terça-feira, 28 de julho de 2020

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XXXVIII: "PROTREPTICUS" - EXORTAÇÃO À VIRTUDE

The Holy Hole in Achada de Santo Antão,  Portugal by Carlos Lopes (al-Rabuj on Flickr)

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Acabei de ler um pequeno livrinho; não o conhecia! Decidi por lê-lo, assim que terminou uma palestra  (on-line) aqui, no domingo (26.07), sobre “Fílon de Alexandria”, promovida pela “Cátedra Libre de Estudios Judíos "Moses Mendelssohn", de Buenos Aires, Argentina.

O contexto em que o texto surge, pelo que aprendi durante a exposição da professora, e constatei com a leitura é o das disputas teóricas na Academia de Platão (427-347 a. C.). Este pequeno livro, o Protrepticus de Aristóteles, teria sido escrito e dedicado ao rei Temisonte de Chipre.

É um obra em que Aristóteles apresenta, numa forma pedagógica, argumentos dialéticos a serem discutidos mesmo com não-filósofos. O método que Aristóteles usa é a busca por uma demonstração final com as conclusões preliminares

Protrepiticus (Protrepticus), é “gênero literário”  em que objetivo principal é a exortação à virtude, (conforme o grego: e, podendo se traduzir como: “incentivar, ir adiante”, ou pode ser entendida ainda como um  como convite.

Podendo ser entendido como um convite à vida contemplativa, para exercitar o uso do entendimento e sabedoria que, como o fim natural do homem é o bem maior a que se pode aspirar e tudo o que realmente torna a vida digna de se viver.

Assim. A razão mesma do próprio filosofar é da “própria natureza do homem, porque a sabedoria vem da última das faculdades da alma”.

Ou seja, a própria sabedoria constitui-se como fim da atividade da “alma”. O fim último do homem, porém, não está em mera contemplação da realidade das coisas, mas está mesmo, nos resultados alcançados através dessa “contemplação”.

Prossigo com a leitura.

______.

ARISTÓTELES. Protréptico: uma exhortación a la filosofia.  Madrid: Abada Editores, 2006. (edição bilíngüe em grego e espanhol)


domingo, 26 de julho de 2020

IMMANUEL KANT: SOBRE AS "FONTES DA METAFÍSICA" E A "DIALÉTICA DA RAZÃO PURA"

 Acrescentando, para possível leitura futura; assim que me for possível acesso a tal texto; por enquanto, já li a resenha que acrescentei ao final:

"Na Crítica da Razão Pura, Kant critica a metafísica tradicional e suas provas de imortalidade, livre arbítrio e existência de Deus. O que geralmente é esquecido é que Kant também explica porque os seres racionais devem fazer perguntas metafísicas sobre objetos "incondicionados", como almas, incausadas ou Deus, e por que as respostas a essas perguntas parecerão racionalmente convincentes para eles. Neste livro, Marcus Willaschek reconstrói e defende o relato de Kant das fontes racionais da metafísica. Depois de explicar cuidadosamente as concepções de razão e metafísica de Kant, ele oferece interpretações detalhadas das passagens relevantes da Crítica da razão pura (em particular, a 'Dialética Transcendental'), na qual Kant explica porque a razão busca 'o incondicionado'. Willaschek oferece uma nova interpretação da Dialética Transcendental, apontando seu lado "positivo", ao mesmo tempo em que descobre um relato altamente original do pensamento metafísico que será relevante para os debates filosóficos contemporâneos.

“In the Critique of Pure Reason, Kant famously criticizes traditional metaphysics and its proofs of immortality, free will and God's existence. What is often overlooked is that Kant also explains why rational beings must ask metaphysical questions about 'unconditioned' objects such as souls, uncaused causes or God, and why answers to these questions will appear rationally compelling to them. In this book, Marcus Willaschek reconstructs and defends Kant's account of the rational sources of metaphysics. After carefully explaining Kant's conceptions of reason and metaphysics, he offers detailed interpretations of the relevant passages from the Critique of Pure Reason (in particular, the 'Transcendental Dialectic') in which Kant explains why reason seeks 'the unconditioned'. Willaschek offers a novel interpretation of the Transcendental Dialectic, pointing up its 'positive' side, while at the same time it uncovers a highly original account of metaphysical thinking that will be relevant to contemporary philosophical debates.”

