Um cafezinho numa manhã "saudosista"
Reeditando uma postagem
de 26 de janeiro de 2019, aqui no Blog e no Facebook.
Em meio a tanta coisa
ruim, reli agora pela manhã, essa obra “O home a procura de si mesmo”;
tinha lido em 1992, quando ainda assinava a "Revista do Círculo do
livro".
Li essa obra em 1992
(hoje só reli um capítulo, cotejando na hora do cafezinho); à época ainda
existia o "Círculo do livro (1973-2000)"; recebíamos a
revista, escolhíamos a obra do mês ou alguma outra. Sinceramente, tenho
saudades daquele tempo. Ainda que hoje o acesso e a rapidez nos façam bem
também. E, foi releitura da manhã! Para mim, bem interessante! Depois desta, li
várias outras do autor, adicionadas com brevíssimas "resenhas" no Blog.
Interessei-me,
à época, por indicação de um palestrante após preleção sobre o tema. À
época não pude compreende-la suficientemente, por carência de referenciais
teóricos a que, só mais tarde tive acesso. A releitura foi compensadora.
O
tema central dessa obra é a solidão e a ansiedade do
homem contemporâneo diante das “perdas” de certezas com que se depara. No
entanto, diferente das indicações catastróficas que ganham cada vez mais
adeptos, Rollo May sugeria ao homem recuperar a coragem de viver,
o gosto pela vida e buscasse conscientemente novos
valores e metas, indicando soluções que fugissem das pressões e dos
condicionamentos. Reforça a sua convicção da necessidade que o homem
deve buscar na própria realidade interior um ponto de apoio sólido
e verdadeiro, para poder sobreviver às crises de valores e
vertiginosa queda de padrões espirituais atuais. Para ele, o homem só
poderá superar essas crises superando-se. Rollo May, defendia que é
necessário buscar as origens do Amor e da Vontade e, acima de
tudo adotar uma perspectiva de Esperança.
Ademais:
. ' .
Diferente das indicações
catastróficas que ganham cada vez mais adeptos, Rollo May sugeria ao
homem recuperar a coragem de viver, o gosto pela vida e buscasse
conscientemente novos valores e metas. Sempre o compreendi como autor direcionando para um
"existencialismo positivo" presente, também, em Paul Ricouer, Gabriel Marcel, e acredito também, claro, em Kierkegaard. O certo é que estas leituras sempre me fizeram Bem.
Pronto, voltemos ao Kant!
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