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“Conta-se
que Zenão de Cítio perdeu todos os seus bens num naufrágio.
Ao se dar
conta disso teria dito:
"A
sorte deseja que eu seja um filósofo com menos coisas a carregar."
Foi essa "reflexão matinal" de hoje, anotada aqui, somente agora.
Absolutamente fundamental que os esforços prossigam, afastando-se o mais possível dos discursos "vazios" (alguns até perniciosos), substituindo-os pela leitura das poucas obras e autores escolhidos para orientar-me os passos numa caminhada de Paz, que há algum tempo, é a tônica e se repete aqui, neste texto.
Absolutamente fundamental que os esforços prossigam, afastando-se o mais possível dos discursos "vazios" (alguns até perniciosos), substituindo-os pela leitura das poucas obras e autores escolhidos para orientar-me os passos numa caminhada de Paz, que há algum tempo, é a tônica e se repete aqui, neste texto.
Nas obras a que me
dedico, entre elas a de estoicos como Epictetus, Sêneca, Musonius Rufus,
descobri conceitos de profunda relevância prática. Entre eles: o de imperturbável
paz de espírito (ataraxia - Ἀταραξία)
É objetivo por aqui, a
serenidade e o autodomínio!
Tarefa obrigatória do (Prokopton – προκόπτον), com o firme propósito de compreender
que importa mesmo é internalizar a convicção de que a
real felicidade depende de uma escolha nossa, jamais de
coisas externas.
E, “Quando vires alguém aflito, chorando pela ausência do filho ou pela
perda de suas coisas, toma cuidado para que a representação de que ele esteja
envolto em males externos não te arrebate, mas tem prontamente à mão que não é
o acontecimento que o oprime (pois este não oprime outro), mas sim a opinião
sobre <o acontecimento>. No entanto, não hesites em solidarizar-te com
ele com tuas palavras e, caso caiba, em lamentar-te junto. Mas toma cuidado
para também não gemeres por dentro. (EPICTETO. Encheirídion, XVI, 2012)”
Ora, se buscamos (ataraxia - Ἀταραξία), não nos esqueçamos, de que entre os acontecimentos
externos, nada está sob nosso controle, portanto, nas adversidades, sempre a
disciplina a assegurar nossa prosoché, para que não nos afastemos
da Lei natural.
Acrescentando ainda, para
que estabeleçamos o nosso roteiro:
“Lembra que és um ator de uma peça teatral, tal como o quer o autor
<da peça>. Se ele a quiser breve, breve será. Se ele a quiser longa,
longa será. Se ele quiser que interpretes o papel de mendigo, é para que
interpretes esse papel com talento. <E, da mesma forma,> se <ele
quiser que interpretes o papel> de coxo, de magistrado, de homem comum. Pois isto é teu: interpretar belamente o papel que te é dado – mas escolhê-lo,
cabe a outro. (EPICTETO. Encheirídion,
XVI, 2012)”
______.
DESCARTES, René. Discursos do Método; Meditações; Objeções
e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de
Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J.
Guinsberg), Bento Prado Jr. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os
Pensadores).
DINUCCI, A.; JULIEN,
A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra:
Imprensa de Coimbra, 2014.
EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV.
Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.
______. Epictetus Discourses. Book I.
Trad. Dobbin. Oxford:
Clarendon, 2008.
______. O Encheirídion de Epicteto. Trad.
Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)
______. Testemunhos e Fragmentos. Trad.
Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.
EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as
reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather.
Harvard: Loeb, 1928. https://www.loebclassics.com/
HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations
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KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). ______. O livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (Q. 893-919: "As virtudes e os vícios”; “Paixões"; “Caracteres do homem de bem”; “Conhecimento de si mesmo” e 920-933: "Felicidade"; Q. 614-648: "Caracteres da Lei natural"; "Origem e conhecimento da Lei natural"; "O bem e o mal"; "Divisão da Lei natural". Q. 780 "Marcha do progresso" intelectual e moral).
KIERKEGAARD, S. A. As obras do amor. Trad. Alvaro
Valls. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
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