Portanto, Boécio em seu livro “A consolação da filosofia” (por exemplo, no Livro IV), reflete
sobre a infelicidade do homem. Defende que a injustiça que atinge o
homem é ilusória e se entende dessa forma, devido à sua limitada
capacidade para um olhar mais ampliado sobre a existência. A entrega aos
prazeres efêmeros faz com que o homem opte pelo vício e fuja da virtude
que, ao contrário do que crê, lança-o num processo destrutivo que o aprisiona a
uma perspectiva limitada da existência. A única rota possível para ampliar a
concepção existencial capaz de desviá-lo de equívocos é o caminho de busca das Virtudes,
única via na direção da verdadeira liberdade. As virtudes elevam o homem acima
do nível rasteiro do comum da humanidade, afasta-o da animalidade. Reconhecer a
própria natureza que torna o homem, efetivamente humano, em “essência”.
Acrescentei, algumas reflexões a partir de obras que tenho estudado e anotado aqui no Blog, com elementos de psicologia. Isto na medida em que os temas de certa forma se entrelacem ou sirvam para análise de conceitos e aprofundamentos.
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