domingo, 31 de outubro de 2021

REFLEXÃO MATINAL XCVII: “EUDAIMONIA”... “ESPERANÇA”...

 

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Dizia Musônio Rufo a alguém que se sentia cansado e derrotado: 

“Por que estás parado? Pelo que esperas? Que o próprio Deus, estando ao teu lado, dirija-te a palavra? Corta a parte morta da tua alma, e conhecerás Deus”.  

Manhã de chuvinha boa, após muito trabalho e estudos para a redação dos textos, uma recordação, enquanto relia a obra, agora mesmo... Também, revisitei outras para pensar um pouquinho no tema “felicidade”:

“Sossegai comigo à sombra das árvores verdes, em que não pesa mais pensamento que o secarem-lhes as folhas quando vem o outono, ou esticarem múltiplos dedos hirtos para o céu frio do inverno passageiro. Sossegai comigo e meditai quanto o esforço é inútil, a vontade estranha; e a própria meditação, que fazemos, nem mais útil que o esforço, nem mais nossa que a vontade. Meditai também que uma vida que não quer nada não pode pesar no decurso das coisas, mas uma vida que quer tudo também não pode pesar no decurso das coisas, porque não pode obter tudo. E o obter menos que tudo não é digno das almas que solicitam a verdade.” (PESSOA, Fernando. Poema Inédito. - Orientação, coordenação e prefácio de Teresa Rita Lopes -. Lisboa: Livros Horizonte, 1993).

"Pois quem quer que haja vivido de tal maneira que sua consciência não possa censurá-lo de alguma vez ter deixado de fazer todas as coisas que julgou serem as melhores (que é o que chamo aqui seguir a virtude), recebe daí uma satisfação tão poderosa para torná-lo feliz que os mais violentos esforços da paixão nunca têm poder suficiente para perturbar a tranqüilidade de sua alma". (DESCARTES, René. As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998).

Ocorreu-me, ainda, em época de resoluções... de reciclagens e rupturas... uma leve esperança... ao saudar a beleza desse texto.

_____.

"Felicidade

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada:
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

 

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

 

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos".

(VICENTE DE CARVALHO)

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

IRVINE, William B. A guide to the good life: the ancient art of Stoic joy. New York: Oxford University Press, 2009.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (“As virtudes e os vícios” - Q. 893-912 e “Felicidade e infelicidade relativas” Q. 920-933).

KRAUT, Richard. The quality of life: Aristotle revised. Oxford University Press, USA, 2018.

______. Aristóteles: a ética a Nicômaco: explorando grandes obras. Porto Alegre, RS: Editora Penso, 2009. 

LONG, A.A. A stoic and Socratic guide to life. New York: Oxford University Press, 2007.

______. Epictetus: a stoic and socratic guide to life. New York: Oxford University Press. 2007.

______. (Org.) Primórdios da filosofia grega. São Paulo: Ideias e Letras, 2008..

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1).

NUSSBAUM, Martha. Therapy of desire: theory and practice in hellenistic ethics. Princeton University Press, 2013.

______. A fragilidade da bondade: fortuna e ética na tragédia e na filosofia grega. São Paulo, Martins Fontes, 2009. 486 páginas.

SELLARS, J. The art of living: the stoics on the nature and function of philosophy. Burlington: Ashgate, 2003.

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

REFLEXÃO MATINAL XCVI: "PRAEMEDITATIO MALORUM"

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Ora, pois:

De uma brevíssima reflexão, enquanto às voltas, com um texto aqui, pela manhã.

Necessária uma pausa na oficina, agora...

"É com o ardor da juventude, e sem olhar para trás, que nos tornamos adeptos da fé no futuro[...] (REVUE,1861)"

Ainda que, sem esquecer a recomendação estoica contida nessa reflexão: "Como exercer a praemeditatio malorum sem nutrir fantasias sobre possíveis acontecimentos aflitivos? Trata-se de uma "[...] técnica estoica de antecipar mentalmente adversidades para estarmos preparados para enfrentá-las." (DINUCCI, 2021)"

Como em Sêneca:

Premeditatio Malorum: “O que é completamente inesperado é mais esmagador em seus efeitos, e o inesperado aumenta o peso de um desastre. Esta é uma razão para garantir que nada nos pegue de surpresa. Devemos projetar nossos pensamentos à nossa frente a todo momento e ter em mente todas as eventualidades possíveis, em vez de apenas o curso usual dos eventos… Ensaie-os em sua mente: exílio, tortura, guerra, naufrágio. Todos os termos de nossa sorte humana devem estar diante de nossos olhos.”

