sábado, 26 de junho de 2021

REFLEXÕES SOBRE "METAFÍSICA" E "CIENTIFICISMO"


Acabei de ler esse livro, na pausa de hoje, aproveitando momentos de estabilidade em relação à saúde física.
A princípio me interessei pelo tema "metafísica e ciências naturais". Lendo o livro percebi vários pontos interessantes para a discussões sobre "cientificismo".

Basicamente: 

"O Estado atual das ciências naturais exige uma nova reflexão metafísica acerca de alguns de seus pressupostos básicos e sobre as mudanças de perspectiva filosófica que eles parecem demandar. Este livro não pretende dar uma visão panorâmica do estado atual das ciências, mas recuperar alguns princípios reguladores na reflexão sobre a atividade científica. O autor defende, por um lado, a metafísica clássica contra interpretações errôneas da ciência moderna e contra a ideologia cientificista; e por outro lado, advoga a favor da ciência, contra um tipo de neo-sofística que, baseada em construções não-euclideanas da geometria ou não-newtonianas da física, pretende negar que a mente humana possa alcançar a verdade."

(grifos e destaques meus)

Pelos temas, pela relação com o que tenho lido frequentemente, uma leitura agradável.


______.
CASANOVA, Carlos A. Física e realidade: reflexões metafísicas sobre a ciência natural. Campinas, SP: Vide Editorial, 2014.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

EVENTO NUPES-UFJF 2021: CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE

 



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sábado, 19 de junho de 2021

MEDICINA, RELIGIÃO E SAÚDE MENTAL


Relendo este livro que li em 2015. Do autor, tenho lido muito do que tem produzido sobre o tema “espiritualidade e saúde” e sempre cito aqui no blog...

“Em Medicina, religião e saúde, Dr. Harold G. Koenig, a maior autoridade mundial no campo da espiritualidade e sua influência sobre a saúde, apresenta um panorama das últimas pesquisas na área, mostrando a importância que as emoções têm sobre os sistemas de cura do corpo. De maneira abrangente, objetiva e acessível aos não especialistas e leitores em geral, Dr. Koenig recupera a história deste relativamente novo campo de estudo, destaca as maiores tendências e explora as grandes polêmicas. Medicina, religião e saúde lança uma nova luz sobre esta fascinante discussão e será bem-vindo nas estantes de quem busca uma explicação para esses fenômenos, enfocados agora sob o olhar da ciência.

Dr. Harold G. Koenig é diretor do Centro para Teologia, Espiritualidade e Saúde e Professor de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da Duke University, nos Estados Unidos. Fez sua formação na Universidade de Stanford e graduou-se em medicina na Universidade da Califórnia, em São Francisco. Dr. Koenig é o maior especialista no campo da espiritualidade e sua influência sobre a saúde, com mais de 40 livros, 300 artigos científicos e 60 capítulos de livros publicados. Suas contribuições demonstram cada vez mais o encontro da ciência com a espiritualidade.”

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KOENIG, Harold. Handbook of Religion and Mental Health. Academic Press, 1998.

______. Handbook of Religion and Mental Health. 2. ed. Oxford University Press, 2012.

______. Medicina, religião e saúde: o encontro da ciência e da espiritualidade. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

ÉTICA, BIOÉTICA, FILOSOFIA E CUIDADOS: REFLEXÕES SOBRE "FINITUDE" (II)


(IMAGEM: "Pinterest")

Desde os primeiros apontamentos, para um texto em construção. 

Aqui, acrescentando bibliografia:

Mais uma vez, voltando ao tema; após ter relido Platão e alguns de seus comentadores sobre o tema da "finitude" em Filosofia; e em seguida, passando, claro, por Montaigne, Descartes, Kant, Kierkegaard, Heidegger, Frankl reli alguns outros livros, recentemente, tratando da necessidade de reflexões sobre a importância da abordagem de temas centrais em Ética, Bioética, Saúde e temas correlatos, como por exemplo: “diretivas antecipadas de vontade” e “espiritualidade e saúde”, em relação a pacientes nas condições tratadas nos livros, como um convite para desenvolvimento da ciência no sentido dessas reflexões: "o fim da vida" e o "processo da morte". Mantidas minhas posições em relação ao tema, sempre procurando os “contrapontos” para aprofundamento. 

