Sem fugir jamais dos temas que tenho
estudado e comentado aqui, hoje o tema, de enormes implicações filosóficas e até
éticas; que aqui destaco, partindo das notícias que me chegam através das várias publicações
de resultados nas ciências.
Enfim, a ciência, como já se sabe, desde que surgiu, na era moderna, tem avançado e são inúmeras as conquistas na área. São perceptíveis na sua evolução, várias conquistas e tem se somado um número crescente de “evidências empíricas”. O que se espera com o avanço cada vez maior nas pesquisas, com a melhoria de recursos e novas "descobertas" e abordagens é que seja um campo em que predomine o debate aberto, sem intransigências.
O que aparece nesse breve texto que escrevo aqui, nada mais que anotações de leitura que tenho feito, apontando os avanços na ciência e um certo vínculo com investigações recentes na área de saúde mental; algumas desde o final do século XIX e início do século XX, juntam-se às anteriores ou as superam e corrigem; e são crescentes e bastante significativas.
O que ressalto do que tenho lido, desde há algum tempo; são tópicos que discutem a necessidade de compreensão das pesquisas atuais, dos avanços, das constatações e revisão de alguns percursos a serem retomados e repensados no sentido de destacar uma transição que alguns já defendem e tem pesquisas bem consolidadas na área, e com resultados positivos abrindo mesmo possibilidades para inserção de temas sobre “espiritualidade e saúde”.
O foco fundamental, portanto, é uma análise das discussões sobre o modelo materialista de ciência que sempre foi a tônica dominante, mas que não conseguiu explicações para alguns avanços e novos achados empíricos no domínio da "consciência" e da "espiritualidade", por exemplo. Nesse sentido, alguns desses autores que tenho estudado, entre eles o que citei abaixo; procurando entender o que eles trazem de novidade e postando aqui brevíssimas “resenhas” a partir do que li, estou lendo ou relendo o tempo todo e vou aferindo o que tem sido publicado.
Em seu livro 'Depression and the soul: a guide to spiritually integrated treatment'. New York, NY: Brunner-Routledge, 2015, John R. Peteet, prova o velho ditado de que o melhor médico também é um filósofo. Ele considera como abordar o problema da depressão em um contexto maior e revisa os conceitos atuais de vida bem sucedida em relação ao coração (emoção e volição), a mente (cognição e enfrentamento) e a alma (o eu em relação à realidade transcendente ). Cada capítulo continua explorando a relação entre depressão e o contexto da vida inteira de um paciente. Isso é feito através da consideração de como as lutas existenciais dos indivíduos deprimidos envolvem suas vidas espirituais, revisando a literatura empírica atual sobre depressão e espiritualidade, comparando as perspectivas de várias tradições espirituais ou visões do mundo, e resumindo as formas em que a espiritualidade e a depressão interagem."
I.
a) Outro
livro, de John R. Peteet que estou lendo: "Doing the right thing: an approach to moral issues in mental
health treatment (2015)":
Apresentado
como "primeiro guia prático para lidar com as questões morais que os
médicos enfrentam regularmente em seu trabalho. Escrito para todos os profissionais de saúde mental, Fazendo a coisa
certa: uma abordagem para questões morais no tratamento de saúde mental oferece
uma estrutura para a tomada de decisões morais sobre o tratamento de pacientes
e para ajudar os pacientes a lidar com suas próprias preocupações morais. Com
base no pensamento atual em várias disciplinas, 'Fazer a coisa certa' introduz o conceito de funcionamento moral como
base para a influência terapêutica. Numerosos exemplos de casos ilustram
como avaliar a capacidade dos pacientes de funcionar moralmente. Saiba como são
desenvolvidas seis capacidades básicas necessárias para o funcionamento moral e
como identificar problemas no funcionamento moral de um indivíduo pode ajudar a
orientar a formulação de um plano de tratamento. - Tratar pacientes com problemas
de funcionamento moral. Apreciar quando é hora de deixar de lado a neutralidade
como uma postura terapêutica em favor de uma abordagem mais direta para ajudar
os pacientes a assumir compromissos morais, decisões e autoavaliações e
desenvolver o caráter moral. - Lidar com os aspectos morais da tomada de
decisão clínica - Desenvolver uma estrutura para fazer escolhas morais no
planejamento da direção do tratamento, enfrentando resistências e abordando
problemas no cuidado eficaz. - Ajude os pacientes a enfrentar os desafios
morais. Aprenda a levar em conta os seus próprios valores e os do paciente no
raciocínio por meio de dilemas morais. Entenda mais claramente como ajudar os
pacientes a lidar com a dor injusta causada por outras pessoas, bem como com a culpa
e a vergonha causadas por suas próprias falhas morais. - Desenvolver o
potencial terapêutico do crescimento, transformação e integração moral.
Descubra o papel de um clínico em ajudar pacientes desmoralizados a reformular
seus ideais para obter melhores resultados. Reconheça onde um paradigma moral é
útil para melhorar a prestação de cuidados de saúde mental. Conciso, claro e
clinicamente relevante, Fazer a coisa certa é um guia valioso e instigante para
profissionais de saúde mental novos e experientes que vivem e trabalham em um
ambiente moralmente complexo. Também é um excelente texto complementar para
cursos que tratam da prática da psicoterapia e dos aspectos éticos dos cuidados
em saúde mental."
Para saber mais:
b) VIDEO
NUPES/UFJF - Spiritually Integrated Treatment of Depression: A
Conceptual Framework: https://www.youtube.com/watch?v=RCNbTcjA_k0
c) Artigo: "Religiousness and Spiritual Support Among
Advanced Cancer Patients and Associations With End-of-Life Treatment
Preferences and Quality of Life": https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17290065
______.
______.
PETEET, John R. Depression
and the soul: a guide to spiritually integrated treatment. New York, NY:
Brunner-Routledge, 2015.
______. Doing the
right thing: an approach to moral issues in mental health treatment. Washington,
DC: American Psychiatric Association Publishing, 2004.
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