Assim é que :

"A esperança é importante porque pode tornar o momento presente menos difícil de suportar. Se acreditarmos que o amanhã será melhor, podemos suportar uma dificuldade hoje. (Thich Nhat Hanh)"

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

IRVINE, William B. A guide to the good life: the ancient art of Stoic joy. New York: Oxford University Press, 2009.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (“As virtudes e os vícios” - Q. 893-912 e “Felicidade e infelicidade relativas” Q. 920-933)

LONG, A.A. A stoic and Socratic guide to life. New York: Oxford University Press, 2007.

______. Epictetus: a stoic and socratic guide to life. New York: Oxford University Press. 2007.

______. (Org.) Primórdios da filosofia grega. São Paulo: Ideias e Letras, 2008..

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1)

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.


quarta-feira, 20 de outubro de 2021

REFLEXÃO MATINAL XCV: AINDA SOBRE "VIRTUDES E VÍCIOS" E "MUDANÇA DE HÁBITOS"

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De acordo com o estoicismo, não controlamos o mundo ao nosso redor. A busca, ao contrário, deve ser por vivermos uma vida boa, com sabedoria, justiça, coragem e moderação.

Nesse caminho pretendo aprofundar a compreensão de que a felicidade depende de escolhas nossas, jamais de coisas externas (nisso, é fundamental aderir à atenção) como nas Diatribes. Livro IV. XII, capítulo inteiro sobre a atenção (prosochéπερί προσοχῆς), que nos deve orientar na direção correta e nos faz estarmos atentos à “dicotomia do controle”.

Sempre haverá o que nos foge ao controle, como diz Epicteto, no Encherídion, I, 1. Mas isso é o que a vida exige de cada um:  o esforço, prática e “exercício” no que está sob seu controle: o interior. O que é exterior sempre está para além do nosso controle.

Os acontecimentos externos, não estão sob nosso controle, fogem-nos totalmente. Portanto, nas adversidades, por termos nos afastado da lei natural adotamos julgamentos bastante equivocados sobre os eventos à nossa volta. Treino e esforço na retomada da direção, de retorno à Lei, nos darão bases mais sólidas para reformulação do nosso comportamento e, como consequência, qualificaremos nossos hábitos (ethos).

Ademais, para tais “exercícios” e “metodologia”, necessário se faz uma disciplina que tem por meta equilibrar as emoções que, para Epicteto, por exemplo, é fundamentalmente essencial para a “formação da alma”.

“[...] Grande é a luta, divina é a tarefa; o prêmio é um reino, liberdade [ἐλευθερίας], serenidade [εὐροίας], paz [ataraxia - ἀταραξία].” se

É tarefa principal de quem pretenda reformular os hábitos, por exemplo, reeducar-se na busca do Bem (vida boa) que está ao alcance de cada um, para que, daí descubra que tudo o que lhe sucede durante a vida não é necessariamente um mal a paralisá-lo.

“...se queres progredir, conforma-te em parecer insensato e tolo quanto às coisas exteriores. Não pretendas saber coisa alguma.” (EPICTETO. Encheiridion. XIII).

Sendo assim, prosseguimos, das últimas reflexões matinais sobre esse tema, o retorno a uma abordagem estoica sobre (“princípios filosóficos", em (51.1) e "principios" e (52.1), no Encheirídion): concentrando no que podemos controlar e aceitarmos o que não podemos!

"[1.1] Τῶν ὄντων τὰ μέν ἐστιν ἐφ' ἡμῖν, τὰ δὲ οὐκ ἐφ'  ἡμῖν. ἐφ' ἡμῖν μὲν ὑπόληψις, ὁρμή, ὄρεξις, ἔκκλισις καὶ ἑνὶ λόγῳ ὅσα ἡμέτερα ἔργα· οὐκ ἐφ' ἡμῖν δὲ τὸ σῶμα, ἡ κτῆσις, δόξαι, ἀρχαὶ καὶ ἑνὶ λόγῳ ὅσα οὐχ ἡμέτερα ἔργα. [1.2] καὶ  τὰ μὲν ἐφ' ἡμῖν ἐστι φύσει ἐλεύθερα, ἀκώλυτα, παραπόδιστα,  τὰ δὲ οὐκ ἐφ' ἡμῖν ἀσθενῆ, δοῦλα, κωλυτά, ἀλλότρια."

