quinta-feira, 22 de abril de 2021

REFLEXÃO MATINAL LXXXII: SOBRE "BENS INTERIORES" E A "CONQUISTA DA FELICIDADE"

(IMAGEM: "Pinterest")

Uma brevíssima reflexão sobre "buscas interiores”; para os dias que seguem.

"Que queres? Continuar a viver? Isto é, sentir, desejar, desenvolver-te e depois degenerar, falar, pensar? De tudo isto que te parece mais digno da tua aspiração? E, se tudo é desprezível, dirige-te ao fim supremo: obedecer à razão e a Deus. Porém, há contradição em desprezarmos tudo isto e nos afligirmos quando a morte no-lo arrebata." (MARCO AURÉLIO. Meditações. XII : 31)

Sobre o "fim supremo: obedecer à razão..." e sobre conquista da felicidade...

“Em A conquista da felicidade, o filósofo Bertrand Russell buscou diagnosticar as inúmeras causas da infelicidade na vida moderna, traçando um caminho para escapar do mal-estar aparentemente inevitável que predomina mesmo em sociedades prósperas. Que o leitor não espere, como o autor adverte no prefácio, erudições profundas: o que move esta obra é a convicção de que, com um pouco de esforço bem-orientado, é possível chegar à felicidade. Escrito originalmente em 1930, este pequeno livro permanece atual — e muito necessário.” (RUSSEL, A conquista da felicidade, 2015)

Rejeitar a influência de sentimentos externos, que os estoicos, consideravam como sentimentos nocivos ao pleno exercício racional, por exemplo: paixão, luxúria, etc. Tidos como vícios causadores de males que dificultam o homem na tomada de decisões de forma lógica e racional.

Portanto,

 Como poderíamos nos tornar prudentes se tivéssemos chegado ao reconhecimento de quais coisas sejam verdadeiros bens e quais sejam males, mas se nunca tivéssemos praticado o desprezo às coisas que somente aparentam ser boas? Por conseguinte, logo após o aprendizado das lições apropriadas para toda e qualquer excelência, um treino prático deve seguir invariavelmente, se de fato esperamos tirar algum benefício das lições que acabamos de aprender. [EPICTETO. Diatribes, VI]”

Nesse ponto o de que se trata é um esforço em viver sempre de acordo com a natureza, sempre agindo como um ser dotado de plena autarquia; senhor de si mesmo. Pois, o homem, como ser racional que é, deve fazer de suas próprias virtudes a conquista do objetivo maior que é a plena felicidade

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