E, mais:

Sem fugir jamais dos temas que tenho estudado e comentado aqui, hoje o tema, de enormes implicações filosóficas e até éticas; que aqui destaco, partindo das notícias que me chegam através das várias publicações de resultados nas ciências.

Enfim, a ciência, como já se sabe, desde que surgiu, na era moderna, tem avançado e são inúmeras as conquistas na área. São perceptíveis na sua evolução, várias conquistas e tem se somado um número crescente de “evidências empíricas”. O que se espera com o avanço cada vez maior nas pesquisas, com a melhoria de recursos e novas "descobertas" e abordagens é que seja um campo em que predomine o debate aberto, sem intransigências.

O que aparece nesse breve texto que pretendo desenvolver aqui, nada mais que anotações de leitura que tenho feito, apontando os avanços na ciência e um certo vínculo com investigações recentes na área de saúde mental; algumas desde o final do século XIX e início do século XX, juntam-se às anteriores ou as superam e corrigem; e são crescentes e bastante significativas.

O que ressalto do que tenho lido, desde há algum tempo; são tópicos que discutem a necessidade de compreensão das pesquisas atuais, dos avanços, das constatações e revisão de alguns percursos a serem retomados e repensados no sentido de destacar uma transição que alguns já defendem e tem pesquisas bem consolidadas na área, e com resultados positivos abrindo mesmo possibilidades para inserção de temas sobre “espiritualidade e saúde”.

O foco fundamental, portanto, é uma análise (em andamento) das discussões sobre o modelo materialista de ciência que sempre foi a tônica dominante, mas que não conseguiu explicações para alguns avanços e novos achados empíricos no domínio da "consciência" e da "espiritualidade", e no que se refere à "finitude", por exemplo. Nesse sentido, alguns desses autores que tenho estudado, entre eles o que citei abaixo; procurando entender o que eles trazem de novidade e postando aqui brevíssimas “resenhas” a partir do que li, estou lendo ou relendo o tempo todo e vou aferindo o que tem sido publicado.

______.

ABDALA, Almir. A morte em Heidegger. São Paulo: Paco Editorial, 2017.

ARCHER-HIND, R. D. Phaedo. Introduction, notes and appendices. London, Macmillan and Co, 1883.

AZEVEDO, Maria Teresa Schiappa. Fédon: Introdução, tradução e notas. Coimbra, 1983. BURGER, Ronna. The Phaedo. A platonic labirynth. Yale University Press, 1984.

BURNET, John. Plato´s Phaedo. Oxford, 1986.

BUCHENAU, Stefanie (1969- ) Entre medicina e filosofia: Sulzer; Herder; Kant; Maimon. — São Paulo: Editora Clandestina, 2019. 178 p.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

DICK, Corey. Early Modern German Philosophy (1690-1750). OUP. Oxford University Press, 2010.

DINUCCI, Aldo. A bela morte é o fim da bela vida de Sócrates. Aisthe, 1(2), 155-159, 2008. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/Aisthe/article/view/5172. Acesso em 17 de junho de 2021.

COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 2009. 

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

DIXSAUT, M. Phédon. Traduction, introduction et notes, Flammarion, Paris, 1991.

FRANKL, Viktor. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

______. Yes to life: in spite of everything. Beacon Presss, 2020.

______. Em busca de sentido. 25. ed. - São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. O Sofrimento humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

______. The doctor and the soul: from psycotherapy to logotherapy. New york: Bantam Books, 1955.

______. Psycotherapy and existencialism: selected papers on logotherapy. New York: Simon and Schuster, 1970.

______. Angst und Zwang. Acta  Psychotherapeutica, I, 1953, pp. 111-120.

GALENO. On the passions and errors of the soul. Translated by Paul W . Harkins with an introduction and interpretation by Walter Riese. Ohio State University Press, 1963.

GALLOP, D. Phaedo. Oxford University Press, 1975.

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

GOLDSCHIMIT, Victor. A religião de Platão. São Paulo: Difusão Européia do livro, 1963.

HACKFORTH, R. Plato´s Phaedo. Translation with introduction and commentary. Cambridge University Press, 1955.

HADOT, Pierre. O que é filosofia antiga? São Paulo: Edições Loyola, 2011.

HEIDEGGER, M. Sein und Zeit. Tübingen: M. Niemeyer, 1986.