"[1.1] Das coisas existentes, algumas são encargos nossos; outras não. São encargos nossos o juízo, o impulso, o desejo, a repulsa – em suma: tudo quanto seja ação nossa. Não são encargos nossos o corpo, as posses, a reputação, os cargos públicos – em suma: tudo quanto não seja ação nossa.  [1.2] Por natureza, as coisas que são encargos nossos são livres, desobstruídas, sem entraves. As que não são encargos nossos são débeis, escravas, obstruídas, de outrem. (EPICTETO. Encheirídion. I, 1-2, 2012)"

Dessa citação do Encheirídion de Epicteto, o fundamental para reflexão matinal de hoje a partir da filosofia estoica é pensar na "dicotomia estoica do controle".

Tal princípio orienta-nos na direção da distinção clara entre o que é "nosso encargo", que está sob nosso controle e o que escapa-nos totalmente do domínio.

Nossas escolhas, já escrevi aqui mais de uma vez, sobre isso, são encargo nosso”. As escolhas que fazemos, ações e juízos estão sob nosso controle; o que não está incluso aqui, não está sob nosso controle.

Exemplo simples? O próprio corpo não depende das nossas escolhas voluntárias. Podemos até cuidar deste, mas até um determinado limite fixado pela natureza. 

Ainda sobre o corpo, notemos o quanto em nós acontece que não está sob nosso controle: nossa genética e tudo que daí decorra; por exemplo: as doenças, as lesões.

Por se tratar de uma dicotomia incortornável, o que devemos fazer, segundo os estoicos, é continuarmos fazendo o nosso melhor e aceitar o resultado, se fizemos esse nosso melhor.

Mesmo os obstáculos servem de exercício para aquisição de Virtudes, aplicarmos a razão nas escolhas, exercitamos a coragem na ação, desenvolvermos um senso de justiça e viver praticando a moderação.

Também, como diria Epicteto:

“Faça uma prática dizer a todas as impressões fortes: ‘Uma impressão é tudo o que você é’. Em seguida, teste e avalie com seus critérios, mas um principalmente: pergunte: ‘Isso é algo que está ou não está sob meu controle?’ E se não é uma das coisas que você controla, diga: ‘Então não é minha preocupação’. (EPICTETO. D. II, 18)

Portanto, cabe-nos concentrarmos nossa atenção no que está sob nosso controle, a Natureza cuida do que está longe do nosso poder.

É, tarefa pessoal e intransferível nos qualificarmos para mudança dos nossos hábitos.

E, para começarmos, um retorno às "virtudes estoicas":

 “The Four Virtues of the Classical world. Very little is needed in order to raise good human communities. But this 'very little' is indispensable.

As Quatro Virtudes do mundo clássico. Muito pouco é preciso para criar boas comunidades humanas. Mas este 'muito pouco' é indispensável.

Четыре добродетели классического мира. Совсем немного требуется, чтобы воспитать хорошие общества. Но без этого «немного» не обойтись.”

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Credit: 
Michel Daw for the image.

______.

Comentando:

phronêsis (prudência / sabedoria prática): O conhecimento de saber o que é bom e o que é mau. Tomar decisões lógicas sobre o que devemos ou não fazer com base em nosso conhecimento e experiência.

sôphrosunê (temperança / moderação): Refere-se à moderação em todos os aspectos da vida. Não levando uma vida de excessos, tendo controle sobre nossos impulsos, emoções (boas e más), e favorecendo uma meta de felicidade e contentamento de longo prazo em vez de prazeres de curto prazo.

andreia (fortaleza / coragem): Coragem é decidir como agir em tempos de provação. Apesar do que muitos pensam, não é a ausência de ansiedades e medos, mas sim a forma como alguém age apesar da ansiedade e do medo. A resiliência diante da adversidade.

dikaiosunê (justiça / moralidade): O ato de fazer o que é certo e justo - e mantê-lo sempre, principalmente nos momentos difíceis. Essa ideia de justiça é fazer o que é certo em sua comunidade e como agimos em relação aos outros de acordo com a lei. Do ponto de vista estóico, a justiça é um dever para com os outros ao nosso redor e deve orientar as decisões, especialmente em tempos tumultuados.

