segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

LE SENS MORAL: UNE HISTOIRE DE LA PHILOSOPHIE MORAL DE LOCKE À KANT

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É, fundamental para os meus objetivos específicos, estudar esse período, dado que a “[...] menção à filosofia prática de Wolff, no prefácio da Fundamentação da metafísica dos costumes, não acontece sem razão. Segundo Henrich (1963, 421) e Schmucker, os dois mais notáveis intérpretes do desenvolvimento na segunda metade do séc. XX (1961, p. 30), o debate com a Filosofia prática universal de Wolff foi o ponto de partida para as primeiras reflexões morais kantianas.” (CUNHA, 2017, p. 25).

A isso acrescentei aqui, de Laurent Jaffro, essa obra que encontrei numa promoção, procurando por outras obras do período quando ainda havia uma livraria "Fnac" aqui por perto. Bons tempos em que era possível, para mim, circular pelas boas livrarias. 

“La formule "moral sense" dont l'invention précisément datée remonte à 1699, est devenue une locution du langage courant. Elle désigne essentiellement une sensibilité du sujet aux normes et une certaine capacité à discerner les qualités morales des actions. Ce volume porte sur la formation du concept de sens moral aux XVII et XVIIIe siècles, notamment dans la pensée britannique et sur sa transformation ou sa critique chez Hume, Adam Smith, Rousseau et Kant. On insiste sur les hésitations qui caractérisent la notion et engagent dès sa formation, sa réception contrastée dans la philosophie morale. Comment savons-nous distinguer le bien du mal, reconnaître que telle action est bonne ou telle règle juste ? Comme l'écrit Adam Smith, selon certains le principe de l'approbation est fondé sur un sentiment d'une nature originale, sur une faculté de perception particulière que l'esprit exerce au spectacle de certaines actions ou dispositions ... Ils lui donnent un nom particulier et l'appellent "sens moral". L'histoire moderne du sens moral, anglaise et surtout écossaise commence par un dilemme. L'obligation suppose une règle extérieurs à la conscience qui est obligée. Comment juger si nous ne disposons pas d'une règle de justice ? Mais les partisans du sens moral objectent : comment reconnaître et nous assuere que cette règle est bien juste, si nous n'avons pas d'abord la capacité de discerner ce qui est juste, indépendamment de l'obéissance à cette règle ? De deux choses l'une : soit nous sommes d'emblée et comme naturellement sensibles aux qualités morales, soit la moralité se réduit à la conformité à un univers de conventions. Cette notion est-elle autre chose qu'une chimère de moralistes ? Son étude permet de reconstituer une petite histoire de la philosophie morale et des polémiques qui l'animent au XVIIIe siècle depuis Cudworth et Locke, en passant par Shaftesbury, Bayle, Hutcheson, Hume et Smith jusqu'à Kant et Bentham et de dessiner les contours d'une nouvelle figure de la subjectivité.”

“A frase "senso moral", cuja invenção remonta a 1699, tornou-se uma frase na linguagem cotidiana. Essencialmente, designa a sensibilidade de um sujeito às normas e uma certa capacidade de discernir as qualidades morais das ações. Este volume trata da formação do conceito de senso moral nos séculos XVII e XVIII, particularmente no pensamento britânico e sua transformação ou crítica em Hume, Adam Smith, Rousseau e Kant. Insistimos nas hesitações que caracterizam a noção e se engajam desde sua formação, sua recepção contrastada na filosofia moral. Como saber distinguir o bem do mal, reconhecer que tal e tal ação é boa ou que tal regra é justa? Como Adam Smith escreve, de acordo com alguns, o princípio de aprovação é baseado em um sentimento de natureza original, em uma faculdade particular de percepção que a mente exerce no espetáculo de certas ações ou disposições ... Eles lhe dão um nome particular e chame-o de "senso moral". A história moderna do senso moral, inglês e especialmente escocês, começa com um dilema. A obrigação supõe uma regra externa à consciência que é obrigada. Como julgar se não temos uma regra de justiça? Mas os partidários do senso moral objetam: como reconhecer e nos assegurar que essa regra é de fato certa, se antes não temos a capacidade de discernir o que é certo, independentemente da obediência a essa regra? Uma de duas coisas: ou somos imediatamente e como se naturalmente sensíveis às qualidades morais, ou a moralidade é reduzida à conformidade a um universo de convenções. Essa noção é algo mais do que uma quimera de moralistas? Seu estudo nos permite reconstruir um pouco da história da filosofia moral e as controvérsias que a animam no século 18 de Cudworth e Locke, de Shaftesbury, Bayle, Hutcheson, Hume e Smith a Kant e Bentham e traçar os contornos de uma nova figura de subjetividade.”

(Grifos e destaques meus)

______.

ANTOGNAZZA, Maria Rosa. The Oxford Handbook of Leibniz. Oxford University Press, 2018.

BECKENKAMP, Joãosinho. Introdução à filosofia crítica de Kant. Editora UFMG,  2017.

BUTLER, J; CLARKE, S; HUTCHESON, F; MANDEVILLE, B; SHAFTESBURY, L; WOLLASTON, W. Filosofia moral britânica: textos do Século XVIII. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2014.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant: o desenvolvimento moral pré-crítico em sua relação com a teodiceia. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

______. Lições sobre a doutrina filosófica da religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

GUYER, PAUL. The Cambridge companion to Kant. Cambrridge University Press, UK, 1992.

HÖFFE, Otfriede. Immanuel Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

______. Immanuel Kant. München: C. H. Beck, 2004.

______. Kant: crítica da razão pura: os fundamentos da filosofia moderna. São Paulo: Edições Loyola, 2013.

JAFFRO, Laurent. (Coord.) Le sens moral: une histoire de la philosophie morale de Locke à Kant. Paris: PUF, 2000.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Dissertação de 1770. De mundi sensibilis atque inteligibilis forma et principio. Akademie-Ausgabe. Trad. Acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. Trad., apres. e notas de L. R. dos Santos. Lisboa: Imprensa Casa da Moeda. FCSH da Universidade de Lisboa, 1985.

______. Prolegômenos a qualquer metafísica futura que possa apresentar-se como ciência. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2014)

______. Prolegômenos a toda metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1982

LEFÈVRE, Wolfgang. (Editor) Between Leibniz, Newton, and Kant: philosophy and science in the eighteenth century. Springer; Softcover reprint of the original 1st ed. 2001 edição, 2011.

LEIBNIZ. G. W. Novos ensaios sobre o entendimento humano. Lisboa: Edições Colibri, 1993.

______. Ensaios de teodicéia. São Paulo: Estação Liberdade, 2013.

______; WOLFF, C; EULER, L.P; BUFFON, G.-L; LAMBERT, J. H; KANT, I. Espaço e pensamento: textos escolhidos. Organização de Márcio Suzuki (Org.). Tradução de Márcio Suzuki e Outros. São Paulo: Editora Clandestina, 2019. 286.

LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2012. 

PHILONENKO, Alexis. L'Oeuvre de Kant: la philosophie critique. Tome I. J. Vrin, 1996. (col. Bibliothèque d'histoire de la philosophie).

RATEAU, Paul. Leibniz on the Problem of Evil, Oxford University Press, 2019.

WATKINS, Eric. Kant and the sciences. Oxford University Press, 2001.

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