______. Ser e Tempo. Trad. Fausto Castilho. Campinas - SP: Ed. Unicamp, 2012

______. Que é metafisica? Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1989. (Os Pensadores).

______. Kant y el Problema de la Metafísica. 3. ed. México: Fondo de Cultura Econômica, 1996.

______. A questão da técnica. Scientiæ & Studia. São Paulo, v. 5, n. 3, p. 375-98, 2007.

JASPERS, Karl. Il medico nell'età della técnica. Con un saggio introduttivo di Umberto Galimberti. Milano: Raffaello Cortina Editore, 1991.

______. Der Arzt im technischen Zeitalter: Technik und Medizin. Arzt und Patient. Kritik der Psychotherapie. 2. ed. München: Piper, 1999.

______. Psicopatologia geral: psicologia compreensiva, explicativa e fenomenologia. São Paulo: Atheneu, 1979. (2 vols.)

______. Plato and Augustine. Edited by Hannah Arendt. Translated by Ralph Manheim. New York: Harvest Book, 1962.

______. Introdução ao pensamento filosófico. 16. ed. São Paulo: Cultirx, 1971.

KANT, Immanuel. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Fedhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006.

______. Crítica da razão prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

______. Lições sobre a doutrina filosófica da religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

______. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.

KANTERIAN, Edward. Kant, God and Metaphysics: the secret thorn. Routledge, 2017.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013.

KIEKEGAARD, S. A. O desespero humano: doença até a morte. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

______. O desespero humano: São Paulo: Ed. UNESP, 2010.

______. Do desespero silencioso ao elogio do amor desinteressado. (Org. Alvaro Valls). Escritos, 2004.

______. As obras do amor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. O conceito de angústia. 3. ed. Trad. Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.

KOENIG, Harold. Handbook of religion and mental health. Academic Press (1998).

______. Handbook of Religion and mental health. 2. ed. Oxford University Press. 2012.

______. Medicina, religião e saúde. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.

LAN, Conrad Eggers. Fédon. Introdução, tradução e notas. Buenos Aires: Eudeba, 2008.

LONG, A. A., The Cambridge companion to early greek philosophers. 1999.

LOPARIC, Zeljko. Ética e finitude. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Escuta, 2004.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: Dos pré-socráticos à Wittgeinstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002

NUNES, Carlos AlbertoIntrodução. In. PLATÃO. Fédon. Belém: Ed.UFPA, 2011.

NUSSBAUM, Martha C. The fragility of goodness: luck and ethics in Greek tragedy and philosophy. Cambridge University Press, Cambridge, 1986.

PERINI, Carla Corradi; PESSINI, Leo. Bioética, humanização e fim de vida: novos Olhares - Série Bioética Volume 8. Curitiba, PR: Editora CRV, 2018.

PETEET, John R. Depression and the soul: a guide to spiritually integrated treatment'. New York, NY: Brunner-Routledge, 2015.

______.  Doing the right thing: an approach to moral issues in mental health treatment. Washington, DC: American Psychiatric Association Publishing, 2004.

PLATÃO. As Leis e Epinomis. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2010.

________. Banquete, Fédon, Sofista e Político. Trad. José Cavalcante de Souza, Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Abril Cultural, 1972.

________. Crátilo. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: UFPA, 1973

________. Fedro, Cartas e Primeiro Alcibíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: ed. da Universidade Federal do Pará, 1975.

________. Fedro, Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton, Fédon. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2008.

________. Górgias, Eutidemo, Hípias Maior e Hípias Menor. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: EDIPRO, 2007.

________. Mênon. Trad. Maura Iglésias. Rio de Janeiro: Ed. PUC-RIO; São Paulo: Ed. Loyola, 2001.

________. Górgias, Protágoras. 3. ed. Trad. Carlos Alberto Nunes. Edição bilíngue; Belém, PA, 2021.

________. Mênon, Eutidemo. 3. ed. Trad. Carlos Alberto Nunes. Edição bilíngue; Belém, PA, 2021.

________. República de Platão. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2012.

________. Teeteto. Trad. Adriana Manuela Nogueira e Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

________. Timeu. Trad. Maria José Figueredo. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.

ROWE, C. J. Plato. Phaedo. Cambridge Greek and Latin classics, 2001.

SANTANA, Júlio César Batista; PESSINI, Leo; SÁ, Ana Cristina de. (Orgs.) Cuidados paliativos: uma reflexão bioética. Curitiba, PR, 2018.