(grifos e destaques meus)

______.

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion de Epicteto. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

GAZOLLA, Rachel.  O ofício do filósofo estóico: o duplo registro do discurso da Stoa, Loyola, São Paulo, 1999.

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

IRVINE, William B. A Guide to the Good Life: the ancient art of Stoic joy. New York: Oxford University Press, 2009.

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (“As virtudes e os vícios” - Q. 893-912)

LONG, A.A. A stoic and Socratic guide to life. New York: Oxford University Press, 2007.

______. Epictetus: a stoic and socratic guide to life. New York: Oxford University Press. 2007.

______. (Org.) Primórdios da filosofia grega. São Paulo: Ideias e Letras, 2008..

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1)

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

REFLEXÃO MATINAL XCIV: "TRABALHANDO COM LUTAS ESPIRITUAIS EM PSICOTERAPIA: DA PESQUISA À PRÁTICA"




Muito bom! 

Do professor Pargament, já li alguns de seus textos e livros. Trata de temas que tenho estudado há alguns anos e que sempre registro aqui no Blog

Aqui, um relatório de pesquisa bem interessante sobre Psicologia da religião e espiritualidade. Nos intervalos da pesquisa, vou lendo:

"Neste relatório de pesquisa, os professores Kenneth Pargament e Julie Exline exploram uma literatura nova e estimulante neste campo, apresentando sua pesquisa como uma série estruturada de perguntas e respostas relacionadas à luta espiritual. Os leitores interessados ​​em uma discussão mais ampla desta base de conhecimento podem ler o próximo livro de Pargament e Exline". Adicionado abaixo, nas "referências" e no início aqui, a capa do livro!

Escrito por "pioneiros na psicologia da religião e espiritualidade, este livro combina pesquisas de ponta, percepções clínicas e ilustrações de casos reais. Ele orienta os médicos a compreenderem as lutas espirituais como uma encruzilhada crítica na vida que pode levar ao quebrantamento e ao declínio - ou a uma maior integridade e crescimento." 

O "Relatório" foca em algumas questões fundamentais como descrito abaixo:

“Minha vida tem algum significado mais profundo? Deus realmente se importa comigo? Como posso encontrar e seguir minha bússola moral? O que eu faço quando minha fé é abalada profundamente? Provações, dúvidas ou conflitos espirituais costumam estar ligados a questões de saúde mental, mas muitos psicoterapeutas se sentem mal equipados para discutir questões de fé. De pioneiros na psicologia da religião e espiritualidade, este livro combina pesquisas de ponta, percepções clínicas e ilustrações de casos reais. Ele orienta os médicos a compreenderem as lutas espirituais como uma encruzilhada crítica na vida que pode levar ao quebrantamento e ao declínio - ou a uma maior integridade e crescimento. Os médicos aprendem maneiras sensíveis e culturalmente receptivas de avaliar diferentes tipos de lutas espirituais e ajudar os clientes a usá-las como trampolins para a mudança.”

“Does my life have any deeper meaning? Does God really care about me? How can I find and follow my moral compass? What do I do when my faith is shaken to the core? Spiritual trials, doubts, or conflicts are often intertwined with mental health concerns, yet many psychotherapists feel ill equipped to discuss questions of faith. From pioneers in the psychology of religion and spirituality, this book combines state-of-the-art research, clinical insights, and vivid case illustrations. It guides clinicians to understand spiritual struggles as critical crossroads in life that can lead to brokenness and decline—or to greater wholeness and growth. Clinicians learn sensitive, culturally responsive ways to assess different types of spiritual struggles and help clients use them as springboards to change.”

Link:

https://www.templeton.org/discoveries/the-psychology-of-spiritual-struggle?utm_campaign=discoveries&utm_medium=organic_social&utm_source=facebook&fbclid=IwAR1myNZKYBPHK-ezDf6l9s1ggws4lJC4Ug6VcKNck2ypl7XE2RRHDJ0XcFI

______.

PARGAMENT, Keneth; EXLINE Julie. Working with spiritual struggles in psychotherapy: from research to practice. Guilford Press, 2021.

