husserl, além de outros filósofos como Scheler e Heidegger. Em suas interpretações iniciais do método fenomenológico, o leitor encontrará as hesitações a respeito do idealismo husserliano, ao passo que, nos registros de suas contribuições durante a Jornada de Estudos Tomistas, de 1932, observa-se sua posição madura, esclarecedora não apenas de suas divergências com alguns tomistas, mas também sua leitura da fenomenologia, e mesmo a solução do que antes constituía para ela uma série de impasses ligados ao idealismo transcendental.

Edith Stein nasceu em Breslávia (atual Polônia), em 12 de outubro de 1891, nas comemorações do Yom Kippur. Em 1911, iniciou os estudos de psicologia e germanística na Universidade de Breslávia. Decepcionada, porém, com o que já considerava uma falta de fundamentação nas ciências humanas, mudou-se em 1913 para Gotinga, a fim de estudar fenomenologia com Edmund Husserl. Em 1916, seguiu Husserl a Friburgo, onde defendeu a tese O problema da empatia. Converteu-se ao cristianismo em 1917. Por não ter conseguido um posto na universidade pública (em função de ser mulher), lecionou em diferentes instituições privadas, como o Instituto de Pedagogia Científica de Münster. Entrou para o Carmelo de Colônia em 1933, recebendo o nome de Teresa Benedita da Cruz. Foi capturada pela Gestapo em 1942, sendo morta por asfixia em Auschwitz no mesmo ano. É autora da filosofia do ser.”
______.

Textos:

ALFIERI, F. Pessoa humana e singularidade em Edith Stein. Perspectiva, 2014.

HUSSERL, Edmund, 1859-1938 Meditações cartesianos e Conferências de Paris: de acordo com o texto de Husserliana. Edmund Husserl; editado por Stephan Strasser; tradução Pedro M. S. Alves. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Forense universitária, 2013.

MELEAU-PONTY, Maurice. Merleau Ponty na Sorbonne: resumo de cursos Filosofia e Linguagem. Campinas, SP: Editora Papirus, 1990.

­­­______. Merleau Ponty na Sorbonne: resumo de cursos de psicossociologia e filosofia. Campinas, SP: Editora Papirus, 1990.

SAVIAN FILHO, J. Fé e Razão: uma questão atual? Loyola, 2005 – Savian
Revista Teologia em Questão – Vol. 30 – TQ 

SAVIAN e MAHFOUD. Diálogos com Edith Stein. Paulus, 2005 – (Diálogos)

STEIN, Edith. Textos sobre Husserl e Tomás de Aquino. São Paulo: Paulus, 2019.

STEIN. Edith. Ser finito y ser eterno: ensayo de una ascension al sentido del ser. Fondo De Cultura Economica USA, 2004.


TEORIA DA BIOLOGIA DE KANT



Pouco mais de vinte anos, estudando esse autor, sua gigantesca obra filosófica sempre me aproximou dos grandes temas. Aqui, o que encontrei neste livro, é uma discussão sobre a Teoria da biologia de Kant, desde o primeiro momento em que tive contatos iniciais com o texto, a que cheguei por interesse nos conceitos de “organismo”, “teleologia” e talvez, principalmente o conceito de “epigênese” (conforme, já à época de graduação, tinha lido em Aristóteles). 

O tema, aqui tratado por estudiosos e se desenvolveu em um campo que está crescendo rapidamente em importância nos estudos sobre Immanuel Kant. Organizado em 15 ensaios escritos por especialistas que se dedicam ao assunto, aborda importantes tópicos de “teorias biológicas dos séculos XVII e XVIII, o desenvolvimento da filosofia da biologia nos escritos de Kant, a teoria dos organismos na Crítica da faculdade do juízo (KUK), de Kant e perspectivas atuais sobre a teleologia da natureza – de certa forma, ligado ao que tenho estudado mais especificamente, atualmente. Leitura encerrada...
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“During the last twenty years, Kant's theory of biology has increasingly attracted the attention of scholars and developed into a field which is growing rapidly in importance within Kant studies. The volumepresents fifteen interpretative essays written by experts working in the field, covering topics from seventeenth- and eighteenth-century biological theories, the development of the philosophy of biology in Kant's writings, the theory of organisms in Kant's Critique of the Power of Judgment, and current perspectives on the teleology of nature.”