Link: (Resenha de Annapaola Varaschin. - Università degli Studi di Padova): 

http://universa.padovauniversitypress.it/system/files/papers/2020-1-23.pdf

Sobre o Autor:

Marcus Willaschek is Professor of Modern Philosophy at Johann Wolfgang Goethe-Universität Frankfurt. He is the author of Praktische Vernunft: Handlungstheorie und Moralbegründung bei Kant (1992) and Der Mentale Zugang Zur Welt: realismus, skeptizismus und intentionalität (2003), and an editor of the three-volume Kant-Lexikon (2017).

(Os grifos e destaques são meus)

______.

WILLASCHEK, Marcus. Kant on the sources of metaphysics: the dialectic of pure reason. Cambridge University Press, 2018


sábado, 25 de julho de 2020

MACHADO DE ASSIS NOS INTERVALOS (III)

Machado De Assis. A Loucura E As Leis (Em Portuguese do Brasil ...

Leitor frequente da obra de Machado de Assis, sempre tive muito interesse, exatamente nesses temas da "psiquiatria" no interior da obra machadiana. Tema que também estou estudando, durante as pausas da pesquisa, na obra do médico escritor Anton Pavlovitch Tcheckov, autor que li muito, na adolescência, e agora estou relendo com atenção voltada a esse mesmo tema.

“A riqueza da obra de Machado de Assis, maior clássico da literatura brasileira, continua surpreendente e ainda proporciona descobertas impressionantes para seus leitores e pesquisadores, em pleno século XXI. Estes breves ensaios sobre Direito, Psiquiatria e sociedade em 12 contos machadianos analisam, com leveza de estilo, aspectos inéditos destas pequenas obras-primas de Machado, que revelam mais uma vez toda a genialidade e pode visionário do bruxo do Cosme Velho. Os ensaios são acompanhados pelos textos originais dos contos, tornando a leitura uma incomparável possibilidade de mergulhar no universo machadiano.”

______.

BARROS, Daniel Martins de. Machado de Assis: loucura e as leis. São Paulo: Brasiliense, 2010.

CORDÁS, Táki Athanássios; BARROS, Daniel Martins de; GONZALEZ, Michele Oliveira. Personagens ou pacientes? 2: mais clássicos da literatura mundial para refletir sobre a natureza humana. Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

LEITE NETO, A.; CECÍLIO, A. L.; JAHN, H. (Orgs.). Machado de Assis: obra completa em quatro volumes. LEITE NETO, A.; CECÍLIO, A. L.; JAHN, H. (Orgs.). 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. 4v.

TCHÉCKOV Anton. Contos. Guerra N, Guerra F, tradutores. Lisboa: Relógio d’Água Editores; 2006. v. 6, p. 261-73.

______. A doctor’s visit. In: Coulehan J, editor. Tchékhov’s doctors: a collection of Tchékhov’s medical tales. Kent: Kent State University Press; 2003. p. 174-82.

______. Os males do tabaco. 2. ed. São Paulo: Ateliê, 2001.


sexta-feira, 24 de julho de 2020

REVISITANDO: ESTUDOS DE HISTÓRIA DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E FILOSÓFICO

1.Estudos de História do Pensamento Científico | Amazon.com.br2. 3.DO MUNDO FECHADO AO UNIVERSO INFINITO - 4ªED.(2006) - Alexandre ...

Terminei, há pouco, a releitura, numa pausa, alguns capítulos das obras abaixo. Selecionei alguns capítulos para reler e seguir associando com a temática em que estou mais dedicando tempo, atualmente. Que venham os resultados o mais breve possível.