______. Handbook of Psychology: Religion, and Spirituality. American Psychological Association (APA), 2013.

sábado, 9 de outubro de 2021

FILOSOFIA DA MENTE: REVISTANDO O "DUALISMO CARTESIANO"


"[..] a fim de que se note que o corpo, tomado em geral, é uma substância, razão pela qual também ele não perece de modo algum; mas que o corpo humano, na medida em que difere dos outros corpos, não é formado e composto senão de certa configuração de membros e outros acidentes semelhantes; e a alma humana, ao contrário não é assim composta de quaisquer acidentes, mas é uma pura substância (...) é, no entanto, sempre a mesma alma; ao passo que o corpo humano não mais é o mesmo pelo simples fato de se encontrar mudada a figura de alguma de suas partes. Donde se segue que o corpo humano pode facilmente perecer, mas que o espírito ou a alma do homem [...] é imortal por sua natureza (DESCARTES, Traité de l’Homme *. 1649/1983, p. 80)"

* Tratado do Homem (Traité de l’Homme), de René Descartes, publicado pela primeira vez, em 1662, em latim, através de tradução feita por Florent Shuyl, que era doutor em filosofia pela universidade de Utrecht e doutor em medicina pela escola de Leyde. Dois anos mais tarde, em 1664, Claude Clerselier, que era advogado no Parlamento em Paris e filósofo cartesiano, publicou o texto francês.

Uma pausa nos trabalhos, mais uma, na pesquisa; retomei a leitura dessa temática, de retorno a algumas ideias que semre reaparecem e aproveito para uma ligeira releitura. Das primeiras páginas que reli dessa obra, há pouco.

O tema de Descartes é o corpo material naquilo que se refere a noções de fisiologia, funções e movimentos de órgãos físicos, que ele explica por mecanismos que ele criou por dedução, certamente a partir das dissecações de animais das quais participou.

A isso, portanto, acrescentei, hoje: "Philosophy of mind", escrito por Jaegwong Kim:

"Este livro explora uma série de questões na filosofia da mente, com o problema mente-corpo como o foco principal. Ele serve como um estímulo para o leitor se envolver com os problemas da mente e tentar chegar a um acordo com eles, e examina o dualismo mente-corpo de Descartes. "

"This book explores a range of issues in the philosophy of mind, with the mind-body problem as the main focus. It serves as a stimulus to the reader to engage with the problems of the mind and try to come to terms with them, and examines Descartes's mind-body dualism."

(grifos e destaques meus)

Prossigamos com os trabalhos...

Ah, as dificuldades, os limites, os prazos...


______.

DESCARTES, R. Oeuvres. Org. C. Adam e P. Tannery. Paris: Vrin, 1996. 11v. [indicadas no texto como Ad & Tan]

_______. Descartes: oeuvres et lettres. Org. André Bidoux. Paris: Gallimard, 1953. (Pléiade).

______. Discursos do Método; Meditações; Objeções e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. (Introdução de Gilles-Gaston Granger; prefácio e notas de Gerard Lebrun; Trad. de J. Guinsberg), Bento Prado J. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Os Pensadores).

______. O mundo (ou Tratado da luz) e O Homem. Apêndices, tradução e notas: César Augusto Battisti, Marisa Carneiro de Oliveira Franco Donatelli. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.

DICTIONNAIRE Philosophique - édition Garnier Frères (1878). Disponível em: https://fr.wikisource.org/wiki/Wikisource:Index_des_auteurs.

GLEISER, Marcelo. (2014). A ilha do conhecimento: os limites da ciência e a busca por sentido. Rio de Janeiro: Record.

GUEROULT, Martial. Descartes selon l’ordre des raisons. Paris: Aubier-Montaigne, 1955. 2v.

GUYTON, A. C. & Hall, J. E. (2011). Tratado de fisiologia médica (12. Ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 3, ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1194.

______. Vorlesung über die philosophische Encyclopädie. InKant gesalmmelte Schriften, XXIX, Berlin, Akademie, 1980, pp. 8 e 12).

