“Numa pequena seleção das
notas kantianas sobre ética, nas 'Reflexões de Filosofia Moral', já se
articula um discurso consistente acerca de uma moral puramente racional,
atenuam-se, do mesmo modo, as críticas kantianas à doutrina do sentimento
moral.”
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Refl. 6907.1776-78. Pr XIII (Immanuel Kant)
Refl. 6907.1776-78. Pr XIII (Immanuel Kant)
“A felicidade constitui-se de duas maneiras: ou aquela que é efeito do livre arbítrio de um ser racional em si, ou aquela que é um efeito contingente e externo dependente da natureza. Os seres racionais podem criar a felicidade verdadeira que é, sobretudo, independente da natureza, através de ações que estão dirigidas a eles mesmos e a outros reciprocamente. E sem isso a natureza não pode conceder felicidade genuína. Esta é a felicidade do mundo do entendimento. Por isso a representação da perfeição moral também nos comove. A saber, vemos que uma felicidade tão grande se baseia meramente na vontade. Não posso dizer que gostaria de ser demasiadamente bom apenas se os demais também quisessem, pois nesse caso alcançar o propósito não é possível. Eu devo buscar, da minha parte, alcançar o modelo da perfeição em um possível mundo bom. É bom em si mesmo aquilo que não depende meramente de condições contingentes, mas de meu arbítrio (AA 19:202-3).”
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