Retomei essas leituras; estes textos, especificamente, para relembrar que, para Alexandre Koyré, as “formas mais elevadas” do pensamento humano - filosofia, ciência e teologia - se entrecruzam. Não se pode separá-las “em compartimentos estanques”. Dizia ele que Copérnico, Kepler, Newton, Galileu e Descartes, por exemplo, não lidavam apenas com questões científicas, mas tratavam de questões metafísicas e religiosas

É neste sentido que me vi envovido, mais uam vez com os textos, que meciono abaixo:

1.Alexandre Koyré nasceu na pequena cidade de Taganrog, na Rússia, em 1892.  Depois de lutar como voluntário na I Guerra Mundial, em solo russo, Alexandre Koyré formou-se em Filosofia, na França.   Este "Estudos de história do pensamento científico", obra densa e profunda, é o produto da perseverança do trabalho de investigação e pesquisa realizado por este insigne professor. Alexandre Koyré não se atém a conceitos estabelecidos: ele procura nos escritos consagrados o fio condutor que o leva ao conhecimento seguro, e ressalta, com justiça, as dificuldades técnicas da época em que inúmeras experiências científicas foram realizadas. Desse modo, Alexandre Koyré enaltece o esforço daqueles que projetaram essas experiências e expuseram com denodo as suas ideias e conclusões. A partir desse método, Alexandre Koyré derruba mitos e lendas, como o episódio da Torre de Pisa, cujo protagonista, Galileu, teria realizado uma experiência importante. A Torre de Pisa não caiu (provavelmente não cairá), mas a lenda que a imortalizou, essa Alexandre Koyré deitou por terra com humildade e sabedoria, privilégio daqueles que dedicaram suas vidas ao estudo e à reflexão.”

2. “A obra "Estudos de história do pensamento filosófico", de Alexandre Koyré, é o resultado de longos e perseverantes estudos deste competentíssimo mestre. Doutorado em França, tendo como um dos seus mentores o sempre respeitado Bergson, Alexandre Koyré logrou penetrar nos mais indecifráveis textos de alguns filósofos – impossível não nos lembrarmos de Hegel – e trazer à luz o que de melhor essas cabeças pensantes produziram de significativo para a Filosofia e o entendimento do mundo e da alma humana.   Alexandre Koyré, nascido em Tanganrog, na Rússia, aborda a ciência e a filosofia de um modo próprio, não lhes negando o fato de que a inseparabilidade entre as duas é um fator de conhecimento e aprimoramento de ambas, mormente quando se pensa no mundo moderno e suas vicissitudes latentes.    Estes Estudos, de suma importância para os cultores da Filosofia, ultrapassam os limites do conhecimento específico, ao aproximar de si  aqueles leitores ávidos do saber e contumazes em expandir seus horizontes.”

3. "No livro Do Mundo Fechado ao Universo Infinito, o autor exibe algumas de suas melhores análises dos grandes textos clássicos de Nicolau de Cusa, Bruno e Copérnico, Kepler e Galileu, Descartes, Leibniz e Newton. A escolha é fundamentalmente definida por terem eles centrado toda a sua obra na desmontagem e destruição da cosmologia antiga e medieval, substituindo-a pelo universo infinito com que se inaugura o saber moderno. Nesta obra, Koyré nos expõe a história apaixonante de uma tríplice revolução: teológica, filosófica e científica; e, ao fazê-lo, introduz o leitor no amplo quadro de suas análises histórico-conceituais."

______.

KOYRÉ, Alexandre. Estudos de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.

______. Estudos de história do pensamento filosófico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.

______. Do mundo fechado ao universo infinito.  Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.


REFLEXÃO MATINAL XLV: O DIFÍCIL CAMINHO ATÉ "SI MESMO"

Sete mil anos atrás, uma grande guerra devastou Keevard e destruiu o … #fantasia # Fantasia # amreading # books # wattpad
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Schwieriege wege führen oft zu schönen plätzen"

“Caminhos difíceis podem levar a belos lugares”


Entre as obras de grandes filósofos gregos, como Sócrates, Platão, Aristóteles; seus seguidores e críticos ao longo da história da filosofia, adotei algumas que passaram a fazer parte do cotidiano, para enfoque bem existencial e focado em perspectivas práticas. Usando-as, principalmente, no sentido de ferramentas para distanciamento dos absurdos que dizem e divulgam com nome de Filosofia.

De retorno, sempre, à leitura dos clássicos, de maneira o mais prudente possível - característica exigida a um  prokopton (προκόπτον) avançando por outros textos, sem nunca, ultrapassar no que mais me interessa com essas buscas, séc. XIX. O que veio depois, configurado como “contemporâneo” é parte do que dispenso e me afasto.

