Mais uma obra acrescentada à extensa Bibliografia.
Lendo atentamente, estudando!
De bastante relevância, para o que se
pretende e se trabalha por aqui nessa página, traz vários elementos
da filosofia kantiana, desdobra-se para temas da “Filosofia clássica alemã”, vai a Schelling e
os demais idealistas alemães. Temas sobre os quais tenho me dedicado e pretendo refletir e escrever em
momento oportuno.
“Karl Ameriks é professor de filosofia na
Universidade de Notre Dame. Autor da Teoria da Mente de Kant, ele é
ex-presidente da North American Kant Society. Dieter Sturma leciona na
Universidade de Luneburg, na Alemanha, e é autor de Kant on Self-Consciousness.”
...
“Karl Ameriks is
Professor of Philosophy at the University of Notre Dame. Author of Kant's
Theory of Mind, he is a past president of the North American Kant
Society. Dieter Sturma teaches at Luneburg University in Germany, and
is author of Kant über Selbstbewusstsein.”
______.
Em síntese...
O PROJETO DO SUJEITO MODERNO: CONCEPÇÕES DE SI MESMO NA FILOSOFIA CLÁSSICA ALEMÃ - Dieter Sturma/Karl Ameriks:
“A era da filosofia clássica alemã, de Kant a Hegel, é única na história das teorias filosóficas. Em apenas quarenta anos surgiram: as principais obras de Kant, a Filosofia Elementar de Reinhold, o Wissenschaftslehre de Fichte, as obras filosóficas dos jovens kantianos e pós-kantianos, incluindo, ainda Hölderlin e Novalis, os sistemas idealistas de filósofos de Schelling a Hegel.
Além disso, pesquisas
recentes revelaram o significado filosófico de uma série de pensadores até
então pouco conhecidos no período de transição da filosofia
transcendental de Kant para o idealismo alemão.
Para uma grande variedade
de questões, a atenção filosófica atual também se concentrou no valor
argumentativo das ideias filosóficas desenvolvidas nesta época. O todo
potencial (que não é uma questão meramente quantitativa) deste período
certamente ainda não foi devidamente apreciado. Cada época coloca novas
questões, e um clássico Este período distingue-se pelo facto de, em
retrospectiva, poder ser apresentado em configurações intelectuais sempre novas
e, dessa forma, ser capaz de dar respostas sempre novas a questões mudando
perguntas. Este ponto emerge especialmente claramente no contexto dos problemas
da filosofia atual relativos ao sujeito e à subjetividade. Contra o pano de
fundo das tendências da filosofia atual, muito críticas e até antagônicas à
subjetividade.
A filosofia clássica
alemã assume um significado esmagador, porque desde o seu início, esta
filosofia combinou o que constrói e critica o ponto de vista da subjetividade. A
grande complexidade de seus argumentos sobre o assunto contrasta com a
filosofia atual, pois esses argumentos evitam os exageros de pronunciar uma
a morte do sujeito ou a inevitabilidade da sua descentralização ilimitada.
As diversas perspectivas
teóricas da filosofia clássica alemã distinguem-se porque abordam, de
maneiras muito diferentes, críticas justificadas à subjetividade e reivindicações
justificáveis de sua descentralização, mas sem com isso abrir mão da noção de
si mesmo.
Tendo como pano de fundo
esta constelação histórica e teoricamente complexa de questões do pensamento
idealista alemão, este volume assume a tarefa de apresentar novas
avaliações históricas dos movimentos filosóficos no período clássico alemão,
bem como uma reconsideração sistemática dos fundamentos do pensamento alemão
clássico e teorias sobre o assunto. Por trás do nosso título, O Sujeito
Moderno: Concepções de Si Mesmo na Filosofia Clássica Alemã, existe também
uma pesquisa transatlântica projeto realizado em conjunto por estudiosos
americanos e europeus da filosofia alemã. A sua ideia fundadora é a concepção
de um "workshop transatlântico" contínuo isso incluirá
atitudes e perspectivas provenientes de diferentes tradições e as trará para um
objeto comum de pesquisa. Desta forma, o tema deste projeto é programático.
Quaisquer que sejam as diferenças nas suas intenções teóricas, todos os
participantes concordam que respostas sistematicamente sustentáveis a
questões sobre o
O assunto deve ser
procurado não nas controvérsias que vão e voltam em nossa época sobre a
descentralização geral dos conceitos fundamentais da modernidade, mas sim em um
envolvimento argumentativo com as filosofias da subjetividade na era da
filosofia clássica alemã.
Os pontos principais da filosofia
da subjetividade na filosofia clássica alemã emergem principalmente
no contexto do estudo da história da filosofia, enquanto na nos esforços
sistemáticos da filosofia contemporânea, a invocação da filosofia clássica
alemã geralmente ocorre apenas com hesitação. As únicas exceções aqui são Kant,
que agora como antes é um ponto de referência comum para muitas orientações
filosóficas divergentes, e em parte Hegel, cuja influência na sociedade
anglo-americana contemporânea a filosofia permaneceu limitada principalmente à
filosofia social. Os outros grandes nomes deste período, como Reinhold, Fichte,
Hölderlin e Schelling aparecem em discussões sistemáticas apenas
ocasionalmente, na melhor das hipóteses.
Além disso, a filosofia
analítica que dominou o domínio anglo-americano durante tanto tempo teve
dificuldade em tematizar o self e a autoconsciência. Até quando
não seguiu interesses principalmente reducionistas, dificilmente tentou
aproximar-se das ideias dos filósofos clássicos alemães. No entanto, houve
alguns há indícios de que a recepção destes filósofos está claramente mudando,
pois o significado da teoria da subjetividade na filosofia clássica alemã não
permaneceu totalmente despercebido no contexto sistemático da filosofia
anglo-americana. Por exemplo, no trabalho de P. F. Strawson, Hector Neri
Castañeda, John Rawls e Charles Taylor [...]”.
AMERIKS, Karl; STURMA, Dieter. The modern subject: conceptions of the self in classical german philosophy. State University of New York Press, 1995.
Somente os grifos e destaques são meus.
...
______.
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