SIQUEIRA-BATISTA, R., SCHRAM, F. R. (2004). A filosofia de Platão e o debate bioético sobre o fim da vida: interseções no campo da Saúde Pública. Cad. Saúde Pública, 20(3), 855-865. Disponível em https://scielosp.org/article/csp/2004.v20n3/855-865/. Acesso em 17 de agosto de 2021.

TORRES, José Carlos Brum (Org.). Manual de ética: questões de ética teórica e aplicada. Petrópolis, RJ: Vozes; Caxias do sul: Universidade de Caxias do Sul: BNDES, 2014.

TUGENDHAT, Ernst. Lições sobre ética. 5. ed. revista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

VERNANT, J. P. Entre Mito e Política. 2. ed. São Paulo: EdUSP, 2002.

_____________. Mito e Sociedade na Grécia Antiga. Rio de Janeiro: José Olympio: 1999.

_____________. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 2011.

WATANABE, Lygia Araújo. Platão, por mitos e hipóteses. São Paulo: Moderna, 1995.

WOOD Allen (editor); DI GIOVANNI (editor). Religion and rational theology. (The cambridge edition of the works of immanuel Kant), 2006.

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quinta-feira, 3 de junho de 2021

KANT SOBRE AUTOCONHECIMENTO E AUTOFORMAÇÃO: A NATUREZA DA EXPERIÊNCIA INTERIOR

 

Como tem acontecido de tempos para cá; aliás desde que iniciei os estudos da obra de Immanuel Kant, tenho reunido um conjunto de leituras sobre os principais temas que mais me interessam e que anoto aqui, nessa página, para mais fácil localização e retomada dos mesmos. Sempre mantendo o referencial básico para tais leituras, como é o caso aqui.

Recentemente, num dia como hoje, durante os estudos, tive acesso ao livro escrito por Katharina Kraus. Uma autora que estuda a obra de Immanuel Kant, que não conhecia e produziu essa obra focada numa abordagem da história da filosofia moderna, especialmente, na filosofia da mente e psicologia. Sua pesquisa atual diz respeito à concepção de autoconhecimento empírico de Kant, bem como à perspectiva da primeira pessoa, incluindo questões como seu status epistêmico especial, sua relação com a racionalidade e sua relevância para a psicologia científica. Além disso, ela também está interessada em filosofia da ciência, epistemologia e psicologia moral. Isso me fez ter interesse em acompanhar mais de perto essa produção. 

Aos estudos, portanto! Que seja proveitosa para a pesquisa mais esse contato. Ou pelo menos, para produção de um texto.

O livro:

KRAUS, Katharina. Kant on Self-Knowledge and Self-Formation. Cambridge University Press, 2020.

"Como um proeminente filósofo da Aufklärung , Kant - é sabido - convoca todos os humanos a formarem suas próprias opiniões, independentemente das restrições impostas a eles por outros. Dito isso, Kant enfoca a razão humana universal e pouco nos diz sobre o que nos torna pessoas individuais. Neste livro, Katharina T. Kraus explora a concepção especificamente kantiana de personalidade psicológica, explicando como, de acordo com Kant, passamos a nos conhecer como tais pessoas. Baseando-se nas obras críticas de Kant, bem como em seus Vorlesungen e Reflexionen, Kraus desenvolve a primeira concepção textualmente completa e sistematicamente coerente de nossa capacidade de fazer o que Kant chama de “experiência interna”. A concepção original de Kant de conhecimento e autoconstituição que ela propõe aborda questões atuais na filosofia da mente e será relevante para os debates filosóficos contemporâneos. Será do interesse de especialistas em história da filosofia, bem como de especialistas em filosofia da mente e psicologia.”

A autora: KATHARINA KRAUS

"Seus interesses de pesquisa estão centrados na história da filosofia moderna, especialmente Immanuel Kant, e na filosofia da mente e psicologia. Sua pesquisa atual diz respeito à concepção de autoconhecimento empírico de Kant, bem como à perspectiva da primeira pessoa, incluindo questões como seu status epistêmico especial, sua relação com a racionalidade e sua relevância para a psicologia científica. Além disso, ela também está interessada em filosofia da ciência, epistemologia e psicologia moral."

O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)

Recentemente, acrescentei, uma obra de  Alvin Plantinga  que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo:  onde está o ...