Entre os textos a que me refiro, para além de Sócrates, Platão e Aristóteles estão, alguns como: “O Encheirídion” de Epicteto, as “Meditações” do imperador Marco Aurélio e as “Cartas a Lucílio”, de Sêneca, autores que tenho estudado a partir da maneira que les conceberam suas filosofias, como “exercício” (conforme defende Hadot), como fim a ser buscado para mudança interior de quem se aplique em aprofundar-se no que entende, com eles, como reflexões filosóficas. Uma necessária chave de interpretação, ignorada por aqueles de quem faço questão de me afastar, por pretensões mais úteis a mim.

E, tem mais. A essas obras citadas, sempre acrescento outras na mesma linha de reflexão que se encaixam nas minhas pretensões. Tenho acrescentado alguns autores que de certa forma seguem nessa mesma direção, inclusive “contemporaneso”, desde que estejam sintonizados com os temas clássico citados nos autores já mencionados. Destes, e, entre suas estão: “The inner citadel”, de Pierre Hadot, “Meditação andando”, de Thich Nhat Hanh, “Pequeno tratado das grandes virtudes”, de André Comte-Sponville; ”Em busca de sentido” de Viktor Frankl, todos entre as honrosas exceções da literatura hodierna; e sempre mencionadas aqui, neste blog em que me exercito na escrita, após ter me convencido de que é necessário ser o mínimo se queremos ser mais. E, a chave é o “progresso moral”, a aquisição das grandes Virtudes. 

Portanto, desviando sempre o foco; por manutenção da Serenidade [εὐροίας], e da Paz [Ἀταραξία] conforme Epicteto (D. II.XVIII.28-29), prossigo, na “cura das paixões”. O fragmento abaixo, diz bem a que me refiro:

"E, caso escolheres ater-te sobretudo ao que é útil, não sintas aborrecimento diante das dificuldades, ponderando quantas coisas na vida já te ocorreram não como desejavas, mas como era útil." (Fragmento 27 - "ESTOBEU" 3.7.22 - Capítulo 7: "Sobre a Coragem").

Assim,

"Nada farei por causa da opinião alheia, mas tudo por força da consciência." (SÊNECA, Lucio Aneu. "Da vida feliz". XX, 4)

Pois,

"A prudência determina o que é necessário escolher e o que é necessário evitar." (Comte-Sponville)

Foi assim, após a “meditação da manhã”, estudando e escrevendo um capítulo de livro e revisando outros textos para submissão; aproveitando a pausa com a pesquisa principal que reli o trecho que segue abaixo, em que se nota o convite a estarmos atentos ao que realmente está ao nosso alcance e o que não é de nossa alçada, separando pacientemente uma coisa da outra para continuarmos o caminho nas correções. Convite sempre reiterado, na linha de interpretação do que escrevemos até aqui, neste texto. Cabendo-nos, observar que a prática visada concernente à filosofia moral aqui, numa perspectiva estoica, entre outras clássicas na filosofia, sempre ter como motivação a busca individual pela Virtude

"Para que suportemos mais facilmente e com mais zelo as penas que devemos enfrentar em vista da virtude e da perfeita honestidade, eis os raciocínios úteis que foram feitos. “A quantas penas alguns se submetem por causa dos seus maus desejos, como aqueles que amam sem freio, quantas penas outros suportam tendo em vista o ganho de dinheiro, quantos males alguns sofrem para conquistar reputação! E, no entanto, é voluntariamente que todas estas gentes suportam toda espécie de fadiga. Não é, pois, monstruoso que eles suportem tantos males por nada daquilo que é bom, e que nós não suportemos com solicitude e prontidão toda a fadiga pela perfeita honestidade, para evitar o vício que prejudica nossa vida, para adquirir a virtude que nos proporciona todos os bens?” (TÈLÈS et MUSONIUS, 1978).

(grifos e destaques meus)

 

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012).

CARLISLE, Claire. Philosopher of the heart: the restless life of Søren Kierkegaard. Londres: Penguin, 2020.

COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 2009. 