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime: Ensaio sobre as doenças mentais. (Trad. Vinícius Figueiredo). Campinas, SP: Ed. Papirus, 1993.

______. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime: Ensaio sobre as doenças mentais. Lisboa: Edições 70, 2012.

KIM, Jaegwon. Philosophy of Mind. 3. ed. Routledge, 2011.

POPPER, K. (1993). Lógica da pesquisa científica. São Paulo: Edusp.

______. O conhecimento e o problema mente-corpo. Lisboa: Edições 70, 2009.

______; ECCLES, J. C. O cérebro e o pensamento. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1992.

______. O conhecimento objetivo. Belo Horizonte, MG: Itatiaia, 1999.

______. O eu e seu cérebro. Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Ed. Universidade de Brasília, 1995.

______. Conjecturas e refutações. Trad. Bath S. Brasília: UB, 1972.

TEIXEIRA, Lívio. Ensaio sobre a moral de Descartes. 1955. 222p. Tese (Cátedra) – Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. São Paulo, 1955.

VUILLEMIN, Jules. Mathématiques et métaphisyque chez Descartes. Paris: PUF, 1960.

WOLFF, F. Nossa humanidade: de Aristóteles às neurociências. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora Unesp, 2012.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

CICLO DE CONFERÊNCIAS SOBRE A "CRITICA DA RAZÃO PURA" DE IMMANUEL KANT

 


"Mais um encontro do nosso ciclo de conferências sobre a Critica da Razão Pura de Immanuel Kant.

No encontro de hoje vamos discutir "A ilusão transcendental e os objetos irreconhecíveis - Dialética transcendental", com a professora Patrícia Kuark Leite (UFMG)"


domingo, 3 de outubro de 2021

REFLEXÃO MATINAL XCIII: O ESTOICISMO É, ANTES DE TUDO, UMA FILOSOFIA

 

E, enquanto faço mais uma das necessárias pausas no texto principal a ser entregue, vou terminando esse excelente livro de John Sellaers

No que acrescento aqui, hoje, como “reflexão matinal”, à maneira dos estoicos, tomo como ponto de partida, um trecho de outro texto de John Sellars  (SELLARS, 2016)[1]. A este, acrescento um comentário feito há algum tempo e uma série de sugestões de leituras das que tenho feito e indicado aqui.

“Muitos dos que estão interessados ou se têm envolvido no renascimento do estoicismo dirão que ele pode ajudar-nos a ter uma vida melhor e mais feliz. À primeira vista, é possível que isso nos leve a considerar a ressurgência do interesse pelo estoicismo como parte da “indústria da felicidade”. Aos insatisfeitos, desiludidos e deprimidos que procuraram em vão algo para alegrá-los, talvez o estoicismo seja a próxima coisa a ser tentada para ajudá-los a superar a tristeza e a recuperar a joie de vivre. Se falarmos do estoicismo como forma de terapia ou como dotado de elementos terapêuticos, decerto tal impressão pode ser transmitida: o estoicismo oferece uma terapia, mas uma terapia para tratar o quê? Parece natural supor que a resposta seja: “uma terapia para tratar a infelicidade”. Com efeito, os estoicos antigos visavam à eudaimonía, o que normalmente se traduz por “felicidade”.

O que desejo é pôr em xeque tal visão ou, quando menos, pôr-lhe ressalvas. O estoicismo não o fará feliz — ao menos não no sentido que a palavra “felicidade” costuma ter quando usada na cultura da autoajuda moderna. Não se trata de pensar de uma dada maneira a fim de garantir dentro de si um sentimento cálido, vago.”

Mais uma vez, meditava, há pouco, sobre se o Estoicismo NÃO é mera "autoajuda"- daquelas que muitos pagam horrores por ouvir o que se quer ouvir; do autor que foi pago exatamente para isso: para salvar as “egoidades”.

Desde que me percebi, interessado na temática, embora já tenha adotado, bem antes, um outro referencial principal, há muito tempo; passei a pensar nas referências todas, tidas como “autoajuda” (que, aliás, só ajudam quem recebe fortunas para dizê-las). Portanto, elas tem sempre um mesmo “padrão”.

Há entre essas obras as que ensinam que a todos, tudo é possível de realizar-se; basta que se “empreenda”. E, numa outra direção (que bem compreendida, aceito): as que recomendam resignação perante os insucessos e desditas. 