______.
GOY, Ina; WATKINS, Eric. Kant's theory of Biology. Berlin/Boston: De Gruyter/Reprint, 2016.


Sobre os Autores:

  • Ina Goy, Tübingen University, Germany.
  • Eric Watkins, University of California, San Diego, USA.


quarta-feira, 25 de setembro de 2019

EMOTION, REASON, AND ACTION IN KANT: RAZÃO E EMOÇÃO




Era só um projeto de leitura, no início do ano. Encerrada a leitura, continuamos os estudos.

“A relação entre razão e emoção deve seguir este modelo: ainda que as emoções, enquanto inclinações, não estabeleçam nem justifiquem princípios morais, elas não podem estar em contradição com os princípios morais obtidos. Dever significa poder, ou seja, não podemos estar comprometidos moralmente com algo que somos incapazes de realizar.” (BORGES)

“Ainda que Immanuel Kant nunca tenha usado a palavra 'emoção' em seus textos, é de vital importância para entender sua filosofia. Este livro, da profa. Maria Borges oferece um argumento para a leitura de Kant, que considera a importância da emoção, tendo em conta suas muitas manifestações em seu trabalho, incluindo afeto e paixão.” (BORGES)

“Though Kant never used the word 'emotion' in his writings, it is of vital significance to understanding his philosophy. This book offers a captivating argument for reading Kant considering the importance of emotion, taking into account its many manifestations in his work including affect and passion.

Emotion, Reason, and Action in Kant explores how, in Kant's world view, our actions are informed, contextualized and dependent on the tension between emotion and reason. On the one hand, there are positive moral emotions that can and should be cultivated. On the other hand, affects and passions are considered illnesses of the mind, in that they lead to the weakness of the will, in the case of affects, and evil, in the case of passions. Seeing the role of these emotions enriches our understanding of Kant's moral theory.
Exploring the full range of negative and positive emotions in Kant's work, including anger, compassion and sympathy, as well as moral feeling, Borges shows how Kant's theory of emotion includes both physiological and cognitive aspects. This is an important new contribution to Kant Studies, suitable for students of Kant, ethics, and moral psychology.”

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Review:

“English-language readers now have the opportunity to learn about Brazilian philosopher Maria Borges's groundbreaking work on Kant and the emotions. In Emotion, Reason and Action in Kant – her first book in English – she expands and deepens her investigations into an underexplored side of Kant that is unfortunately still foreign territory for many of Kant's friends as well as foes.” 
(Robert B. Louden, Distinguished Professor and Professor of Philosophy, University of Southern Maine, USA)
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“Among the recently increasing number of works on Kant on emotion, Borges's book is the most wide-ranging and insightful yet. Drawing on the full range of Kant's work in moral philosophy, anthropology, and aesthetics, she brings out the complexity of Kant's conception of what we now call the emotions and of the relation between his view of the emotions and his transcendental idealist theory of free will. A bonus is her demonstration that in spite of well-taken feminist critiques of Kant, he also allotted an indispensable role to women in the moral education of humankind at large. Borges convincingly argues that Kant made enduring contributions to our understanding of the nature and importance of human emotions.”
(Paul Guyer, Jonathan Nelson Professor of Humanities and Philosophy, Brown University, USA)
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“Wide-ranging in topics and scholarship, Emotion, Reason and Action in Kant develops Maria Borges's initially shocking claim that we can learn something about the emotions from Kant. Since, as she argues, any adequate account of Kant's moral psychology must include his views about the roles of different emotions in moral life, Borges's book will be valuable to many.”
(Patricia KitcherRoberta and William Campbell Professor of Humanities, Columbia University, USA)

About the Author:
Maria Borges is Professor of Philosophy at the University of Santa Catarina, Brazil.
______.
BORGES, Maria. Borges, Razão e emoção em Kant. Pelotas, RS: Editora e Gráfica Universitária, 2012. 