EPICTETO. Entretiens. Livre I. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

______. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments: Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

FRANKL, Viktor. O sofrimento humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

______. Em busca de sentido. 25. ed. - São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Yes to Life: In spite of everything. Beacon Press, 2020.

______. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

______. The doctor and the soul: from psycotherapy to logotherapy. New york: Bantam Books, 1955.

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

KIEKEGAARD, S. A. O desespero humano: doença até a morte. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

______. O desespero humano: São Paulo: Ed. UNESP, 2010.

______. Do desespero silencioso ao elogio do amor desinteressado. (Org. Alvaro Valls). Escritos, 2004.

______. As obras do amor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

______. O conceito de angústia. 3. ed. Trad. Alvaro Valls. Petrópolis, RJ, Vozes, 2015.

KING, C. Musonius Rufus: Lectures and Sayings. CreateSpace Independent Publishing Platform, 2011.

LONG, Georg. Discourses of Epictetus, with Encheiridion and fragments. Londres: Georg Bell and sons, 1890.

______. How to be free. Princeton, New Jersey:  Princeton University Press, 2018.

______. Epictetus: a stoic and socratic guide to life. New York: Oxford University Press. 2007.

LUTZ, C. Musonius Rufus: the Roman Socrates. Yale Classical Studies 10 3-147, 1947.

MAY. Rollo. May, R., Angel, E., & Ellenberger, H. (Orgs.). Existencia: nueva dimension em psiquiatría y psicología. Madrid, Editorial Gredos, 1977.

______. (Org.). Psicologia existencial. Rio de Janeiro: Globo, 1980.

______. A descoberta do ser. São Paulo: Rocco, 1988.

______. O homem à procura de si mesmo. São Paulo: Ed. Círculo do livro, 1992.

______. Psicologia do dilema humano. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

PRITCHARD, M. “Philosophy for Children”. Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2002. Acessado em 19 de agosto de 2019; fonte: http://plato.stanford.edu/entries/children/ .

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

TÈLÈS et MUSONIUS. Prédications. Trad. A. J. Festugière, Paris, Vrin, 1978.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

REFLEXÃO MATINAL XLIV: CAMINHOS DIFÍCEIS

A chuva não é pra ser caminhar de olhos fechados e sim de olhos abertos...a ponte mesmo com neblina, não dando pra enxergar, respiramos fundo e caminhamos, muita vezes a vida é assim: andar de olhos fechados numa corda bamba e não importa o resultado. Cresce faz parte e amadurecer também, estou cansada de andar.

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"Schwieriege wege führen oft zu schönen plätzen"

Caminhos difíceis podem levar a belos lugares


Sobre "o homem no mundo" (ESE), acrescento!

Entender isso é fundamental:

"Os ascetas, em qualquer latitude, não são indivíduos que não percebem o atrativo das alegrias terrenas; aliás, sentem tais solicitações em grau mais intenso que os outros. Se esta disciplina atingir o seu objetivo, o asceta encontrará na paz dos sentidos sob controle a possibilidade de contemplar com olhos serenos as coisas do mundo; e poderá avaliá-las com uma indulgência que a febre da luta ascética antes lhe proibia."

Grande Umberto Eco!

______.
PS: Li isso, há muito tempo. Um dia desses, um amigo postou aqui; custou-me lembrar onde eu li, mas logo o amigo me ajudou na lembrança e fui reler o texto... NovaMente!

 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XXXVII: VISÃO DE MUNDO - "WELTANSCHAUUNG"

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À medida que prossigo com a leitura dos textos produzidos pelos estoicos percebo uma abordagem mais focada na reflexão com fins práticos, para aplicação na vida cotidiana dos resultados a que se chegou refletindo.

Inegável a profundidade dos estoicos em temas mais voltados à ação do que à teoria do conhecimento e outros assuntos

Mais evidente ainda é que a atividade teórica dos estoicos está sempre situada numa abordagem que diverge profundamente da maneira com que se tem defendido o que seja a Filosofia atualmente, por exemplo.

