sábado, 13 de março de 2021

BEETHOVEN: ASPERGER? VIDA, OBRA, ROMANTISMO E IDEALISMO ALEMÃES (II)

 

Pausa na Oficina...

Para ler durante as pausas da pesquisa! O tema, naturalmente, me interessa bastante... 

Ludwig van Beethoven, mais vivo do que nunca. Presente em repertórios de grandes orquestras em todo mundo. E, recentemente, comemorou-se 250 anos e suas obras tem sido executadas por grandes solistas em sua homenagem; apesar dos tempos escabrosos em que vivemos, segue sendo lembrado. 

Quanto a mim, ainda adolescente, estudante de música, tive um primeiro contato com partituras como "Pour Elise"; "Sonata ao luar”, mas foi quando conheci a Quinta Sinfonia e Nona Sinfonia que passei a buscar mais informações sobre a obra e o compositor. 

Reconhecido por muitos como um gênio da música. Também, nesse período, já antigo frequentador da Biblioteca municipal da cidade, encontrei um livro de Romain Rolland, que me levou, de uma vez por todas, a estudar mais a fundo a sua bibliografia e a história de sua obra, situando Beethoven em seu tempo, sua família, sua relação com outros músicos, com mecenas, com o público, até com mulheres, a saúde e os problemas com "audição". Um ser humano, como qualquer um de nós.

Nos anos 90, num programa de rádio, ouvi um programa inteiro sobre a obra beethoveniana, sua maneira "romântica" de dar título às partituras e o tema da "melancolia". Enfim, mais um elemento novo à época, mas que depois comecei a estudar também, e a primeira obra que destaco aqui apresenta um pouquinho de elementos desse aspecto da sua biografia. Tratava-se de Beethoven: angústia e triunfo.

E, hoje, pela manhã, após a reflexão matinal, acrescentei, para leitura durante as pausas da pesquisa, dois livros que me tocam e interessam bastante, pelo tema, que mostra outro aspecto de sua personalidade. Ora, como disse acima, um ser humano como qualquer um de nós, e, nesse caso com essa especificidade que a mim interessa sobremaneira.

“Heijder adotou uma abordagem completamente nova e do século XXI para o estudo do gênio do século 19, Beethoven. O livro é empolgante, convincente e bem fundamentado. Consideramos este texto um ativo que não apenas transmite as desvantagens associadas à síndrome de Asperger, mas também demonstra seus aspectos positivos. AALTJE VAN ZWEDEN. (Fundação Papageno Jaap van Zweden; Diretor Musical da Filarmônica de Nova York)”

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BIBLIOGRAFIA SOBRE BEETHOVEN E SOBRE IDEALISMO ALEMÃO

(Sugestões de leitura sobre o tema e o contexto histórico)

BEISER, Frederick. German Idealism: the struggle against subjectivism, 1781-1801. Massachussetts: Harvard University Press, 2008.

______. Diotima’s children: german aesthetic rationalism from Leibniz to Lessing. Oxford: Oxford University Press, 2009.

BURKE, Edmund. Investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do sublime e da beleza. São Paulo: Edipro, 2016.

HEIJDER, Was Beethoven een asperger?: een 21ste-eeuwse visie op een 19de-eeuws genie. Uitgeverij Ludwig, 2016

______. Beethoven: the Asperger connection.  Independently Published, 2020.

HENRICH, Dieter. The unity of reason: essays on Kant's philosophy. Trad. Jeffrey Edwards. Richard L. Velkely (editor). Library of Congress Cataloging-in-Publication Data. Oxford University Press, 1994.

______. Denken und Selbst: Vorlesungen über Subjektivität. Suhrkamp, 2016.

______. Between Kant and Hegel: lectures on german idealism. Harverd University Press: Cambridge, Massachusssets; London, England, 2008.

______. Grundlegung aus dem Ich: Untersuchungen zur Vorgeschichte des Idealismus. Tübingen – Jena 1790–1794. Suhrkamp Auflage, 2004.

______. Konstellationen: Probleme und Debatten am Ursprung der idealistischen Philosophie (1789-1795).  Klett-Cotta /J. G. Cotta'sche Buchhandlung Nachfolger, 1991.

JASPERS, Karl. Il medico nell'età della técnica. Con un saggio introduttivo di Umberto Galimberti. Milano: Raffaello Cortina Editore, 1991.

______. Der Arzt im technischen Zeitalter: Technik und Medizin. Arzt und Patient. Kritik der Psychotherapie. 2. ed. München: Piper, 1999.

______. Psicopatologia geral: psicologia compreensiva, explicativa e fenomenologia. São Paulo: Atheneu, 1979. (2 vols.)

______. Plato and Augustine. Edited by Hannah Arendt. Translated by Ralph Manheim. New York: Harvest Book, 1962.

______. Introdução ao pensamento filosófico. 16. ed. São Paulo: Cultirx, 1971.

KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Trad. Valério Rohden e Antonio Marques. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.

KIERKEGAARD. S. A. Œuvres Complètes. Tome XX. Index Terminologique. Principaux concepts de Kierkegaard par Gregor Malantschuk. Traduit du danois, adapté e complété par Else-marie Jacquet-Tisseau. Paris, Éditions de L’orante, 1986.

______. O conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de Virgilius Haufniensis. Tradução e Posfácio Álvaro Luiz Montenegro Valls. 3. edição, Petrópolis, Vozes, 2015. (Vozes de bolso)

LOCKWOOD, Lewis. Beethoven: the musica and the life. W. W. Norton & Company, 2005.

SACHS, Harvey. "A nona sinfonia: a obra-prima de Beethoven e o mundo na época de sua criação". Rio de Janeiro, RJ: José Olimpio, 2017.

SCHILLER, J. C. Friedrich. Cartas sobre a educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 1995.

______. Kallias ou sobre a beleza: a correspondência entre Schiller e Körner (jan-fev. 1793. Trad. Ricardo Barbosa. Rio de Janeiro: J. Zahar Editores, 2002.

SWAFFORD, Jan. Beethoven: angústia e triunfo. Amarilys, 2017.

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