"Be
at war with your vices, at peace with your neighbors, and let every new year
find you a better man."
"Esteja
em guerra com seus vícios, em paz com seus vizinhos e deixe que cada novo ano
te encontre como um homem melhor." (Benjamin Franklin, leitor dos
estoicos)
E, na
hora do primeiro cafezinho, concluí uma leitura bem interessante!
Instigado
ainda pela grande quantidade de comentários em várias postagens nas "redes
sociais" desde 02 de abril deste ano que terminou, vi-me, nos últimos 3
dias, entre leituras sistemáticas e pausas propedêuticas sobre
o tema, sobretudo, profiláticas quanto à ordem das coisas por
aqui, relendo alguns textos sobre o tema desse breve apontamento (entre eles um
breve retorno a "Um antropólogo em Marte", num brevíssimo
intervalo nas leituras referentes à pesquisa, como sempre faço. Este livro,
desde a primeira vez que li, interessou-me bastante os tópicos que estão na
página 246 até a página 295 e também da página 332 até a p. 333),
livrinho que li em 2006, como já anotei aqui nesse blog em abril de 2021.
Aqui,
agora, terminei este, da historiadora Edith Sheffer:
“Em Crianças
de Asperger, a premiada historiadora Edith Sheffer mostra
que Hans Asperger, até então celebrado pelo pioneirismo no estudo
do autismo e da síndrome que leva seu nome, não apenas esteve
envolvido nas políticas raciais do Terceiro Reich de Hitler como foi cúmplice
no assassinato de crianças. Uma história abrangente das ligações entre o
autismo e o nazismo, e de como os diagnósticos refletem os valores, as
preocupações e as esperanças de uma sociedade. O regime nazista massacrou
milhões na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, classificando as pessoas de
acordo com raça, religião, comportamento e condição física para tratamento e
eliminação. Os psiquiatras nazistas tinham como alvo crianças com diferentes
tipos de deficiência - especialmente aquelas que demonstravam déficit de
habilidades sociais -, alegando que o Reich não tinha lugar para elas. Hans
Asperger e seu colega austríaco Leo Kanner foram os
primeiros médicos a introduzir o termo "autismo" como diagnóstico
independente para descrever certas características do distanciamento
social. Asperger e seus colegas de fato se esforçaram em proporcionar
cuidado individualizado para estimular o crescimento cognitivo e emocional de
crianças que estariam na ponta "favorável" do espectro autista; no
entanto, transferiram outras, que consideraram intratáveis, para o Spiegelgrund,
um dos mais letais centros de extermínio de crianças do Reich.O objetivo desta
história, segundo a autora, não é acusar nenhuma figura particular nem minar a
discussão política sobre neurodiversidade inspirada pela obra
de Asperger; é antes uma advertência a serviço da neurodiversidade,
revelando como os diagnósticos podem ser moldados por forças sociais e
políticas - e como pode ser difícil perceber e combater essas forças. Crianças
de Asperger nos leva a repensar como as sociedades avaliam, rotulam e
tratam os indivíduos diagnosticados com algum tipo de deficiência.”
(Grifos e destaques meus)
Agora,
voltando ao trabalho, de sempre!
______.
Para saber mais:
BIBLIOGRAFIA
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transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
ASPERGER. Hans. "Autistic
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1991.
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ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.
HEIJDER, Was Beethoven een asperger?: een 21ste-eeuwse visie op een 19de-eeuws genie. Uitgeverij Ludwig, 2016
______. Beethoven: the Asperger connection. Independently Published, 2020.
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Jacquet-Tisseau. Paris, Éditions de L’orante,
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conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa
direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de Virgilius
Haufniensis. Tradução e Posfácio Álvaro Luiz Montenegro Valls. 3. edição,
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na Viena nazista. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2019.
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children: the origins of autism in nazi Vienna. W. W. Norton &
Company. Illustrated edition, 2018.
SWAFFORD, Jan. Beethoven: angústia e triunfo. Amarilys, 2017.
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