Ora, desde Sócrates, portanto, levar a cabo uma atividade filosófica exige do seu praticante uma opção por um determinado “modo de viver” que está situado desde o início da atividade filosófica, sem foco inicial num objetivo a ser alcançado, pelo contrário, uma visão de mundo já deve estar na base da escolha deste determinado “modo de viver” em oposição a outras formas de agir e viver e, é esta que determina e dá os contornos daquilo que se pretende ensinar e como vai ensinar e, acima de tudo aprender.

Tomada a decisão, escolhido o caminho, tendo como ponto de partida uma tal "visão de mundo" a orientar cada passo; com "eustatheia" (tranquilidade) e "euthymia" (crença em si) deve-se, segundo os estoicos, prosseguir.

Vejamos, neste caso, Epicteto:

"Pergunte-se o seguinte no início da manhã:

O que está faltando para que eu me liberte da paixão?

E para alcançar a tranquilidade?

O que sou eu? 

Um corpo, um dono de propriedades ou uma reputação?

Nenhuma dessas coisas. 

O que, então? 

Um ser racional. 

O que, então, é exigido de mim? 

Meditar sobre as minhas ações.

Como eu me afastei da serenidade? 

O que eu fiz de hostil, indiferente e não-social?

O que eu falhei em fazer em todos esses momentos?”

...

Ademais, ainda numa recomendação "estoica", da manhã para a noite, e sobre isso, já encontrei proposta semelhante em autores como Agostinho de Hipona e outros, por exemplo.

E, nos “Versos dourados”, enquanto lia Hadot (1999) e EPICTÈTE (2002), recolhi esse preceito:

“Não deixe teu sono cair sobre seus olhos lassos

Antes de ter pesado todos os atos do dia:

Em que falhei? Que fiz, qual dever omiti?

Começa por aí e prossegue o exame: após o que

Condena o malfeito, alegra-te pelo Bem.”[1]

E, mais: lendo, também, nessa mesma perspectiva, numa outra abordagem para uma “visão de mundo”, temos as seguintes questões:

“Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?[2]

Um sábio da Antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima; porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?

“Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticou durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que fez, rogando a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?” Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.

“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas. Faça o balanço de seu dia moral, como o comerciante faz o de suas perdas e seus lucros; e eu vos asseguro que a primeira operação será mais proveitosa do que a segunda. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.

“Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Ora, que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.

SANTO AGOSTINHO

Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos.

A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que as máximas, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. Aquela exige respostas categóricas, por um sim ou um não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que são outros tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.”

Portanto, ainda mais do mesmo, o que se pretende como objetivo a partir da filosofia, e nisso está o foco principal, aqui, está bem sintetizado na obra de Epicteto, no capítulo LII, do seu Encheirídion como:

“O primeiro e mais necessário tópico da filosofia é o da aplicação dos princípios [...]

Repitamos sempre a cada passo e a cada dia, os nossos esforços. 

E, jamais nos rendamos às dificuldades.

 

Para estudar os temas pensados nessa “meditação retrospectiva noturna””, algumas indicações, abaixo, embasadas em tradições diversas:

 

______.

AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2017.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue).

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

FRANKL, Viktor. O sofrimento humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

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______. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

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HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

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KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (Q. 903-919)

PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglésias. Rio de Janeiro: Ed. PUC-RIO; São Paulo: Ed. Loyola, 2001.

________. República de Platão. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2012.

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SCHLEIERMACHER, F. D. E. Introdução aos Diálogos de Platão. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2018.



[1] (PORFÍRIO. "Vida de Pitágoras". § 40; Epicteto. Entretiens. III, 10. 3 (tradução para o francês: Souilhé)).

[2] KARDEC, A. Le Livre des Esprits. 2013. (Q.919-919a)

MORNING HOURS: LECTURES ON GOD’S EXISTENCE - MOSES MENDELSSOHN - “STUDIES IN GERMAN IDEALISM”


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Morning Hours é o último trabalho publicado por Moses Mendelssohn durante sua vida.

Publicado em Berlim no verão de 1785 como uma série de palestras realizadas ao amanhecer, é também a apresentação mais sustentada de suas visões epistemológicas e metafísicas, tudo elaborado no propósito de apresentar provas da existência de Deus.

