A partir da releitura
do “Problema XXX” em
Aristóteles (em 2018), estou estudando a tradição filosófica sobre esse problema, na tentativa de apreender a
própria visão da época sobre o conceito de μέλαινα χολὴ e após exposição desse,
qual seria a resposta de Aristóteles e
uma possível evolução do conceito após suas reflexões.
A isso, acrescentei,
retomando leituras kierkegaardianas que
fiz em 1992, de um autor que tenho lido com mais frequência também: Rollo May, no que ele apresenta de
influência da obra de S. A. Kierkegaard,
que despertou meu interesse para o “Conceito
de angústia”, “Temor e tremor”, e
a “Psicologia do dilema humano”. Só,
mais recentemente, em 2019, tive acesso a outra obra: “As obras do amor”, inclusive acompanhando um grupo de pesquisas da Argentina sobre temas em Kierkegaard.
Hoje, prosseguindo, numa das pausas da pesquisa, li “História da Melancolia” (Cordás; Emílio,
2016).
A obra interessou-me à
medida que me permitiu analisar o tema em relação ao que apontei acima, tanto
sobre autores quanto sobre os temas. E, ela tem como objetivo o que está
delineado na sinopse do livro:
“Doença,
loucura, melancolia e depressão são palavras cujos significados e percepções
são historicamente construídos e, portanto, mutáveis, refletindo e evidenciando
formas de pensar. Com linguagem acessível, mas sem deixar de lado a qualidade
das informações e das reflexões propostas, os autores deste livro apresentam e
analisam, a partir dos conhecimentos tanto da psiquiatria como da história, as
ideias que influenciaram a compreensão da melancolia na civilização ocidental,
da mitologia clássica até o DSM-5.”
(a referência completa, seguirá
abaixo).
O que pude perceber até
aqui, com as leituras, é que o problema
ainda está em aberto.
As soluções que se tem apresentado ainda não resolveram uma série de
questões.
O meu interesse, naturalmente, é filosófico,
mas tenho acompanhado atentamente as discussões do ponto de vista dos avanços
atuais, tanto na pesquisa médica, Nenriciências e da Psiquiatria,
sobre esta questão quanto aos avanços na área da Psicologia e na própria Filosofia.
Algumas das leituras
resultam breves apontamentos como estes que anoto aqui.
Voltemos ao trabalho!
______.
ARISTÓTELES. Obras Completas. - Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. Lisboa: INCM - Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa: 2005.
______. O homem de gênio e a melancolia. São
Paulo: Nova Aguilar, 2009.
CODÁS, Táki Athanássios; EMÍLIO, Matheus Schumaker. História da melancolia. Proto Alegre, RS: Artmed, 2016.
KIERKEGAARD, S. A. O desespero humano: doença
até a morte. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
______. O desespero humano: São Paulo: Ed.
UNESP, 2010.
______. Do desespero silencioso ao elogio do amor
desinteressado.(Org. Alvaro Valls). Escritos, 2004.
______. As obras do amor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
______. O conceito de angústia. 3. ed. Trad.
Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.
MAY. Rollo. May, R.,
Angel, E., & Ellenberger, H. (Orgs.). Existencia: nueva dimension em
psiquiatría y psicología. Madrid, Editorial Gredos, 1977.
______. (Org.). Psicologia existencial. Rio
de Janeiro: Globo, 1980.
______. A descoberta do ser. São Paulo:
Rocco, 1988.
______. O homem à procura de si mesmo. São
Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.
______. Psicologia
do dilema humano. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
PONTE, Carlos Roger Sales
da; SOUSA, Hudsson Lima de. Reflexões críticas acerca da psicologia
existencial de Rollo May. Rev. abordagem gestalt., Goiânia ,
v. 17, n. 1, p. 47-58, jun. 2011. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672011000100008&lng=pt&nrm=iso>.acessos
em 17 ago. 2019.
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