Notório que, por vivermos numa sociedade imediatista que defende, valoriza e divulga os que “fazem sucesso”, hajam até administradores para contas de redes sociais para mediar o alcance dessa influência ou tornar um determinado sujeito ou instituição aceito e popular: os "influencer".

Voltei a pensar nessa questão; já escrevi isto aqui. Não me ocupo, é evidente, em “mudar o mundo”, o que seria uma “contradição”, tendo em vista o estilo adotado para esta página, este blog.  Sempre, como “pano de fundo” está a necessidade de uma guinada, no ponto de vista pessoal, na compreensão de que a vida deve ser operada, numa outra chave de interpretação. Foi na esteira dessa reflexão que iniciei, há alguns anos, a leitura dos estoicos e, no que tenho estudado e escrito por aqui: os ensinamentos são aplicáveis “de mim para mim”. Compartilho-os, se houver alguém mais a ler comigo, sempre há um ou outro! Mas, o objetivo fundamental é o da própria “cura das paixões”.

Dessas leituras todas, tenho extraído, entre outras a seguinte recomendação: primeiro, um exercício de distanciamento, para longe de propostas “mercadológicas” de sucesso rápido, é o passo inicial. Segundo, a dedicação e atenção (prosoché - προσοχῆς) ao tempo e disposição para uma reviravolta e “olharmos para dentro”, para um autoconhecimento.

É aqui, juntando às reflexões de uma “filosofia de vida” adotada ainda na adolescência, que passei a estudar a obra dos estoicos, apresentada a mim, como mera autoajuda, equívoco que com o tempo vou corrigindo. Ora, se for “mera “autoajuda”, temos uma autoajuda de uma qualidade imprescindível, exatamente por apresentar uma proposta de “olhar para dentro, de autoconhecimento” e que necessariamente, não pagamos para alcançá-la.

Assim, diz Musônio Rufo a alguém que se sentia cansado e derrotado: 

“Por que estás parado? Pelo que esperas? Que o próprio Deus, estando ao teu lado, dirija-te a palavra? Corta a parte morta da tua alma, e conhecerás Deus”.  

A consequência deste "despertar", lido em Epicteto, é aquele primeiro passo dito acima.

Portanto:

Ser estoico, afinal, o que é?  Do mesmo modo que chamamos “fidíaca” a estátua modelada segundo a arte de Fídias, mostrai-me igualmente um ser humano enfermo e feliz, em perigo e feliz, desprestigiado e feliz. Mostrai-me. Pelos deuses! Desejo ver um estoico. (EPICTETO. D. 2.19.23-27). 

Talvez, não seja um estoico, sabido que já tenho uma “filosofia de vida” bem definida a orientar-me, como também disse acima, mas revisitar as obras clássicas, é o desafio posto e mantido. Não dá para aceitar nem cogitar minimamente, as estapafúrdias propostas hodiernas.

Ademais, escolho encerrar com dois pequenos textos; um de Sêneca e outro de Aristóteles:

“Queres saber qual é a coisa que com maior empenho deves evitar? A multidão! Ainda não estás em estado de frequentá-la em segurança. Eu confesso-te sem rodeios a minha própria fraqueza: nunca regresso com o mesmo caráter com que saí de casa; algo que já pusera em ordem é alterado, algo do que já conseguira eliminar, regressa!” (SÉNECA. 2014).

"A multidão mais grosseira considera que o bem e a felicidade é o prazer, e consequentemente adoram uma vida de gratificação […] Assim, parecem completamente escravizados, dado escolherem uma vida que pertence aos ruminantes. Mas têm realmente um argumento em sua defensa, dado que muitos dos poderosos […] têm a mesma convicção. (ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 1095 b; 16-23)"

São "exercícios" pessoais de reflexão. Abaixo, algumas indicações de leituras por onde tenho caminhado.

(Grifos e Destaques são meus)

Link: (09.01.2022) - https://platosacademy.org/living-a-good-life/

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ARRIANO FLÁVIO. O Encheirídion. Edição Bilíngue. Tradução do texto grego e notas Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Textos e notas de Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão. Universidade Federal de Sergipe, 2012.

