Acrescentando novos textos e traduções aos estudos:
“Os textos reunidos neste volume tentam trazer ao leitor documentos de um momento fecundíssimo da história da filosofia, aquele que vai da tentativa leibniziana de estabelecer uma teoria não quantitativa do espaço à descoberta da estética transcendental de Kant.”
“Os textos reunidos neste volume tentam trazer ao leitor documentos de um momento fecundíssimo da história da filosofia, aquele que vai da tentativa leibniziana de estabelecer uma teoria não quantitativa do espaço à descoberta da estética transcendental de Kant.”
“O propósito que norteou a compilação
deste volume foi reunir textos significativos que dessem conta de reconstituir
ao leitor o legado da Geometria da situação de Leibniz no século XVIII. A
publicação póstuma da Analysis situs de Leibniz só ocorreu em 1833 e deu ensejo
a importantes descobertas das matemáticas contemporâneas, como a Análise
Geométrica, de Hermann Grassmann, e a Geometria de posição, de Karl von Staudt,
ambas de 1847. Nos séculos XVII e XVIII, no entanto, com exceção de Christiaan
Huygens quase nenhum filósofo ou matemático importante chegou a conhecer algum
manuscrito que contivesse os rudimentos da nova Geometria que Leibniz pretendia
instituir. Menções diversas na correspondência de Leibniz e referências na obra
de Christian Wolff cingiram o projeto com a aura da curiosidade. Pode-se
imaginar a atração exercida por uma invenção inacabada, anunciada por um grande
cientista que se credenciara com soluções para problemas altamente complexos da
Matemática, como a Quadratura do círculo e o Cálculo infinitesimal. O que mais
atraía interesse era a ideia de uma Geometria que, ao contrário da Análise
cartesiana, desprezava o cômputo das magnitudes. Os textos aqui reunidos tentam
recontar um pouco dessa história: de que maneira, mesmo sem ser conhecida, a
concepção leibniziana do espaço como posição se transformou numa heurística em
Christian Wolff, Euler (que defendia uma concepção mais newtoniana de espaço e
tempo), Lambert, Buffon e Kant. O espaço enquanto paradigma para se orientar no
pensamento: o título do opúsculo de Kant é o mote desta pequena antologia[1].”
LEIBNIZ, G.W; WOLFF, C; EULER, L.P; BUFFON,
G.-L; LAMBERT, J. H; KANT, I. Espaço e pensamento: textos escolhidos. Organização de
Márcio Suzuki (Org.). Tradução de Márcio Suzuki e Outros. São Paulo: Editora
Clandestina, 2019. 286.
[1] "Este trabalho é parcialmente
resultado do projeto de pesquisa “Crítica e Representação”, coordenado por
Paulo Licht dos Santos, que obteve financiamento do CNPq, pelo edital
454755/2014-7. Também é parte de um trabalho desenvolvido pelo organizador com
apoio de Bolsa de Produtividade em Pesquisa do mesmo CNPq."
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