"O confronto de Edith Stein com o primeiro Heidegger."
(Esboço)
Desde a fenomenologia de Husserl, tentar entender o papel do pensamento medieval na "filosofia madura" de Edith Stein, que ela chamava "filosofia do ser". Daí, uma questão: se haveria uma reaproximação entre fenomenologia e metafísica?
Partindo de Edmund Husserl, passando por formas medievais do pensamento, o seminário concentra-se na obra de Edith Stein, suas leituras de autores medievais, dos quais focaremos em Tomás de Aquino: um desafio!
______.
STEIN, Edith. A fenomenologia e seu
significado de visão mundo. In: Textos.
O confronto de E. Stein com o primeiro
Heidegger. In: Diálogos
Apêndice sobre Heidegger na
obra ‘Ser finito e ser eterno’ de E. Stein.
PS: Aproveitando para reler os textos para melhor compreensão do tema:
“A PAULUS Editora
publicou o segundo volume da coleção Obras de Edith Stein em língua portuguesa.
A nova obra intitulada Edith Stein: Textos sobre Husserl e Tomás de
Aquino, traz uma coletânea de textos em que a filosofa apresenta o pensamento
Edmund Husserl e faz uma análise por meio de comparação para saber as
semelhanças e diferenças com o pensamento de Tomás de Aquino.
Ao longo do livro, o
leitor irá acompanhar a evolução de Edith Stein em sua própria compreensão da
fenomenologia e em sua articulação com a ontologia e a metafísica, resultando
em uma filosofia do ser. Os textos contidos nesta obra são datados das
primeiras décadas do século XX, onde a filosofa começa a desenvolver sua
interpretação da fenomenologia.
Edith Stein considerava
perfeitamente possível conectar os séculos XIII e XX, unindo ideias de Tomás de
Aquino e Husserl, além de outros filósofos como Scheler e Heidegger. Em suas
interpretações iniciais do método fenomenológico, o leitor encontrará as
hesitações a respeito do idealismo husserliano, ao passo que, nos registros de
suas contribuições durante a Jornada de Estudos Tomistas, de 1932, observa-se
sua posição madura, esclarecedora não apenas de suas divergências com alguns
tomistas, mas também sua leitura da fenomenologia, e mesmo a solução do que
antes constituía para ela uma série de impasses ligados ao idealismo
transcendental.
Edith Stein nasceu
em Breslávia (atual Polônia), em 12 de outubro de 1891, nas comemorações do Yom
Kippur. Em 1911, iniciou os estudos de psicologia e germanística na
Universidade de Breslávia. Decepcionada, porém, com o que já considerava uma
falta de fundamentação nas ciências humanas, mudou-se em 1913 para Gotinga, a
fim de estudar fenomenologia com Edmund Husserl. Em 1916, seguiu Husserl a
Friburgo, onde defendeu a tese O problema da empatia. Converteu-se ao
cristianismo em 1917. Por não ter conseguido um posto na universidade pública
(em função de ser mulher), lecionou em diferentes instituições privadas, como o
Instituto de Pedagogia Científica de Münster. Entrou para o Carmelo de Colônia
em 1933, recebendo o nome de Teresa Benedita da Cruz. Foi capturada pela
Gestapo em 1942, sendo morta por asfixia em Auschwitz no mesmo ano. É autora da
filosofia do ser.”
______.
Textos:
ALFIERI, F. Pessoa humana e singularidade em Edith Stein. Perspectiva, 2014.
HUSSERL, Edmund,
1859-1938 Meditações cartesianos e Conferências de Paris: de acordo com
o texto de Husserliana. Edmund Husserl; editado por Stephan Strasser; tradução
Pedro M. S. Alves. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Forense universitária, 2013.
MELEAU-PONTY, Maurice. Merleau Ponty na Sorbonne:
resumo de cursos Filosofia e Linguagem. Campinas, SP: Editora Papirus, 1990.
______. Merleau Ponty na Sorbonne: resumo de cursos de psicossociologia
e filosofia. Campinas, SP: Editora Papirus, 1990.
SAVIAN FILHO, J. Fé e Razão: uma questão atual? Loyola, 2005 – Savian
Revista Teologia em Questão – Vol. 30 – TQ
SAVIAN e MAHFOUD. Diálogos com Edith Stein. Paulus, 2005 – (Diálogos)
STEIN, Edith. Textos sobre Husserl e
Tomás de Aquino. São Paulo: Paulus, 2019.
STEIN. Edith. Ser finito y ser
eterno: ensayo de una ascension al sentido del ser. Fondo De Cultura
Economica USA, 2004.
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