(IMAGEM: "Pinterest")
Uma interrupção nos
trabalhos de pesquisa, nas leituras sobre estoicismo, pela manhã, me conduziram
aos estudos em outras frentes, outras perspectivas, outros referenciais, sem
contudo fugir, jamais, das temáticas a que sempre me ocupo. E. nessa manhã, o
tema pensado seguirá noite adentro, a partir de Platão, no Fédon, que anoto abaixo.
No Fédon, Sócrates expõe
a Símias porque se deve estar atento e priorizar, nesta vida, a virtude (ἀξεηῆο)
e a prudência (θξνλήζεσο): diz ele que a recompensa é bela (θαιὸλ γὰξ ηὸ ἆζινλ),
e é grande a esperança (ἡ ἐιπὶο κεγάιε)! (Fédon, 114c).
Pois...
“Os homens que de alguma
forma, cuidam de sua alma (κέιεη ηῆο ἑαπηῶλ ςπρῆο) e não vivem com o pensamento
fito no corpo (ζώκαηη πιάηηνληεο δῶζη), quando dizem adeus a todo este tipo de
prazeres (εἰδόζηλ) é para seguir um trilho bem diverso daqueles que não sabem
aonde vão dar: pois, convictos como estão de que nada devem fazer, que seja
contrário à filosofia (θηινζνθίᾳ πξάηηεηλ) e à libertação purificadora (ηῇ ἐθείλεο
ιύζεη) que neles opera, é na sua direção que se voltam, seguindo
espontaneamente na via por onde ela os conduz (ὑθεγεῖηαη) – (Fédon, 82d).”
Bastante conhecido que
Sócrates caminhou pelas ruas de Atenas tentando persuadir outros cidadãos e até
mesmo estrangeiros de que o fundamental é sempre o esforço em se melhorarem as
almas.
Pois, para ele, a alma é a parte mais preciosa (ηηκηώηεξνλ) – (Críton,
48a); tinha como principal objetivo defender a importância da alma e que esta,
vale mais do que o corpo. Fica evidente que a busca da virtude, para Sócrates,
está amplamente relacionada com a felicidade.
Alcançar virtude é ser feliz.
(Nas citações, da bibliografia sempre consultada; os grifos e destaques, são meus)
______.
ARRIANO FLÁVIO. O
Encheirídion. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo
Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São
Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).
DESCARTES,
R. Oeuvres. Org. C. Adam e P. Tannery. Paris: Vrin, 1996. 11v. [indicadas
no texto como Ad & Tan]
_______. Descartes: oeuvres
et lettres. Org. André Bidoux. Paris:
Gallimard, 1953. (Pléiade).
Gallimard, 1953. (Pléiade).
______. Discursos do Método; Meditações metafísicas; Objeções e
Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de Gilles-Gaston
Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg), Bento Prado
J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).
______. O
mundo (ou Tratado da luz) e O Homem. Apêndices, tradução e
notas: César Augusto Battisti, Marisa Carneiro de Oliveira Franco Donatelli.
Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.
DICTIONNAIRE Philosophique -
édition Garnier Frères (1878). Disponível em: https://fr.wikisource.org/wiki/Wikisource:Index_des_auteurs.
EPICTÉTE. Entretiens. Livre
I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.
_______. Epictetus Discourses. Trad.
Dobbin. Oxford: Clarendon,
2008.
______. O Encheirídion de Epicteto. Trad.
Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).
______. Testemunhos
e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS,
2008.
______. The Discourses
of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad.
Oldfather. Harvard: Loeb, 1928. https://www.loebclassics.com/
GAZOLLA,
Rachel. O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do
discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.
GUEROULT, M. Descartes
selon l’ordre des raisons. Paris: Aubier-Montaigne, 1955. 2v.
GILSON,
Étienne. O ser e a essência. São Paulo: Editora Paulus, 2016.
HADOT, Pierre. The
inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard
University Press, 2001.
HANH, Thich
Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
KANT, Immanuel.
Vorlesung über die philosophische Encyclopädie. In: Kant gesalmmelte
Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).
KEELING, Eva; PITTELOUD,
Lucca. Psychology and Ontology in Plato. Springer, 2019.
KING, C. Musonius
Rufus: Lectures and Sayings. CreateSpace Independent Publishing Platform,
2011.
LUTZ, C. Musonius
Rufus: the Roman Socrates. Yale Classical Studies 10 3-147,
1947.
MARCO
AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1)
RICOUER, Paul. Ser,
essência e substância em Platão e Aristóteles. São Paulo: Martins Fontes,
2014.
PLATÓN. Carta
VII, In: Diálogos VII (Dudosos, Apócrifos, Cartas). Madrid:
Gredos, 1992.
SCHLEIERMACHER, F. D.
E. Introdução aos Diálogos de Platão. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG,
2018.
TEIXEIRA, L. Ensaio
sobre a Moral de Descartes. 1955. 222p. Tese (Cátedra) – Faculdade de
Filosofia Ciências e Letras. São Paulo, 1955.
Nenhum comentário:
Postar um comentário