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[14.b] Κύριος
ἑκάστου ἐστὶν ὁ τῶν ὑπ' ἐκείνου θελομένων ἢ μὴ θελομένων ἔχων τὴν ἐξουσίαν εἰς
τὸ περιποιῆσαι ἢ ἀφελέσθαι. ὅστις οὖν ἐλεύθερος εἶναι βούλεται, μήτε θελέτω τι
μήτε φευγέτω τι τῶν ἐπ' ἄλλοις· εἰ δὲ μή, δουλεύειν ἀνάγκη.
[14b] O
senhor de cada um é quem possui o poder de conservar ou afastar as coisas
desejadas ou não desejadas por cada um. Então, quem quer que deseje ser livre,
nem queira, nem evite o que dependa de outros. Senão, necessariamente será
escravo.(EPICTETO. Encheirídion. 2012).
Anoto aqui, um brevíssimo
texto que apareceu aqui, nas lembranças. Sem que seja tomado equivocadamente
como defesa de que se deva “rejeitar a riqueza”. Guardo ainda a profunda
reflexão que daí se pode retirar e é comum no pensamento estoico, por exemplo. Em certa medida, uma reflexão sobre a "ataraxía" (ἀταραξία): imperturbabilidade da alma.
a) “Conta-se que
Zenão de Cítio perdeu todos os seus bens num naufrágio. Ao se dar conta disso
teria dito:
"A sorte deseja que
eu seja um filósofo com menos coisas a carregar."
b) E, conta-nos Diógenes:
"Muitas vezes,
observando a grande quantidade de mercadorias expostas à venda, ele [Sócrates]
dizia a si mesmo: 'De quantas coisas não tenho necessidade!' " (Diogenes
Laërtius, II, 25, 1925).
.’.
"Often when he
[Socrates] looked at the multitude of wares exposed for sale, he would say to
himself, 'How many things I can do without!'"(Diogenes Laërtius, II, 25,
1925).
______.
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a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.
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