sábado, 8 de maio de 2021

REFLEXÃO MATINAL LXXXVI: FILOSOFIA DO WAYFARER - FILOSOFIA DO CAMINHANTE

(IMAGEM: "Pinterest")

Entre tantas, dessas obras que vou lendo e registrando aqui, sempre acrescento outras na mesma linha de reflexão que se encaixam nas minhas pretensões de ("prokopton – προκόπτον").

Tenho acrescentado alguns autores que de certa forma seguem nessa mesma direção, inclusive “contemporaneos”, desde que estejam sintonizados com os temas clássico citados nos autores já mencionados e que sempre retomo as leituras. Destes, e, entre suas obras estão: “The inner citadel”, de Pierre Hadot, “Meditação andando”, de Thich Nhat Hanh, “Pequeno tratado das grandes virtudes”, de André Comte-Sponville; ”Em busca de sentido” de Viktor Frankl, “Andar a pé” de Henry David Thoureau; todos entre as honrosas exceções da literatura hodierna; e sempre mencionadas aqui, neste blog em que me exercito na escrita, após ter me convencido de que é necessário ser o mínimo se queremos ser mais. E, a chave é o “progresso moral”, a aquisição das grandes Virtudes

Portanto, sempre sem desviar o foco; por manutenção da Serenidade [εὐροίας], e da Paz [Ἀταραξία] conforme Epicteto (D. II.XVIII.28-29), prossigo, no exercício de “cura das paixões”. A estas leitura e releituras vou acrescentando novos textos e na medida dos esforços tentando superar mazelas e hábitos pouco saudáveis.

Hoje, no caso, um amigo do Facebook (que aliás, ao invés de criticar tenho encontrado vários materiais para boas reflexões) postou um texto sobre o livro de Karl Gottlob Schelle: A arte de passear”. Tinha lido quando foi lançado e devido ao que li hoje decidi por rele-lo:

A sinopse, à época que li pela primeira vez, dizia que:

“O livro apresenta ao leitor que, saber adaptar os passeios ao nosso humor, às nossas necessidades e às nossas idéias a fim de usufruir plenamente da natureza, da solidão ou da companhia dos outros constitui uma promessa de prazer sempre renovada.”

Num trecho do livro, o próprio autor Schelle ratifica:

“Caminhar é um prazer livre e não convive com nenhuma obrigação. As coisas mais agradáveis ​​que existem para o homem livre - e certamente os passeios o são - tornam-se um verdadeiro fardo devido à pressão das circunstâncias. [...] Por isso, é necessário antes de tudo que as condições internas e externas da caminhada sejam satisfeitas, para realmente ceder às suas mais doces exigências, e somente quando essas condições essenciais forem satisfeitas, os elementos da caminhada - a avenida mais frequentada, a região mais bonita, o dia mais feliz - podem afetar o humor do carrinho com todas as forças.

Assim tem sido, vejo comentários sobre obras que li e acrescento às minhas interpretações o que aprendo de outros que também leram as mesmas obras.

E, sobre “caminhar”, também diz Thich Nhat Hanh, numa destas obras a que me refiro:

"A caminhada consciente é uma maneira maravilhosa de unir corpo e mente. Cada etapa traz-lhe o repouso no aqui e agora; é assim que você pode conectar-se consigo mesmo, seu corpo e seus sentimentos. Essa é uma conexão real. Você não precisa de um dispositivo que lhe diga quantos passos você andou ou quantas calorias você queimou. Concentre sua atenção em sua respiração e seu passo. Esteja ciente de seus pés, seus movimentos e do chão que você está tocando. Enquanto você focaliza sua atenção em cada passo você é livre, porque naquele momento a mente está apenas no passo que você está realizando. (HAHN)”

E, ainda destaco a obra de Rebecca Solnit "Wanderlust: a history of walking"

Coloco, abaixo, o link dos textos que li no Facebook.

Link 1: Filosofia do caminhante”:

https://elvuelodelalechuza.com/2014/08/08/filosofia-del-caminante/?fbclid=IwAR0LvT81dxvDGGp8IEnsTC3rP9FUXmNjQP9dXV_wJgqbFlRF5qdfLZKWA_Y

Link 2: "Wanderlust":

https://www.brainpickings.org/2015/06/03/wanderlust-rebecca-solnit-walking/?fbclid=IwAR1VII5UJa59znHqs9evsZYe_2ZzyBkFDsLhf2zW0d2toVw_2reZSSO6e2w

Portanto:

"Mantenha-se forte, mantenha-se bem" (Sêneca) 

______.

GROS, Frédéric. Caminhar: uma filosofia. (trad. Lilian Ledon da Silva). São Paulo: Editora "É Realizações".  2011.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

______. Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.

SCHELLE, Karl Gottlob. A arte de passear. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SOLNIT, Rebecca. Wanderlust: a history of walking. Penguim books, 2001.

THOUREAU, Henry David. Andar a pé: um ritual interior de sabedoria e liberdade. Loures: Editora Alma dos livros, 2021

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