terça-feira, 28 de julho de 2020

MEDITAÇÃO RETROSPECTIVA NOTURNA XXXVIII: "PROTREPTICUS" - EXORTAÇÃO À VIRTUDE

The Holy Hole in Achada de Santo Antão,  Portugal by Carlos Lopes (al-Rabuj on Flickr)

(IMAGEM: "Pinterest")

Acabei de ler um pequeno livrinho; não o conhecia! Decidi por lê-lo, assim que terminou uma palestra  (on-line) aqui, no domingo (26.07), sobre “Fílon de Alexandria”, promovida pela “Cátedra Libre de Estudios Judíos "Moses Mendelssohn", de Buenos Aires, Argentina.

O contexto em que o texto surge, pelo que aprendi durante a exposição da professora, e constatei com a leitura é o das disputas teóricas na Academia de Platão (427-347 a. C.). Este pequeno livro, o Protrepticus de Aristóteles, teria sido escrito e dedicado ao rei Temisonte de Chipre.

É um obra em que Aristóteles apresenta, numa forma pedagógica, argumentos dialéticos a serem discutidos mesmo com não-filósofos. O método que Aristóteles usa é a busca por uma demonstração final com as conclusões preliminares

Protrepiticus (Protrepticus), é “gênero literário”  em que objetivo principal é a exortação à virtude, (conforme o grego: e, podendo se traduzir como: “incentivar, ir adiante”, ou pode ser entendida ainda como um  como convite.

Podendo ser entendido como um convite à vida contemplativa, para exercitar o uso do entendimento e sabedoria que, como o fim natural do homem é o bem maior a que se pode aspirar e tudo o que realmente torna a vida digna de se viver.

Assim. A razão mesma do próprio filosofar é da “própria natureza do homem, porque a sabedoria vem da última das faculdades da alma”.

Ou seja, a própria sabedoria constitui-se como fim da atividade da “alma”. O fim último do homem, porém, não está em mera contemplação da realidade das coisas, mas está mesmo, nos resultados alcançados através dessa “contemplação”.

Prossigo com a leitura.

______.

ARISTÓTELES. Protréptico: uma exhortación a la filosofia.  Madrid: Abada Editores, 2006. (edição bilíngüe em grego e espanhol)


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