DINUCCI, A.; JULIEN, A. O Encheiridion de Epicteto. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

EPICTETO. Entretiens. Livre I, II, III, IV. Trad. Joseph Souilhé. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

______. Epictetus Discourses. Book I. Trad. Dobbin. Oxford: Clarendon, 2008.

______. O Encheirídion de Epicteto. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2012. (Edição Bilíngue)

______. Testemunhos e Fragmentos. Trad. Aldo Dinucci; Alfredo Julien. São Cristóvão: EdiUFS, 2008.

EPICTETUS. The Discourses of Epictetus as reported by Arrian; fragments; Encheiridion. Trad. Oldfather. Harvard: Loeb, 1928.  https://www.loebclassics.com/

HADOT, Pierre. The inner citadel: the meditations of Marcus Aurelius. London: Harvard University Press, 2001.

______. O que é filosofia antiga? Trad. Dion Davi Macedo. 6 ed. São Paulo:  Edições Loyola, 2014.

______. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. (Trad. Lara Christina de Malimpensa). São Paulo: É Realizações, 2016

______. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Trad. Flavio Fontenelle Loque e Loraine Oliveira. Prefácio de Davidson, Arnold. São Paulo: É Realizações, 2014.

SÉNECA, Lúcio Aneu. Cartas a Lucílio. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2014.


SUGESTÕES DE LEITURA


AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2017.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (col. Os Pensadores).

______. Ethica Nicomachea - III 9 - IV 15: As virtudes morais. Trad. Marco Zingano. São Paulo: Odysseus Editora, 2019.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

______. Religião, psicopatologia e saúde mental. Porto Alegre, RS: Artmed, 2008.

DESCARTES, René.  As paixões da alma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

FRANKL, Viktor. O sofrimento humano: Fundamentos antropológicos da psicoterapia. Trad. Bocarro, Karleno e Bittencourt, Renato. Prefácio, Marino, Heloísa Reis. São Paulo: É Realizações, 2019.

______. Em busca de sentido. 25. ed. - São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

______. Yes to Life: In spite of everything. Beacon Press, 2020.

______. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. Aparecida, SP: Ideias e letras, 2005.

HANH, Thich Nhat. Meditação andando: guia para a paz interior. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

______. Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento. Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins, 2018.

JASPERS, Karl. Plato and Augustine. Edited by Hannah Arendt. Translated by Ralph Manheim. New York: Harvest Book, 1962.

______. Introdução ao pensamento filosófico. 16. ed. São Paulo: Cultirx, 1971.

JONAS, Hans. Técnica, medicina e ética: sobre a prática do princípio responsabilidade". São Paulo: Paulus, 2013. (Ethos) 

KANT, Immanuel. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime. Papirus, Campinas, 1993.

______. Lições de ética. Trad. Bruno Cunha e Charles Feldhaus. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

______. Crítica da razão prática. Trad. Valério Rohden. São Paulo: Martins fontes, 2002.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Guido Antônio de Almeida. São Paulo: Discurso editorial, 2009. 

KARDEC, A. Le Livre des Esprits. Paris, Dervy-Livres, s.d. (dépôt légal 1985). (O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro, ______. O livro dos Espíritos. 93. ed. - 1. reimpressão (edição histórica). Brasília, DF: Feb, 2013. (Q. 903-919 "paixões" e 920-933 "felicidade")

MARCO AURÉLIO. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Livro II. 1)

PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglésias. Rio de Janeiro: Ed. PUC-RIO; São Paulo: Ed. Loyola, 2001.

________. República de Platão. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2012.

________. Teeteto. Trad. Adriana Manuela Nogueira e Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

________. Timeu. Trad. Maria José Figueredo. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.

SCHLEIERMACHER, F. D. E. Introdução aos Diálogos de Platão. Belo Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2018.

SELLARS, J. The art of living: the stoics on the nature and function of philosophy. Burlington: Ashgate, 2003.



[1] Texto traduzido por Donato Ferrara. John Sellars é pesquisador no Departamento de Filosofia do King’s College de Londres e autor de obras como The art of living (2003) e Stoicism (2006), além de diversos artigos sobre filosofia antiga e renascentista. Mantém o blog “Miscellanea Stoica“, voltado para um público não exclusivamente acadêmico, e um site oficial. Publicado em 15/10/2016 em “Miscellanea Stoica”.

 


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