______. Emotion, Reason, and Action in Kant. Bloomsbury Academic, 2019.

Link: (Amazon)



TRÄUME EINES GEISTESEHERS: IMMANUEL KANT

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Há dois anos e agora: a mesma reflexão. Seguem os trabalhos!

"Qual Filósofo não esteve uma vez entre, o juramento de uma pessoa sensata e convicta testemunha ocular, e a resistência interior de uma dúvida inolvidável? Deve ele negar completamente a veracidade de todos os fenômenos espirituais? O que o deve conduzir aos fundamentos de sua posição acerca deste assunto?"

______.
(KANT, Immanuel. Träume eines Geistesehers. Stuttgart: Reclam, 2002)

terça-feira, 24 de setembro de 2019

AS HIPÓTESES DE SHELDRAKE E A HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA


The Science Delusion: Feeling the Spirit of Enquiry (English Edition) por [Sheldrake, Rupert]  Resultado de imagem para New science of life

Pausa na oficina para mais uma releitura.

Terminei recentemente, 01 de setembro, a releitura destes e outros dois livros deste autor (as traduções). Tinha lido, num período de um ano, encerrado em 03 abril 2017. 
Não o adotei como "revelação" mas aceitei o desafio de repensar alguns argumentos sobre "Ciência, Filosofia da ciência e História das ciências", com os seus livros. Em anexo, uma palestra em que Rupert Sheldrake, apresenta alguns de seus argumentos. Portanto, para reflexão em História e Filosofia da ciência. 

Li e reli outros de seus livros entre 2017 e 2018 indicados ao final, e, uma palestra do autor. Nesta palestra o biólogo Rupert Sheldrake dá uma amostra dos assuntos do seu mais novo livro (à época): Science Set Free (A Ciência Libertada), título americano, ou The Science Delusion (A Ilusão da Ciência), título britânico.
Muito a refletir a partir das hipóteses do autor... Como em "A new science of life":

No livro Sheldrake aponta 10 idéias cristalizadas e dogmáticas da ciência moderna materialista fundamentalista que podem servir de ponto de partida para uma renovação e revolução na própria ciência, expandindo os conceitos e estudos científicos. Unindo ciência, filosofia e espiritualidade, Sheldrake aponta para caminhos científicos revolucionários, sempre usando o método científico, e reavaliando as interpretações convencionais das evidências e pesquisas.

The science delusion is the belief that science already understands the nature of reality. The fundamental questions are answered, leaving only the details to be filled in. In this book, Dr Rupert Sheldrake, one of the world's most innovative scientists, shows that science is being constricted by assumptions that have hardened into dogmas. The sciences would be better off without them: freer, more interesting, and more fun. According to the dogmas of science, all reality is material or physical. The world is a machine, made up of dead matter. Nature is purposeless. Consciousness is nothing but the physical activity of the brain. Free will is an illusion. God exists only as an idea in human minds, imprisoned within our skulls. But should science be a belief-system, or a method of enquiry? Sheldrake shows that the materialist ideology is moribund; under its sway, increasingly expensive research is reaping diminishing returns. In the skeptical spirit of true science, Sheldrake turns the ten fundamental dogmas of materialism into exciting questions, and shows how all of them open up startling new possibilities.The Science Delusion will radically change your view of what is possible. and give you new hope for the world."

Vídeo:

Mais informações:
http://www.sheldrake.org/homepage.html

A isso tudo, adiciono as traduções abaixo, lendo outra vez, desde 29 de julho de 2019.

