Entre tantas, dessas obras que vou lendo e registrando aqui, sempre acrescento outras na mesma linha de reflexão que se encaixam nas minhas pretensões de ("prokopton – προκόπτον").
Tenho acrescentado alguns
autores que de certa forma seguem nessa mesma direção, inclusive “contemporaneos”, desde que estejam sintonizados
com os temas clássico citados nos autores já mencionados e que sempre retomo as
leituras. Destes, e, entre suas obras estão: “The inner citadel”, de Pierre Hadot, “Meditação andando”, de Thich Nhat Hanh, “Pequeno tratado das grandes virtudes”, de André
Comte-Sponville; ”Em busca de sentido” de
Viktor Frankl, “Andar a pé” de Henry
David Thoureau; todos entre as honrosas exceções da literatura hodierna; e
sempre mencionadas aqui, neste blog
em que me exercito na escrita, após ter me convencido de que é necessário ser o
mínimo se queremos ser mais. E, a chave é o “progresso moral”, a aquisição das grandes Virtudes.
Portanto, sempre sem
desviar o foco; por manutenção da Serenidade [εὐροίας], e da Paz [Ἀταραξία] conforme
Epicteto (D. II.XVIII.28-29),
prossigo, no exercício de “cura das
paixões”. A estas leitura e releituras vou acrescentando novos textos
e na medida dos esforços tentando superar mazelas e hábitos pouco saudáveis.
Hoje, no caso, um amigo
do Facebook (que aliás, ao invés de
criticar tenho encontrado vários materiais para boas reflexões) postou um
texto sobre o livro de Karl Gottlob
Schelle: “A arte de passear”. Tinha lido quando foi lançado e devido ao que
li hoje decidi por rele-lo:
A sinopse, à época que li
pela primeira vez, dizia que:
“O
livro apresenta ao leitor que, saber adaptar os passeios ao nosso humor, às
nossas necessidades e às nossas idéias a fim de usufruir plenamente da
natureza, da solidão ou da companhia dos outros constitui uma promessa de
prazer sempre renovada.”
Num trecho do livro, o
próprio autor Schelle ratifica:
“Caminhar
é um prazer livre e não convive com nenhuma obrigação. As coisas mais
agradáveis que existem para o homem livre - e certamente os passeios o são -
tornam-se um verdadeiro fardo devido à pressão das circunstâncias. [...]
Por isso, é necessário antes de tudo que as condições internas e externas da
caminhada sejam satisfeitas, para realmente ceder às suas mais doces
exigências, e somente quando essas condições essenciais forem satisfeitas, os
elementos da caminhada - a avenida mais frequentada, a região mais bonita, o
dia mais feliz - podem afetar o humor do carrinho com todas as forças.”
Assim tem sido, vejo
comentários sobre obras que li e acrescento às minhas interpretações o que
aprendo de outros que também leram as mesmas obras.
E, sobre “caminhar”,
também diz Thich Nhat Hanh, numa destas obras a que me refiro:
"A
caminhada consciente é uma maneira maravilhosa de unir corpo e mente. Cada
etapa traz-lhe o repouso no aqui e agora; é assim que você pode conectar-se
consigo mesmo, seu corpo e seus sentimentos. Essa é uma conexão real. Você não
precisa de um dispositivo que lhe diga quantos passos você andou ou quantas
calorias você queimou. Concentre sua atenção em sua respiração e seu passo.
Esteja ciente de seus pés, seus movimentos e do chão que você está tocando.
Enquanto você focaliza sua atenção em cada passo você é livre, porque naquele
momento a mente está apenas no passo que você está realizando.
(HAHN)”
E, ainda destaco a obra de Rebecca Solnit "Wanderlust: a history of walking"
Coloco, abaixo, o link dos textos que li no Facebook.
Link 1:
“Filosofia
do caminhante”:
Link 2: "Wanderlust":
Portanto:
"Mantenha-se forte, mantenha-se bem" (Sêneca)
______.
GROS, Frédéric. Caminhar: uma filosofia. (trad. Lilian Ledon da Silva). São Paulo: Editora "É Realizações". 2011.
HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz
interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
______. Silêncio: o poder da quietude em um
mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.
SCHELLE, Karl Gottlob. A arte de passear. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
SOLNIT, Rebecca. Wanderlust: a history of walking. Penguim books, 2001.
THOUREAU, Henry David. Andar a pé: um ritual interior de sabedoria
e liberdade. Loures: Editora Alma dos livros, 2021
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