“O silêncio
respeita o ritmo do pensamento!”
.'.
"Audi, Vide, Tace"
.'.
"Audi, Vide, Tace"
“Passeia sozinho, conversa contigo mesmo"
(EPICTETUS, Diatribes, III, 14, 1)
Se a "mente", frequentemente, está ou
sintonizada no futuro, ou no passado, preocupada, com o acontecido ou que
acontecerá, bem fácil defender-se, como se defende, que o presente, não é sentido. É fugidio!
Lembro-me de reflexões de alguns grandes filósofos, entre eles Santo Agostinho, em que, refletindo cada um à sua época, sobre o tempo, alertavam para essa questão quando constatavam que o passado, não é mais; o futuro não é ainda e de que o instante presente é o que flui. Vivemos perdidos em “coisas a fazer” ou que “deveríamos ter feito”. Nosso grande equívoco!
Dificilmente não se encontrou alguém falando de uma tal “correria” na sua vida. É a tônica contemporânea. Um mundo agitado, barulhento focado no futuro, preso no passado.
Se se propõe asserenar, então, buscar a paz interior; a resposta é de que é impossível num mundo como esse.
Tenho refletido, para fugir dessa concepção de que é impossível buscar a serenidade, a moderação e o controle das paixões. E, procurar o silêncio tem sido um “exercício” para elevar a alma, e dar continuidade a Vida.
E, foi essa mais uma “reflexão matinal”.
Lembro-me de reflexões de alguns grandes filósofos, entre eles Santo Agostinho, em que, refletindo cada um à sua época, sobre o tempo, alertavam para essa questão quando constatavam que o passado, não é mais; o futuro não é ainda e de que o instante presente é o que flui. Vivemos perdidos em “coisas a fazer” ou que “deveríamos ter feito”. Nosso grande equívoco!
Dificilmente não se encontrou alguém falando de uma tal “correria” na sua vida. É a tônica contemporânea. Um mundo agitado, barulhento focado no futuro, preso no passado.
Se se propõe asserenar, então, buscar a paz interior; a resposta é de que é impossível num mundo como esse.
Tenho refletido, para fugir dessa concepção de que é impossível buscar a serenidade, a moderação e o controle das paixões. E, procurar o silêncio tem sido um “exercício” para elevar a alma, e dar continuidade a Vida.
E, foi essa mais uma “reflexão matinal”.
...
a) “A
semente da plena consciência se encontra em cada um de nós, mas nos esquecemos
de regá-la. Acreditamos que só seremos felizes no futuro, quando
conseguirmos uma casa, um carro ou um doutorado. Mantemos uma luta em nossa
mente e em nosso corpo e não sentimos a paz e a alegria que temos ao nosso alcance
neste preciso instante: o céu azul, as folhas verdes e os olhos de nosso ser
querido.
O
que é mais importante? São muitas as pessoas que passam em provas e compram
casas e carros, mas seguem sendo infelizes. O mais importante é encontrar a paz
e dividi-la com os demais. E para encontrá-la, podemos começar a caminhar com
calma. Tudo depende de teus passos”[1].
...
b) “Nunca antes na história
foi possível nos conectar uns com os outros com tanta prontidão; contudo,
jamais foi tão fácil nos perder de nós mesmos. Estamos sempre ocupados demais.
Nutrimos expectativas irreais para nossa vida e acreditamos que sempre há
alguma condição ainda não alcançada para a felicidade. De repente, um vazio;
sentimos como se algo muito importante faltasse e ansiamos desesperadamente por
uma mudança radical em nossa vida. Em tempos de constante ruído e distração,
simplesmente parar e ficar em silêncio é um ato revolucionário. Você deixa de
lado a desunião consigo mesmo, esse não ser quem é, e reencontra as maravilhas
do viver. Em Silêncio — O poder da quietude em um mundo barulhento, o
respeitado professor e monge zen-budista Thich Nhat Hanh nos surpreende mais
uma vez com suas inestimáveis lições repletas de valiosa sabedoria. Manter a
calma interior mesmo nas situações mais caóticas e viver uma vida satisfatória
com a prática de mindfulness não requer longas horas de meditação. A proposta é
simples: pare e dê a si mesmo o presente de viver verdadeiramente, no aqui e no
agora. Ser feliz é um direito seu. Para exercê-lo, basta querer. (HANH, 2018)"
______.
ARRIANO FLÁVIO. O
Encheirídion. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo
Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São
Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).
EPICTÉTE. Entretiens. Livre
I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.
______. Epictetus Discourses. Trad.
Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.
______. O Encheirídion de Epicteto. Trad.
Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).
______. Testemunhos
e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS,
2008.
______. The Discourses
of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad.
Oldfather. Harvard: Loeb, 1928. https://www.loebclassics.com/
GAZOLLA,
Rachel. O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do
discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.
HADOT, Pierre. The
inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University
Press, 2001.
HANH, Thich
Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
______. Silêncio: o poder
da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.
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