______.
SHELDRAKE, Rupert. Uma nova ciência da vida: hipótese da causação formativa  e os problemas não resolvidos da bilogia. São Paulo: Cultix, 2013.

______. A new science of life. Icon Books, 2009.

______. Ciência sem dogmas: nova revolução científica e o fim do paradigma materialista. São Paulo: Cultrix, 2014.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

REFLEXÃO MATINAL LI: PAZ E SERENIDADE

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"Quem conhece a si próprio triunfa facilmente de si mesmo."
.'.
(Revue, 1862)
...

Paz e serenidade. Meus grandes temas nas reflexões atuais. Pois que...:

Retraçando de vez um caminho novo, é imperativo "matar o homem velho". As ideias tais como se arregimentam e são defendidas pelos "integrados" afastam-me cada vez cada vez mais ao convívio comigo!

Não há projeto mais digno que ser um Só! 

Nem é novidade que os grandes sempre foram os esquecidos, os enganados, pouco ouvidos, até atacados; mas que fazem muita falta nos dias de hoje. É a esses grandes e seus nobres ideais que me filiei de tempos para cá, ou que a eles retornei ...

Estudar a mente e ação desses gigantes da moral me faz convicto de que não quero mais "ir por aí".

E, aconteça o que acontecer, ideias antigas eu as estraçalhei, com projetos que já eram meus, que até os havia abandonado em favor de influências tacanhas, tão pueris e até más ou inconsequentes. 

Nada de revolução que não esteja fincada num projeto de pura reforma interior.

O Bem! Ah, o Bem!

Preparando um Adeus!

Armando-me do silêncio! Só de coisas elevadas tenho alimentado o Espírito.
______.
E, enquanto treinamos a constância, leiamos:

"Poema Transitório

(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar...
Ah, como esta vida é urgente!

... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas."

(Mario Quintana)
....

domingo, 22 de setembro de 2019

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XVIII: VIDA SIMPLES E NATURAL

Cambridge - England Lived here or 1 year.   Beautiful....
(IMAGEM: Pinterest)

A inúmera quantidade e crescente diversificação das vãs competições revelam nossas fraquezas; dão forças e servem para inflar o ego. Definitivamente, nossos inimigos somos nós mesmos. Sem o esforço da busca, interior, é impossível a alegria do encontro consigo mesmo.

Ou, se vai ao interior, ou se investe em exterior; impossível trilhar dois caminhos ao mesmo tempo. (MARQUINHOS, 2018). E, como disse, Epicteto:

"Quem se concentra na busca das coisas exteriores mostra que as valoriza mais que os bens interiores (que são adquiridos através de reflexão e uma prática que esteja em conformidade com essa reflexão). Sendo assim, necessariamente deixará em segundo plano a busca pelos bens interiores.” (EPICTETO. trad. Aldo Dinucci)

É bastante significativo que a natureza, para poetas e pensadores em geral, muitas vezes seja reconhecida como lugar do “divino”. Para os estóicos, por exemplo, “viver de acordo com a natureza” deveria ser o maior objetivo a ser alcançado pelos seres humanos através do uso e disciplina da razão.

“E o que é que a razão exige dele? A coisa mais fácil do mundo, – viver de acordo com sua própria natureza. Mas isso é transformado em uma tarefa difícil pela loucura geral da humanidade; nós impulsionamos um ao outro ao vício. E como pode um homem ser lembrado para a redenção, quando não tem ninguém para refreá-lo, e toda a humanidade para instigá-lo?” (Sêneca. XLI, 9)

Há quem ainda insista em defender um "conflito" entre "religião e filosofia". De tal forma que "religião" freqüentemente é mostrada como “fé cega”, até mesmo fanatismo. No entanto, o estoicismo de Sêneca e Epicteto alinhava reflexões nos dois campos, da “religião” e da “filosofia”, a partir do cerne da discussão daí advinda: a razão em harmonia com as leis naturais!