Mas o Morning Hours é muito mais do que um tratado teórico na forma de palestras relatadas e diálogos ocasionais. O texto foi escrito no meio do Pantheismusstreit, a "disputa" de Mendelssohn com F. H. Jacobi sobre a natureza e a atitude de Lessing em relação a Spinoza e o "panteísmo". Como a última salva de uma guerra de textos com Jacobi, Morning Hours também é a tentativa de Mendelssohn de acertar as contas com Lessing, nesse sentido, demonstrando a importância da ausência de qualquer diferença prática entre o teísmo e um "panteísmo purificado". Mendelssohn apresenta Morning Hours como fruto de sua tentativa de introdução ao “conhecimento racional de Deus”.

Ostensivamente planejado como o primeiro de dois volumes (embora o segundo volume nunca tenha surgido), o texto é dividido em duas partes. Em uma carta de 5 de janeiro de 1784 a Elise Reimarus, Mendelssohn observa que o refutador do espinozismo teria que empreender o "trabalho de sísifo" pensando nos conceitos básicos de “substância, verdade, causa” - e, acima de tudo, “Existência objetiva” e como chegamos a eles.

Mendelssohn compromete-se pelo menos alguns desses trabalhos na primeira parte do Morning Hours, apelidados de “Preliminarconhecimento da verdade, semelhança e erro.Na segunda parte, “Doutrina científica conceitos da existência de Deus", Mendelssohn resolve suas contas com o espinozismo, esboça um "panteísmo purificado" e defende sua inocência, no caminho de apresentar as revisões de suas versões anteriores de provas e o que ele considerou uma nova prova da existência de Deus.

O principal objetivo da introdução a seguir é apresentar uma visão geral dos temas e argumentos de Morning Hours. Mas antes de voltar para essa visão geral, ele pode ser útil para situar o trabalho em relação a tais esforços anteriores, os seus próprios e outros, de seus contemporâneos.

No início do livro, Mendelssohn se esforça para informar ao leitor que, devido a uma doença nervosa, ele não acompanhou os desenvolvimentos mais recentes na filosofia e que o Morning Hours é baseado numa especulação metafísica, a qual, aparentemente não é mais a favor. Nisto, ele está se referindo ao tipo de metafísica em que tinha apresentado cerca de 20 anos antes em seus Philosophical Writings (1761, revisados em 1771), Sobre Evidências em Ciências Metafísicas (1764), e Phaedo: ou Sobre imortalidade da alma, em três diálogos (1767).

Nesses trabalhos anteriores, dedicou-se fortemente, mas não acriticamente, aos escritos de Leibniz e Wolf, Mendelssohn defendia uma ampla gama de temas: a compatibilidade da liberdade humana com a liberdade e harmonia pré-estabelecida, a identidade dos indiscerníveis, a existência e a simplicidade e imortalidade da alma. [...]”

______.

ANTOGNAZZA, Maria Rosa. The Oxford Handbook of Leibniz. Oxford University Press, 2018.

BUTLER, J; CLARKE, S; HUTCHESON, F; MANDEVILLE, B; SHAFTESBURY, L; WOLLASTON, W. Filosofia moral britânica: Textos do Século XVIII. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2014.

CUNHA, Bruno. A gênese da ética em Kant: o desenvolvimento moral pré-crítico em sua relação com a teodiceia. São Paulo: Editora LiberArs, 2017.

______. Lições sobre a doutrina filosófica da religião. Trad. Bruno Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido A. de. São Paulo: Discurso editoria: Barcarola, 2009.

______. Textos pré-críticos. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

______. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. A religião nos limites da simples razão. Edições 70, Lisboa, 1992.

LEIBNIZ. G. W. Novos ensaios sobre o entendimento humano. Lisboa: Edições Colibri, 1993.

MENDELSSOHN, Moses.  Morning hours: lectures on God's existence. Translated by Daniel O. Dahlstrom and Corey Dyck. Dordrecht Heidelberg London New York: Springer, 2011.


O SUPOSTO "CONFLITO CIÊNCIA X RELIGIÃO" (II)

Recentemente, acrescentei, uma obra de  Alvin Plantinga  que até recentemente não conhecia: “ Ciência, religião e naturalismo:  onde está o ...