“Deus está perto de você, ele está com você, ele está dentro de você. É isso que quero dizer, Lucílio: um espírito santo mora dentro de nós, aquele que anota nossas boas e más ações e é nosso guardião. À medida que tratamos esse espírito, também somos tratados por ele. De fato, nenhum homem pode ser bom sem a ajuda de Deus.” (Sêneca. XLI, 1-2)

Na mesma carta, Sêneca, reforça isso no sentido de que basta que estejamos alinhados com a simplicidade da natureza, esta mesmo, nos fará perceber na natureza um certo ar de reverência "religiosa" na presença de um local em que é notado algo de "numinoso" e, comenta que a presença em lugares como bosques, cavernas, nascente de rios, fontes, entre outros, inspiram-nos essa tal “reverência religiosa”.

“Se alguma vez você se deparou com um bosque cheio de árvores antigas que cresceram a uma altura incomum, fechando a visão do céu por um véu de ramos cheios e entrelaçados, então a imponência da floresta, a reclusão do lugar, e sua admiração com a espessa sombra ininterrupta no meio dos espaços abertos, irá provar-lhe a presença da deidade. Ou se uma caverna, feita pelo profundo desmoronamento das rochas, sustenta uma montanha em seu arco, um lugar não construído com as mãos, mas esvaziado em tais espaços por causas naturais, sua alma será profundamente comovida por uma certa intimação da existência de Deus.” (Sêneca. XLI, 3-4)

As recomendações de Sêneca, portanto, sugerem que o homem deve estar atento à natureza, viver segundo suas regras, simplicidade e ordem. Considerar esse tipo de vida como a mais verdadeira, desprendida do desejo de posses e desejos infundados. Ou seja, o melhor para seu próprio bem é seguir a natureza e não desejar bens materiais, exteriores, que possam ser perdidos ou antes afastá-lo de uma vida simples.

Como também diria Epicteto:

“Lembra então que, se pensares livres as coisas escravas por natureza e tuas as de outrem, tu te farás entraves, tu te afligirás, tu te inquietarás, censurarás tanto os deuses como os homens. Mas se pensares teu unicamente o que é teu, e o que é de outrem, como o é, de outrem, ninguém jamais te constrangerá, ninguém te fará obstáculos, não censurarás ninguém, nem acusarás quem quer que seja, de modo algum agirás constrangido, ninguém te causará dano, não terás inimigos, pois não serás persuadido em relação a nada nocivo. Então, almejando coisas de tamanha importância, lembra que é preciso que não te empenhes de modo comedido, mas que abandones completamente algumas coisas e, por ora, deixes outras para depois. Mas se quiseres aquelas coisas e também ter cargos e ser rico, talvez não obtenhas estas duas últimas, por também buscar as primeiras, e absolutamente não atingirás aquelas coisas por meio das quais unicamente resultam a liberdade e a felicidade” (Epicteto. I, 1-4)

E, assim como dito acima por Epicteto, o próprio Sêneca, numa descrição da razão, diria que é próprio da razão exigir de nós uma vida plena, simples e disciplinada, de acordo com a “leis naturais”, com a natureza, resultando em liberdade e felicidade.

Segundo eles, se a razão não segue estas leis, ela se envereda por trilhas viciosas que, com a desculpa de que viver é tarefa complexa, o homem, ao decidir-se por não segui-las torna, aí sim, a vida difícil. Quase que criando uma “segunda natureza” viciosa e indisciplinada.

Enfim, tanto em Epicteto quanto em Sêneca, uma vida simples e sem apegos infundados ao que nos seja exterior, é fundamental.

______.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

REFLEXÃO VESPERTINA CLVIII: ESTOICISMO

Foi essa a Reflexão Vespertina de hoje, terminada há pouco, ler ainda é possível! " O objetivo da filosofia consiste em dar forma e est...